028|LAR, DOCE LAR.

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⁰²⁸'LAR, DOCE LAR『Atualmente』- Halina

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⁰²⁸'LAR, DOCE LAR
『Atualmente』
- Halina

        NUNCA PENSEI QUE MORRERIA DE SAUDADE DE CASA, até ter que passar semanas longe do meu lar

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        NUNCA PENSEI QUE MORRERIA DE SAUDADE DE CASA, até ter que passar semanas longe do meu lar. Mesmo que a cama do hospital particular fosse mais confortável que as demais, ainda sim não passaram de um colchonete fino que quando mais era usado, mais incomodava, os lençóis com o tempo pareciam tão ásperos que começaram a incomodar meu corpo, o chuveiro não esquentava tão bem, a televisão pegava apenas dois canais—jornais e esportes, e para completar o pacote eu odiava ter que comer somente sopa, nunca havia desejado tanto um prato enorme de macarrão.

        Se estava ruim para mim, eu imaginava o desconforto de Michael na pequena poltrona, certas manhãs ele me ajudava a levantar, andar um pouco e me sentar em outro lugar que não fosse a cama, e então eu quase implorava para que o homem deitasse um pouco para descansar, e ele dormia por horas, enquanto eu encarava a pequena televisão até a hora do almoço. Mich me acompanhava nesse momento como apoio, os pontos doíam muito com os movimentos, e só depois das uma da tarde Rika ou alguns dos cavaleiros aparecia para me auxiliar, e então o Crist conseguia ir até sua casa, tomar banho e comer, mas sempre estava novamente no hospital próximo às quinze horas, quando minha fisioterapia começava.

       Não era uma dificuldade em andar, ou realizar alguns movimentos, após as dores passarem tenho certeza que conseguiria até mesmo pular, mas os exercícios eram direcionados ao realizar os movimentos devagar e ver se o novo coração iria se adaptar com o ritmo, nas duas primeiras vezes ele acelerou tanto no começo das caminhas na esteira que eu pensei jamais ser capaz de me recuperar cem por cento, mas depois, com muita calma, ele começou a se adaptar, começamos a caminhar mais, aumentando aos poucos a velocidade até estar em uma corrida leve e calma.

       E em um piscar de olhos, duas semanas haviam se passado, ainda não tive coragem de deixar Michael me ajudar no banho, ou ficar no quarto enquanto me ajudavam com o curativo, não queria que ele visse a enorme cicatriz que ficaria em minha pele, temia por sua reação.

— Nossa linda e querida enfermeira.— Michael baixou o jornal que lia, uma das poucas coisas que ainda não havia visto, o olhar âmbar rígido em direção a Arthur, que nunca parou de me chamar assim, mesmo ao notar os ciúmes de Mich.— Senhor Crist, como estão hoje?

RUSSIAN DOLL | devil's nightOnde histórias criam vida. Descubra agora