BONECA RUSSA| HALINA VASILIEV NÃO TINHA grande riqueza, joias, roupas ou carros caros, sua vida não era comendo em lugares caros e ostentando dinheiro, muito pelo contrário, Ali morava com sua mãe em um pequeno quarto perto da cozinha dos Crist, um...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
⁰⁰⁰'CORAÇÃO TRAIDOR 『Atualmente』 - Halina
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
FORCEI MEUS BRAÇOS A AGUENTAREM o peso do corpo masculino. Harry James já estava internado a um bom tempo, estava entubado sem chances de sobrevivência sem as máquinas que se ligavam a seu peito, já havia sofrido uma morte encefálica a duas semanas atrás, seu cérebro havia parado mas o coração continuava batendo em seu peito, era difícil para a família acreditar que a pessoa havia falecido mesmo quando é possível ouvir o coração, e não importa o quanto explique que pessoas que tem chances precisam da cama, o dinheiro compra tudo, cresci vendo que isso era real e não havia como o mundo mudar.
Meu peito ardia pelo esforço, parecia que meu coração estava sendo apertado dentro do próprio peito, a falta de ar veio logo em seguida, juntamente com o calafrio e suor. Eu não conseguia me sentir forte enquanto notava a doença me correr inteira, aguardar na fila para um transplante no coração era demorado e pouco provável, o médico tinha deixado minhas chances de conseguir baixas, e eu tentava controlar os sintomas e diminuir a dor com remédios. Meu salário se resumiu a tentar me manter e comprar aquelas pílulas caras que diziam me dar mais tempo de vida.
Foram dois meses sofrendo pela miocardiopatia, o músculo cardíaco do meu coração havia inflamado, resultando no aumento de batimentos e o enfraquecimento, meu coração já não consegue mais bombear tanto sangue, me deixado fraca. Mesmo com a ajuda das pessoas do hospital e o turno de trabalho reduzido, ainda sentia o cansaço extremo em meu corpo e não havia nenhum remédio que pudesse me ajudar com isso sem aumentar os batimentos cardíacos, e eu não precisava de mais problemas.
Limpei o suor de minha testa quando me encostei na parede, meu corpo escorreu até sentar no chão, arranhei meu peito como se aquilo fosse tirar a dor me de devolver o ar. Olho para a janela enquanto espero aquela sensação horrível se dissipar, o céu escuro era iluminado apenas pela lua, tão pequena e escondida entre nuvens escuras, o turno da noite sempre foi meu preferido.
A pouco tempo atrás eu havia me formado em enfermagem, foi pura sorte e um pouco dos contatos mágicos da senhora Crist que me colocaram aqui, recém-formada e atuando na área. Deixei que meu corpo ficasse relaxado no chão frio, precisava tanto descansar. Após o desespero passar, me ergui arrumando o típico conjunto esverdeado, sentia o cordão de meu crachá grudar em meu pescoço.
