3- O grande erro de tia Guida

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O restante do trimestre final passou numa névoa resplandecente de sol dando a Harry muito tempo para pensar e repensar tudo o que descobriu sobre si mesmo e os acontecimentos de sua vida. 

Tudo parecia estar dando uma guinada extremamente ousada e diferente, e Harry apenas estava tentando se acostumar com tudo. 

Ele ainda não tivera coragem de voltar à câmara secreta, mas sabia que tinha o desejo de fazer exatamente em algum momento para explorá-la melhor. Harry sabia que os professores não haviam fechado adequadamente o lugar, em parte por não saberem como devido a magia que Salazar deve ter colocado no lugar, em parte pois não pensavam que alunos iriam mais se aventurar por ali. 

Afinal, Harry era o único que poderia devido a língua de cobra, e parecia ser unânime a crença que o jovem Potter não desejava estar entre aquelas paredes novamente. 

Como estavam errados... Harry tinha perguntas, e com certeza iria atrás das respostas. 

 Todavia, nesse final de período ela aproveitou para relaxar e digerir mentalmente tudo. Apenas... seguir o fluxo do rio. Hogwarts voltou ao normal de certa forma com apenas algumas diferenças – as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas foram canceladas ("mas tivemos bastante treinamento nisso", disse Rony a uma Mione irritada), e Lúcio Malfoy foi dispensado do cargo de conselheiro. Draco parou de se exibir pela escola como se fosse dono do lugar.

Na verdade, o loiro da sonserina parecia incrivelmente quieto e observador, se mantendo longe de problemas e dos holofotes que tanto gostava. 

Não que Harry tivesse prestado atenção... ele a apenas reparou nesse fato curioso, apenas. 

E foi demasiado cedo que chegou a hora de voltar para casa no Expresso de Hogwarts. Harry, Rony, Mione, Fred, Jorge e Gina conseguiram uma cabine só para eles. Aproveitaram ao máximo as últimas horas em que tinham permissão para fazer mágicas antes das férias. Brincaram de snape xplosivo, queimaram os últimos fogos Filibusteiro de Fred e Jorge e treinaram como desarmar uns aos outros com feitiços. Harry estava ficando muito bom nisso. 

Na verdade, todos os feitiços de Harry e suas habilidades mágicas pareciam mais afloradas desde a câmara. Se isso tivesse haver com o fato de Harry sempre andar com o bracelete de sonserina um pouco mais a cima no braço escondido de todos? Harry foi inteligente o bastante para começar a achar que sim, mesmo que ele soubesse que o artefato não estivesse exatamente te dando poder. 

Estava mais para... descomplicar a magia para ele. Tornar tudo mais fluido e maleável de um jeito que Harry estava começando a gostar bastante das sensações que tinha. As aulas não pareciam mais serem tão complicadas, sentir a magia ao redor era quase que satisfatório, e com certeza tudo parecia muito mais incrível. 

O Expresso de Hogwarts reduziu a velocidade e finalmente parou. 

Harry tirou uma pena e um pedaço de pergaminho e se virou para Rony e Mione. 

– Isto se chama um número de telefone – disse a Rony, escrevendo duas vezes, rasgando o pergaminho em dois e entregando um pedaço a cada um. – No verão passado, contei ao seu pai como se usa um telefone, ele vai saber. Me liguem na casa dos Dursley, está bem? Não vou suportar outros dois meses tendo só o Duda para conversar... 

– Mas os seus tios vão se sentir orgulhosos, não vão? – perguntou Mione quando desembarcaram do trem e se juntaram à multidão de alunos que se dirigia à barreira encantada. – Quando você contar o que fez este ano? 

– Orgulhosos? – falou Harry com humor sarcástico e seco. – Você enlouqueceu? Depois de todas aquelas vezes que eu podia ter morrido e não morri? Eles vão ficar furiosos... 

Harry Potter e o Lord Slytherin / DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora