Cadela - Camren GIP

Bônus: Segredos do Estábulo

AVISO IMPORTANTE:

Esse capítulo não é essencial para o entendimento dos acontecimentos narrados na fic. Se você for sensível a certos temas, por favor, pule esse capítulo. Você não vai perder nada de importante. 🛑🛑🛑🛑🛑

Os temas tratados aqui são: petplay, dominação psicológica, sadismo e masoquismo. Se você não se sente à vontade, NÃO LEIA! 

Agora, se você curte, aproveite ;) 🥵🔥

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POV CAMILA

Era uma tarde fria. Eu estava na cozinha, perto do fogão de lenha, buscando me aquecer. Clara moldava a massa de strudel com maestria, sovando a mistura de farinha, manteiga e leite sobre o mármore da ilha central, enquanto Zezé mexia o recheio na panela com um ritmo tranquilo, como se tivesse feito isso pelo menos um milhão de vezes. O aroma de maçã e canela preenchia o ambiente, enquanto eu ouvia as histórias da infância de Lauren e Chris na fazenda.

"É verdade, os dois sempre foram muito unidos", Clara concordou com Zezé, exibindo um leve sorriso nos lábios, enquanto amassava e dobrava a massa repetidamente.

"Desde pequena, Lauren tinha esse jeito firme, mas, por dentro, ainda era uma menina tentando entender seu corpo, suas preferências... E lá no fundo, os olhares curiosos e os sussurros maldosos ainda a atingiam", sua voz vacilou um pouco, seu olhar perdido nas lembranças das dores que a filha enfrentou.

"Um dia ela chegou em casa com olhos vermelhos e inchados, escondendo o choro, depois de ter sido excluída do time de futebol por ser uma 'aberração'", Clara baixou o olhar brevemente, como se aquilo doesse nela própria.

"No dia seguinte, Michael e eu fomos chamados na escola. Chris quase foi expulso por brigar com os meninos, defendendo a irmã". Ela sorriu orgulhosa pelo gesto do filho. "Eu não aprovo a violência, mas, pelo menos, os problemas na escola acabaram, e ninguém mais teve coragem de mexer com Lauren".

"O que eles tinham de amor, sobrava em briga", Zezé acrescentou, soltando uma risada. "Desde piazinhos, eles tinham essa mania de brincar de lutinha, lembra, patroa?"

Clara assentiu com um sorriso enquanto continuava a mexer a massa.

"Eles pareciam dois touros prontos para se atacar, socando, chutando, tudo para ver quem era o mais forte", minha sogra falou. "Até hoje eles são assim, mesmo depois de crescidos, esses dois não perdem essa mania" Zezé completou, voltando sua atenção à panela borbulhando no fogão.

Eu estava envolvida na conversa animada em torno do fogão de lenha quando, de repente, um dos empregados surgiu, trazendo um recado de Lauren para encontrá-la no estábulo. Rapidamente vesti um sobretudo e o segui no pequeno carrinho de golfe até o celeiro.

O vento frio da tarde queimava meu rosto enquanto nos aproximávamos da estrebaria, me obrigando a fechar ainda mais a gola do sobretudo à medida que avançávamos.

Quando chegamos, desci do carrinho e o empregado partiu apressado, me deixando ali, sozinha, diante da imponente estrutura de madeira, com o brasão da família entalhado na porta dupla, ao lado de duas figuras esculpidas de cavalos em pé.

Respirei fundo e ajustei o casaco, me preparando para entrar. Dei um leve empurrão e a porta rangeu antes de abrir, liberando o cheiro de feno que imediatamente invadiu minhas narinas. Entrei, sentindo o ambiente climatizado me envolver.

"Lauren?" chamei em meio ao silêncio, mas apenas o eco dos relinchos dos cavalos respondeu. Dei alguns passos hesitantes, sem entender o que ela estava planejando. Enquanto percorria o estábulo, o som dos meus saltos cortava o silêncio. Observei as baias de madeira, reluzindo sob a luz suave que entrava pelas claraboias no teto, criando um ambiente quase mágico. "Se eu fosse um cavalo, com certeza gostaria de viver aqui", pensei enquanto avançava. Os animais me olhavam com curiosidade, acompanhando meus movimentos enquanto seus cascos batiam suavemente no chão de tijolos.