BONECA RUSSA| HALINA VASILIEV NÃO TINHA grande riqueza, joias, roupas ou carros caros, sua vida não era comendo em lugares caros e ostentando dinheiro, muito pelo contrário, Ali morava com sua mãe em um pequeno quarto perto da cozinha dos Crist, um...
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⁰²⁶'ÚLTIMOS PASSOS 『Atualmente』 - Halina
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KAIMORI CONSEGUIA SER MUITO CABEÇA DURA quando queria, quando soube por Michael ele havia aceitado o contrato de casamento contanto que Banks trabalhasse para o mesmo, contra gosto da mulher, tentei colocar juízo em sua mente, mas parece que nada que eu falasse mudaria aquilo. Manter Banks contra sua vontade naquele lugar poderia facilmente ser considerado como um sequestro, e a mulher demonstrava o quão desgostosa estava com a ideia de se manter ali, mas por algum motivo, podendo ser até mesmo amor, Mori a queria por perto.
Era ridículo pensar que no ano que estamos ainda existia uma bobeira de casamento por contrato, como nos tempos antigos que os pais davam as mãos de suas filhas contra sua vontade, era algo tão incompatível com o tempo que vivemos que eu me sentia fora de órbita. As semanas se passaram tão rápido que o mês estava quase concluído, o que significava que logo eu teria o meu transplante, e isso só me deixava ainda mais ansiosa a cada dia que passava.
Já havia arrumado tudo em uma única bolsa: roupas, revistas, escova de cabelo e dente, pasta dental, itens de higiene pessoal. E Michael, mesmo que eu dissesse que não seria possível, teimou em arrumar algumas roupas dele junto, dizendo que não sairia do quarto se não fosse comigo. A teimosia de Mich não havia mudado nada com o passar dos anos. Encarei novamente a mulher em minha frente lutar contra um boneco, os movimentos eram impecáveis, principalmente para mim, que não entendia exatamente nada sobre lutas.
Banks era um completo mistério, silenciosa e fria, não havia falado comigo desde que chegou, e eu passava grande parte dos meus dias ajudando Kai na parte administrativa, um pedido de Michael após eu reclamar que não aguentava mais me sentir inútil. A morena me observou pelo canto dos olhos, ela fazia muito isso enquanto lutava, era raiva, eu havia recebido muito esse mesmo olhar dos cavaleiros a algumas semanas atrás.
— O que foi?— Banks perguntou.— Gero tanta curiosidade assim em você?
— Com toda certeza, Banks.— Sorri de canto.— Você me lembra muito uma pessoa.
