O feitiço foi lançado e uma coisa enorme, verde e brilhante, irrompeu do lugar escuro que os olhos de Harry se esforçaram para penetrar e voou para o topo das árvores e para o céu.
A marca dele. Harry sabia, e logo fechou a cara.
— Quem...? — exclamou Rony, ficando em pé de um salto e arregalando os olhos para a coisa que aparecera.
Ginny estava confusa e atordoada. Por uma fração de segundo, pensou que fosse outra formação de duendes irlandeses. Depois percebeu que era um crânio colossal, aparentemente composto por estrelas de esmeralda e uma cobra saindo da boca como uma língua.
Enquanto olhavam, o crânio foi subindo cada vez mais alto, envolto em uma névoa de fumaça esverdeada, recortando-se contra o céu noturno como uma nova constelação.
De repente, toda a floresta ao redor deles explodiu em gritos. Ginny não entendeu o motivo, não sabia o que era nem o motivo de Harry parecer tão assassino diante do crânio. Olhando para a figura verde que agora estava alto o suficiente para iluminar toda a floresta, como um letreiro macabro de néon, ela não conseguiu refrear os arrepios em sua espinha.
Enquanto isso, Harry estava ocupado. Ele esquadrinhou a escuridão à procura da pessoa que conjurara o crânio, mas não conseguiu ver ninguém.
— Quem está aí? — chamou ele mais uma vez com uma voz grave e exigente.
— Harry, vamos, anda! — Hermione agarrou-o pelas costas da jaqueta e o puxou para trás.
— Que foi? — perguntou Harry direto, espantado de ver a cara da amiga tão branca e aterrorizada.
Ele pensava que ela não sabia o que era a marca, do mesmo modo que ele supôs que ela deve achar que ele não sabia... Que saco! Ele tinha que agir, tinha que achar quem a conjurou... ficar brincando de quem sabe o que era uma maldita perda de tempo.
— É a Marca Negra, Harry! — gemeu Hermione, puxando-o com toda a força que podia. — O sinal do Você-Sabe-Quem!
Harry reprimiu o revirar de olhos.
— De-de-dele...? — Ginny gaguejou.
— Harry, anda logo!
Harry se virou. Rony estava recolhendo depressa a miniatura de Krum antes dos quatro começaram a atravessar a clareira, mas antes que conseguissem dar mais de cem passos, uma série de estalos anunciaram a chegada de vinte bruxos, saídos do nada, a toda volta.
Harry se virou e numa fração de segundo registrou um fato: cada um dos bruxos puxara a varinha, e cada varinha estava apontada para ele, Rony, Ginny Hermione. Sem parar para pensar, berrou:
— ABAIXA! — Ele agarrou as garotas e as puxou para o chão, enquanto seu bracelete criava um certo escudo em volta de todos, caso ainda tivesse feitiços nessa direção.
Feitiços que Harry pensou que seriam de alto grau de ofensiva... em vez disso recebeu:
— ESTUPEFAÇA! — berraram vinte vozes desencadeando uma série de lampejos, e Harry previu que seus cabelos estariam uma bagunça se não fosse o seu escudo devido a combinação de toda a magia e o vento poderoso que ela originou.
Ao erguer a cabeça um centímetro, ele viu jorros de luz flamejante saírem das varinhas dos bruxos e sobrevoarem seus corpos, entrecruzando-se, ricocheteando nos troncos das árvores, saltando para a escuridão...
— Parem! — berrou uma voz que ele reconheceu. — PAREM! É o meu filho!
Harry suspirou aliviado, largando as garotas e se levantando com o máximo de postura que conseguia quando os bruxos relutantemente abaixaram suas varinhas.
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Harry Potter e o Lord Slytherin / Drarry
FanfictionSe ao dizer aquelas palavras Harry soubesse que o seu mundo nunca mais seria o mesmo, ele não sabe ao certo se as teria pronunciado. Não, quem ele quer enganar? Por mais que soubesse das consequências, ele ainda teria sangue Potter correndo em suas...