Harry Potter e o Lord Slytherin / Drarry

30- As maldições imperdoáveis

Foi estranho ser alvo dos olhares e cochichos de todos na comunal na manhã seguinte. Não que Harry não estivesse acostumado com isso, Merlin sabe o quanto o garoto sofria por causa da sua fama, mas dessa vez a perseguição mal escondida era ainda mais pungente. Todos agora sabiam que ele era um Lord, não qualquer um, mas o herdeiro de Godric Gryffindor, fundador da grifinória qual todos ali tinham orgulho de pertencer...

Harry sabia que estava bem ferrado quanto a isso. 

Enfim, a noite passada havia ido por um caminho completamente inusitado para ele. Certamente não estava nos planos de Harry conhecer a adorável Luna Lovegood, ou ter um acesso de magia ao perceber todas as injustiças desse mundo antes romantizado por ele que era o mundo mágico. 

Mas havia acontecido. E depois de muita conversa com Salazar e Godric (além de um papo bem estranho com Malfoy que fez Harry crer que o loiro era seu mais novo seguidor, por mais que ele não entendesse o que isso significava e por que do nada essa merda), Harry havia decidido que faria o que era certo: 

Ele iria ajudar a todos os bruxos que precisassem. Não porque ele foi o escolhido ou algo assim, mas porque fazia parte de quem ele escolhia ser. 

E era incrivelmente bom estar no controle pela primeira vez. 

Os planos para recuperar as coisas de Luna e confrontar seus assediadores já estava sendo montado, mas enquanto isso, ele tinha aulas a frequentar. Seus amigos, completamente alheios a todas as mudanças que uma noite havia lhe caudado, iriam para o primeiro dia de aula com Harry como se tudo estivesse normal. 

Nada em Harry era mais normal, mas pela primeira vez... ele gostava disso. 

 — Finalmente! Pensei que passaria a manhã toda aqui  — Ele disse ao ver os amigos chegando na sala comunal. 

 — Não grita de manhã  — Rony resmungou coçando os olhos. 

 — Nem se for pra anunciar o café da manhã?!  — Harry disse e riu bastante ao ver a pupila do amigo dilatar com o café da manhã mencionado. 

 — Desculpa Harry, queria estar preparada pro primeiro dia  — Mione explicou depois que revirou os olhos para o amigo ruivo. 

 — Sem problemas, mas acho melhor irmos. Estou cansado desses olhares. Pensei que o torneio teria acalmado um pouco a curiodidade de todos sobre mim. 

 — Harry, meu amigo, um descendente dos fundadores vivo e já tendo pego o domínio do título? Isso nunca vai deixar de ser interessantes.  — Rony explicou seguindo o amigo pra fora. 

 — É Harry, se os grifinórios não te amavam antes, agora com certeza eles o fazem. E os senserinos...  — Hermione disse carregando sua pesada mochila de livros. 

 — O que tem eles?  — Harry questionou. 

 — Cara, agora você é o inimigo número um deles. Se prepare para o Malfoy ser no mínimo 200 por cento mais chato  — Rony se lamentou e Hermione concordou. 

Harry até tentaria argumentar contra, mas era contraproducente, já que ele tinha falado pra Dray justamente fazer isso. Se eles quisessem mesmo manter essa farsa de inimizade, todos esperavam bastante brigas entre eles agora. 

E por falar nisso...

O trio estava conversando sobre a ansiedade para um novo ano letivo e as matérias que iriam ver quando as corujas chegaram mais cedo, muitos como eles recebendo seus pacotes antes mesmo de entrarem no salão principal. 

 — Estranho, o correio está adiantado  — Hermione disse ao receber seu exemplar do Profeta Diário. 

Harry recebeu cartas de Remus e Sirius, mas tratou logo de despistar e guardar para ler depois, mas suas ações foram interrompidas por uma Hermione triste: