019|DOCE CORAGEM

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⁰¹⁹'DOCE CORAGEM『Atualmente』- Halina

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⁰¹⁹'DOCE CORAGEM
『Atualmente』
- Halina

         AINDA SENTIA AQUELE CHEIRO AZEDO EM meu nariz, como se o pano ainda estivesse sendo forçado contra meu rosto, meu corpo estava dolorido, me movi sentindo algo duro abaixo de mim, não precisei abrir os olhos para saber que estava deitada n...

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         AINDA SENTIA AQUELE CHEIRO AZEDO EM meu nariz, como se o pano ainda estivesse sendo forçado contra meu rosto, meu corpo estava dolorido, me movi sentindo algo duro abaixo de mim, não precisei abrir os olhos para saber que estava deitada no chão, meu corpo tremia e eu não sabia dizer se era pelo frio, medo ou a doença. Abri os olhos devagar, me acostumando com a pouca claridade que apenas uma lâmpada causava, os outros espaços eram escuros como nos filmes de terror que Trevor me obrigava a assistir com ele, mesmo sabendo que eu morria de medo.

       Trevor... O maldito filha da puta que eu tanto confiei nesse anos, quem pagou minhas contas dos hospitais e exames, que vinha me visitar com chocolates, o mesmo garotinho que chorava em meu colo quando brigavam com ele, aquele idiota que perdeu Erika e choramingou feito um bebê havia me apunhalado pelas costas, eu queria acreditar que não, e que isso era uma piada de mal gosto, mas Trevor não era como os cavaleiros, ele não fazia brincadeiras para te assustar ou te perseguia, costuma ir direto ao ponto, e era isso que eu mais admirava nele e naquele momento me causava uma raiva extrema.

       Me sentei ouvindo o som do aço raspando pelo chão, meu tornozelo esquerdo era preso com grossas e curtas correntes, como se eu fosse um cão selvagem, o comprimento do que me prendia sequer me deixaria dar dois passos. O vestido não me protegia do frio, o que causava estranhas já que o clima deveria estar quente, e se o sol estivesse batendo contra essas paredes esse lugar de metal deveria estar fervendo.

       Me assustei quando a estrutura balançou, meus olhos se arregalaram olhando em volta, não havia una janela, mas eu sabia que haviam poucas coisas que se moviam assim. Respirei fundo, senti o cheiro de peixe podre, estávamos em um barco, e não seria diferente, Trevor usaria onde tem pontos extras, onde saberia trapacear. Sentia meus lábios se grudarem um no outro, precisava de água, puxei as correntes, fazendo um barulho alto e estridente, continuei com aquele barulho insuportável mesmo que não conseguisse me soltar, se isso não me tirasse dali irritaria ao Crist mais novo, e qualquer ideia era válida em um caso que eu não sei o quanto de risco estou correndo.

RUSSIAN DOLL | devil's nightOnde histórias criam vida. Descubra agora