Após a mudança para Tóquio por conta do novo casamento de sua mãe, Sn, uma jovem apaixonada por livros, se vê imersa na solidão de uma nova vida. Seu refúgio torna-se a biblioteca que seu padrasto, Saito, lhe deu, onde ela passa a maior parte do tem...
Acabei pegando no sono. Acordei em minha cama com a mesma roupa, só que deitada confortavelmente coberta pelo meu edredom.
Levantei-me, tirei o vestido e fui tomar um banho. Demorei um tempo para acordar completamente. Fiz minha higiene e me troquei com uma roupa confortável.
Olhei no relógio, vendo que já passavam das 9 horas. Desci e me deparei com Izana colocando a mesa.
Izana: Bom dia. Dormiu bem?
Sn: Bom dia, dormi sim e você? Teve uma boa noite de sono? – Falo me sentando e olhando para o rapaz que agora me analisava calmamente.
Izana: Uma das melhores noites que podia pedir, garotinha.
Sn: Já falei que não sou tão mais nova que você assim.
Izana: Mas ainda sim é mais nova que eu… garotinha. – Ele me dá um sorriso que me faz arrepiar por inteiro. – Depois do café, quer ir comigo a um lugar?
Sn: Tenho escolha?
Izana: Tecnicamente não. Mas o que me diz?
Sn: Contanto que eu possa levar um livro, vamos para onde você quiser. – Daí ele me escolhe um motel, Sn… parabéns…
Izana: Não sei em que pensamentos pecaminosos está pensando. Mas a levarei a uma reunião da gangue, não se preocupe, ninguém irá lhe incomodar.
Sn: Ok.
Tomamos café e ele me orientou a colocar uma roupa que me deixasse confortável, mas elegante. Aparentemente, a gangue dele preza pelo conforto e elegância.
Coloquei uma roupa confortável e amarrei meu cabelo, saindo do quarto com um livro em mãos.
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(Confortável? Sim. Elegante?)
Quando cheguei na sala, o vi trajando um uniforme vermelho como sangue. O mesmo uniforme que prendeu meus olhos nele aquele dia…
Izana: Vamos?
Só concordei com a cabeça e ele me guiou para fora.
Kaku: Olá, Sn. Tudo bem com você? – Fala com um sorriso gentil.
Sn: Oi, Kaku! Tudo sim e você, como está? – Falo com um largo sorriso. Ao ver o garoto, por um breve momento, ele congelou, mas respirou fundo ao me olhar.
Kaku: Estou bem. Vamos.
Izana: Pode ir na frente, Kakucho. Iremos de carro.
Ele assentiu e saiu na nossa frente. Izana segurou minha mão, me guiando ao banco do passageiro.
Me sentia uma princesa ao seu lado, eram pelos pequenos atos.
Fui lendo e sentia ser observada às vezes. Quando o carro parou, ele desceu e, ao fazer o mesmo, me surpreendi quando ele já estava abrindo a porta para mim. Me senti uma tartaruga…
Sn: Obrigada.
Antes que ele pudesse falar alguma coisa, uma garota pulou em seus braços.
???: Oi, meu amor! Eu senti tanta saudade! – Quem é ela…? Acho que é a namorada dele, já que, antes que ele a respondesse, ela o beijou.
Estava sobrando então saí furtivamente ao encontro de Kakucho, animada para o lado dele.
Sn: Oi, Kaku!
Kaku: Oi de novo, Sn. – Ele sorriu docemente.
Ran: Oi, Sn.
Sn: Oi, Ran. Tudo bem? Como está Rindou?
Ran: Estou bem, obrigada por perguntar.
Rindou: Bem.
Sn: Não quero incomodar muito, mas onde tem um lugar calmo para terminar de ler…
Rindou: Vem comigo. – Ele estendeu a mão e eu a segurei sem pensar duas vezes.
Ran: Que audácia! Eu ia levá-la.
Kaku: Por que estou sentindo que isso vai dar errado… – Fala baixinho com uma expressão preocupada.
Arrepiei por inteira quando senti olhos queimando em minhas costas. Sendo sincera, eu não quero olhar para trás não… me dá calafrios só de sentir, imagina quando eu olhar…
Saí com Rindou que, ao passar por outros membros, entrelaçou nossos dedos, fazendo com que os outros desviassem os olhares, parando de me olhar com desejo.
Murmurei um obrigada e ele sorriu.
Chegamos a um canto onde ele pegou uma cadeira para que eu me sentasse.
Sn: Obrigada.
Rindou: Não saia daqui. Se alguém falar alguma coisa, ou você me procura ou algum dos caras. Até já, garota.
Concordei e comecei a ler meu livro. Ainda estava encasquetada querendo saber quem era aquela garota… não devia me importar afinal… nem somos nada, não aconteceu absolutamente nada entre nós dois…
Fiquei na minha leitura até sentir novamente olhares em mim.
Izana on
Izana: Está louca, Yumi! Que porra acha que está fazendo! Você não tem direito algum de me beijar. – Respiro fundo para não ter que colocar uma bala em sua testa na frente da Sn.
Yumi: Não estou maluca! Estou deixando claro para a vadia que veio com você que você tem dona. – Meu Deus… por que eu não matei ela ainda…
Izana: Não temos nada. Se afaste de mim se valoriza seus dias de vida.
Procuro Sn e a vejo sorrindo para Ran, Rindou e Kakucho… meu sangue começa a ferver e borbulha ao ver Rindou estendendo a mão para ela.
Onde ele pensa que vai levá-la? Por que ele entrelaçou seus dedos nos dela… será que terei que desenhar para que entendam que não podem tocar no que é meu!
Izana: Depois da reunião iremos conversar, Yumi.
Yumi: Vou ser punida, comandante. – Ela fala com essa voz nojenta dela, me dando repulsa de estar em sua presença.
Sn… não pense que estou com ela… por favor, não me odeie por conta dessa vadia…