25- A Copa Mundial de Quadribol

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Passar o dia com os Weasleys estava sendo uma experiência engraçada na visão de Harry. O garoto achava que nunca se cansaria das peripécias e modo de se comportar da família. E apesar de todas as coisas que mudaram desde que matou o basilisco... amar estar no meio desse convívio não foi uma delas. 

Deste modo, ele montou sua barraca mágica na área de camping reservada para ele, mas abandonou o conforto da fabulosa tenda Potter com 3 quartos, sala, cozinha e banheiro para ficar em meio aos seus amigos. 

Pois a tenda dos Weasleys podia ser apertada, sempre com muita conversa e possíveis coisas explodindo na sua cara... Mas ainda era incrível para Harry. 

Por exemplo, eles ficaram horas tentando montar uma fogueira na frente da barraca, pois o Senhor Weasley queria por que queria realizar tal ato de modo completamente trouxa. Harry ficou esse tempo todo se divertindo e encantado com a persistência do homem em tentar acender a fogueira mesmo já tendo acumulado fósforos e mais fósforos queimados no chão sem obter êxito. 

 Finalmente, a fogueira ficou pronta e eles já haviam começado a preparar salsichas com ovos quando Gui, Carlinhos e Percy saíram caminhando da floresta para se reunirem à família. 

— Acabei de aparatar, papai — disse Percy em voz alta apenas para se gabar. 

Harry teve que revirar os olhos diante disso. Os fantasmas prometeram que logo ele começaria a aprender aparatar, mesmo sendo ilegal. O fato era que, mesmo que pudesse anunciar ao mundo que conseguiria fazer isso, Harry não o faria, pois sabia que soava patético. 

Se gabar de suas habilidades, quando elas são bem comuns, é bem idiota. 

— Ah, que excelente almoço!

 Já haviam comido metade das salsichas com ovos quando o Sr. Weasley se levantou, acenando e sorrindo para um homem que vinha em sua direção.

 — Ah-ah! — exclamou ele. — O homem do momento! Ludo! 

Ludo Bagman era, sem favor algum, o homem mais chamativo que Harry já vira na vida, até mesmo incluindo nessa conta o velho Arquibaldo com sua camisola florida, ou Albus Dumbledore. Usava longas vestes de Quadribol com grandes listras horizontais amarelas e pretas. Uma enorme estampa de uma vespa tomava todo o seu peito. 

Tinha a aparência de um homem corpulento que parara de se exercitar; suas vestes estavam muito esticadas por cima da enorme barriga, que certamente não existia na época em que ele jogava Quadribol pela Inglaterra. Seu nariz era achatado (provavelmente quebrado por algum balaço errante, pensou Harry), mas os redondos olhos azuis, os cabelos louros curtos e a pele rosada o faziam parecer um menino de escola que crescera demais. 

— Olá, — exclamou Bagman alegremente. 

Andava como se tivesse molas nas solas dos pés, era visível que estava num estado de extrema excitação que soava estranho até para Harry. Olha que o garoto estava ansioso para a copa também. 

— Arthur, meu velho — ofegou ele, ao chegar à fogueira — que dia, hein? Será que podíamos ter desejado um tempo mais perfeito? Uma noite sem nuvens... E quase nenhum problema na programação... Quase nada para eu fazer! 

Por trás dele, um grupo de bruxos do Ministério, de cara exausta, passou apressado, apontando para a evidência distante de algum tipo de fogueira mágica que disparava faíscas violetas a seis metros de altura. 

Harry fez careta ao perceber que estava diante de mais um membro do ministério que preferia coçar a própria bunda e fechar os olhos diante dos problemas. 

Ignorando isso, Percy adiantou-se rapidamente com a mão estendida. Pelo jeito o fato de desaprovar o modo de Ludo Bagman dirigir o departamento (como ele sempre falava), não o impedia de querer causar boa impressão. Uma ação bem sonserina na visão de Harry.

Harry Potter e o Lord Slytherin / DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora