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A neve está começando a cair.

Saito: Vamos logo, Sn!

Alice: Que demora, filha!

Sn: Esperem! Eu já estou indo!

Desci as escadas e fomos para um parque, e não, eu não posso levar um único livro, nem um pequeno com 100 humildes capítulos. Os dois chatos não deixaram.

Alice/Saito: Está linda.

Sn: Obrigada, vocês também estão lindos. Agora me contem quem foi o gênio no mal que decidiu que era uma boa ideia montar um parque nesse frio?

Saito: Vocês são do Rio Grande do Sul e estão reclamando do frio?

Alice: A Sn tem um pequeno problema com o frio, essa é a melhor época do ano e ela não gosta.

Sn: Devia gostar? Você me colocou nas aulas de karatê no frio! Sabe como dói cair no frio? Não, porque a bonita não quis mais fazer as aulas depois.

Alice: Confessa que, além dos livros, você também amava ir para o karatê.

Sn: Sim.

Rimos e fomos para o parque. Estava lindo, por mais que estivesse frio, eu estava com uma roupa um pouco fresca, nada muito chamativo, um cropped, uma calça larga, um casaco segunda pele e uma jaqueta. Estava quentinha.

Saito me deu dinheiro, não precisava mais, ele insistiu. Foi aí que entendi que ele queria um tempo com minha mãe.

Sn: "Sem livros, Sn, vai ser um tempo para a família." Safados, eles podiam ter me deixado em casa com minha biblioteca…

Caminhei e reclamei baixinho. Comprei um Ramen, comi, paguei e voltei a caminhar.

Haviam muitos casais, não estava incomodada, por mais que soubesse que não seria eu a protagonista de um amor platônico como os que presenciava.

Sn: De acordo com meus diversos livros criminais, é assim que geralmente alguém é sequestrado por gangues, mafiosos ou doidos.

Contando que não tentem me sequestrar, está tudo incrível. Olhava grupos com roupas parecidas e já sabia que eram gangues locais. Em duas festividades, eles deixam as diferenças de lado para aproveitarem com os amigos, contanto que as leis de cada gangue não sejam quebradas.

Não sei a quem pertence esse território, mas a pessoa deve ser respeitada, já que dois grupos já passaram lado a lado e se cumprimentaram sem briga.

Um grupo maior surgiu em meu campo de visão. Uniforme vermelho como sangue pintava a paisagem branca pela fina camada de neve que se formava.

O rapaz que estava à frente teve seus olhos encontrados com os meus. O contato visual só foi cortado quando um dos caras da outra gangue o chamou.

Lentamente, daí fui para uma parte menos movimentada. Observava os pequenos flocos caindo. Algumas crianças e casais estavam conversando e admirando a mesma vista que eu.

E eu me sentia observada. Não sabia de onde o olhar vinha, mas sentia o quão poderosos eram seus olhos, já que queimavam minha pele a distância.

Recebi uma ligação de Saito perguntando onde estava. Fui ao encontro deles e fomos para casa.

Narradora on

Após a saída da garota, o rapaz ficou se perguntando quem era e por que nunca a viu antes.

Kakucho: Tudo bem, Izana?

Izana: Descubra quem é essa garota. Quero nome, endereço e idade. - Mostrou uma foto que havia tirado enquanto ela caminhava.

Kakucho: Ok.

Quem era aquela garota que não desviou o contato visual com ele? Geralmente, as pessoas não conseguiam olhar por muito tempo dentro de seus olhos.

Izana já se encontrava incomodado, pois a garota estava alugando um triplex em sua mente.

Seus colegas perceberam a inquietação do garoto que batia os dedos impacientemente na mesa à sua frente.

Kakucho apareceu com alguns papéis, os entregando para Izana, que sorriu de orelha a orelha.

Iria descobrir as informações da garota que alugava sua mente.

Izana: Sn Araújo… esse é seu nome, doce garota.

Beijos. Até o próximo capítulo ✨

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