004|BOBAGEM INFANTIS

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⁰⁰⁴'BOBAGENS INFANTIS『antigamente』- Halina

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⁰⁰⁴'BOBAGENS INFANTIS
『antigamente』
- Halina

           NÃO CONSEGUIA ENTENDER POR MEUS colegas de classe me odiavam tanto se estávamos no mesmo meio social, éramos crianças com rendas baixas, todas com problemas semelhantes e famílias pobres, recusei de ir a mesma escola que Mich somente pa...

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           NÃO CONSEGUIA ENTENDER POR MEUS colegas de classe me odiavam tanto se estávamos no mesmo meio social, éramos crianças com rendas baixas, todas com problemas semelhantes e famílias pobres, recusei de ir a mesma escola que Mich somente para não sofrer bullyng por minha pobreza, a senhora Crist ficou irritada em saber que havia negado a proposta, principalmente quando dei a desculpa de como minha vida era diferente da eles. Lógico, morava em uma linda mansão, comia junto aos Crist na mesa algumas vezes, mas ainda sim era a filha da empregada, minha mãe sempre me lembrava disso.

          Começaram com brincadeiras sobre meu sotaque, eles me imitavam com vozes forçadas e criando palavras desconhecidas do vocabulário russo, para eles falar em um tom bravo e com palavras puxando o "r" era considerado como minha língua, aquilo me irritava profundamente. Como um meio de tentar parar com as provocações, parei de conversar, respondia aos professores quando solicitado, mantendo a voz baixa e tentando sumir com o sotaque carregado em minha voz, não foi o suficiente, começaram a mexer comigo por falarem que havia me tornado muda, ou que era medrosa demais para enfrenta-los, e eu realmente era, eles estavam sempre em um grupo de cinco meninos liderados por Noah Wilson, um garoto tão pobre quando eu, mas que dizia ser herdeiro de algo.

         Noah era um garoto bonito, e quando ele disse para as meninas ficarem longe de mim, assim fizeram, não dando a mínima chance que fizesse amigas. Senti meu rabo de cavalo ser puxado pela quinta vez, o couro da minha cabeça doía enquanto eu tentava segurar as lágrimas, minhas mãos tremiam em nervosismo. Eu não podia contar a minha mãe, mesmo que tivesse meus dez anos, seria algo muito feio não conseguir me defender sozinha. Engoli em seco quando a professora começou a recolher as provas, não havia conseguido me concentrar enquanto Noah puxava meus fios, aquilo fazia minha cabeça doer a tarde inteira.

       O sinal tocou alto, indicando a hora do recreio, esperei que todos saíssem para me aproximar de Anne, professora de matemática básica. Os olhos cor de mel me analisaram pelo óculos, eu segurava o caderno próximo a meu peito, com medo de falar com a mulher de feição assustadora.

RUSSIAN DOLL | devil's nightOnde histórias criam vida. Descubra agora