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Batidas incessantes na porta do meu quarto enquanto eu tomava banho.

Sn: Quem será o desalmado que não respeita o banho alheio? - Desligo o chuveiro, me seco rapidamente, me troco e vou ver quem era o desalmado.

Saito: Podemos conversar?

Sn: Eu estava tomando banho… lavei meu cabelo e tenho que finalizar… entra e tranca a porta.

Me sentei na cadeira em frente ao espelho e ele pegou uma escova para me ajudar a finalizar o cabelo.

Saito: Não leve minha família a sério… eles queriam que eu me casasse com a filha de um amigo deles. Ela é uma garota fútil que só liga para status e dinheiro.

Sn: Também só ligo para dinheiro, sem seu rico dinheirinho eu não ia conseguir meus lindos livrinhos. Ai! - Ele puxou um dos meus cabelos.

Saito: É pra você aprender a parar de ser besta. Eu sei que você não é assim. Aquele tapa que desferiu em minha irmã me deixou orgulhoso. Eu mesmo ia dar, mas ver você defendendo a Alice e sua mãe me deixou orgulhoso.

Sn: Eu ia bater em você se não tivesse conversado com eles. E por que ela queria entrar na biblioteca?

Saito: Eles acham que o cofre está na biblioteca.

Sn: E está?

Saito: Sim.

Sn: Gente, que babado… e você fala isso pra mim sem se importar que eu pegue tudo e gaste?

Saito: O máximo que pode acontecer é um superlotamento na biblioteca. E você não faria isso, afinal precisa de senha.

Sn: Saito, Saito… eu sou leitora, meu querido… não duvide das minhas capacidades. Ontem eu li um livro na biblioteca em que a protagonista assaltava o mafioso mais perigoso da máfia italiana.

Saito: Hum.

Sn: Pois é, homem, ela seduziu o coitado, roubou ele, alugou um triplex na mente dele porque ele se apaixonou e fez o cara de gato e sapato até no fim ela ir para outro país. Ele descobriu que ela tinha uma filha e que o dinheiro que ela roubou era para pagar hospital e medicação. Foi atrás dela, falou que o que ela pegou era um valor insignificante e ainda passou a filha dela para o nome dele e levou elas embora. O final eu achei uma merda, mas em geral foi muito útil a parte em que ela abriu o cofre. Era por digital. Ela deixou ele apalpar a bunda dela e usou o tecido de cetim para abrir o cofre.

Saito: Não vou te apalpar.

Sn: Mas vai apalpar minha mãe. - Falei diabólica e começamos a rir.

Saito: Pra que quer me roubar se já deixei um cartão com você, peste?

Sn: Oxi, emoção e ver se o que eu leio funciona. Cadê minha mãe?

Saito: Ela foi comprar umas coisas e ir no salão.

Sn: Ai, que chato… vamos ao shopping? Tipo, eu não quero ficar aqui com sua família. Desculpa, mas eles são chatos pra um senhor caralho. Tem certeza que compartilham o mesmo sangue? Você é tão legal.

Saito: Sua sinceridade machuca, sabia? E sim, eu concordo. Não posso sair. Eu cuido da casa e você sai com as meninas. O que acha?

Sn: Ah não… eu gostei delas, mas fico com vergonha de socializar. Elas são animadas demais.

Ele começou a gargalhar e eu olhei com cara de bunda para ele.

Saito: Má notícia, eu já tinha chamado o Wakasa para levar você e as meninas para o shopping. - Que cara diabólica era aquela que ele fazia.

Sn: Seu desalmado, aquela zebra me deu um cascudo e você chama ele para me levar? Ele vai é me enterrar viva.

Saito: Para de ser besta, menina. Coloca uma roupa e vem, ele já deve estar lá embaixo.

Sn: Tô pelada de certo…

Saito: Você é uma má influência, sabia? Coloca uma roupa bonita e vem, beijinhos. - Ele saiu e eu fui trancar a porta. Me troquei, coloquei meu look de sempre: calça cargo, cropped de mangas longas, All Star e passei um gloss.

Peguei uma bolsa e estava pronta. Quando desci, a irmã do Saito se jogava para o Zebra, que me olhou como se visse a salvação em sua frente.

Waka: Oi, anjinha, senti saudades! - Ele se aproximou me abraçando e agora a diferença de altura era clara, haha, eu com meus 1,71 e ele pitico. - Pelo amor de Deus, me ajuda, finge e faço o que você quiser.

Sn: Oi Waka! Que saudades! Vamos?

Saito olhava aquilo segurando o riso e até tirou uma foto.

Saito: Bom passeio, Sn. Até mais, Wakasa.

Waka: Até.

Saímos com ele agarrado ao meu braço.

Sn: Quero dois livros.

Waka: Certo… vou ser extorquido agora… filho da puta…

Sn: O quê?

Ele mostrou o celular com a foto que o Saito mandou no grupo deles. Os outros caras riam e Saito contava como ele me viu como saída para se livrar de uma doida e ainda falou que se ele prometeu fazer o que eu queria ele se lascou.

Sn: Credo! Olha o que ele pensa de mim.

Waka: E ele está errado? Acabou de falar que quer livros.

Sn: E nem comecei a pedir ainda, devia estar agradecido.

Izana: Tem como vocês andarem mais rápido? - Como eu estava de frente para o Wakasa, acabei ficando de costas para o portão e quase infartei.

Coloquei a mão no peito.

Sn: Olá, tudo bem? Como estão? Por que não me falou que os outros caras estavam aqui também? - Falei para o Wakasa.

Waka: Sei lá, achei que o Saito tivesse falado para você. Agora vamos, extorquidora.

Sn: Zebra chechelenta.

Ele correu atrás de mim e eu corri, me escondendo atrás de Emma e Senju.

Senju: Oi, anjinha. Já estão discutindo de novo.

Sn: Ele quem começou. - Falo rindo. - Calma… cadê o carro?

Waka: Vamos de moto e você vai na garupa do Izana.

Sn: Nem fodendo…

Izana: Vai me falar que a princesa tem medo de moto. - Ele debocha.

Sn: Medo é uma palavra muito forte. Descreveria mais como pânico, trauma e muito mais…

Sanzu: Vem na minha garupa, eu não corro. - Ele fala meigo e pega em minha mão, olhando em meus olhos.

Fui puxada e me senti uma boneca de pano.

Izana: Não, ela vai comigo. - Que olhar era aquele… medo…

Beijos. Até o próximo capítulo ✨

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