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Depois de ter a melhor noite da minha vida ao lado de Jisung, era hora de voltar para a mansão. No carro, o rapaz dirigia apenas com uma mão no volante, usando a outra para segurar a minha. Eu agradeci mentalmente ao meu coração por ter suportado nas últimas horas a sobrecarga dos batimentos mais loucos que eu já senti em toda a minha vida. E não era para menos, afinal…

Ele disse que me ama. 

Mais do que nunca, eu sabia que só precisava estar ao lado dele para ter o futuro que sempre sonhei. 

Mas você assinou um contrato de casamento com outra pessoa, Jiwoo

Esse maldito pensamento racional insistia em voltar à minha mente sempre que eu me permitia pensar em um futuro feliz com Jisung. Isso me corrói por dentro dia após dia. Talvez eu não mereça nem mesmo imaginar a minha felicidade sem ser atormentada pelos fantasmas da vida real.

Olhei para fora, paramos no sinal vermelho. Senti que o garoto olhava para mim e virei o rosto no banco, mirando-o de volta. Ele sorriu de um jeito fofo e eu retribuí instantaneamente, era impossível não fazer isso quando ver seu rosto me fazia sentir a pessoa mais feliz do mundo, mesmo que todo o resto estivesse contra mim. 

Algumas notificações seguidas em meu celular tiraram a minha atenção de Jisung. O aparelho apitou insistentemente, então o peguei na bolsa, abrindo as mensagens. Era a Sra. Jeon. Em uma fração de segundo, senti meu estômago se afundar no banco. 

— M-meu… — minha voz quase não saiu, uma sensação de náusea me tomou — Meu pai descobriu sobre a gente. Ele quer me ver na mansão…

Foi como se um buraco tivesse se formado bem abaixo dos meus pés, o chão sumiu à medida que o medo ia tomando conta de mim. Apenas a ideia de ver Jisung sendo tirado de mim acabava com a minha sanidade mental. Eu não sabia o que fazer, mas sabia que tinha que encarar o meu pai de uma vez. 

Senti a mão de Han apertar a minha. Em seu rosto eu não via medo algum, era como se tivesse uma segurança inabalável dentro de si.

— Tá tudo bem, eu vou estar lá com você. 

— Preciso fazer isso sozinha, Sung. Chegou a hora de enfrentar Kim Taesoo. 

O sinal abriu e Jisung acelerou novamente, nós fomos em silêncio o restante do caminho. Eu observava as luzes acesas dos estabelecimentos enquanto milhares de coisas passavam pela minha cabeça. A mão de Han mais uma vez parou em cima da minha, agora me dando força para o que iria enfrentar daqui a alguns minutos.

Quando paramos na frente da mansão, virei para o rapaz para me despedir, mas ele me impediu de sair do carro por um momento. 

— Entendo que queira fazer isso, mas não vou te deixar entrar lá sozinha. Nós estamos juntos nessa. 

Eu já podia imaginar que algo desse tipo aconteceria. Uma das maiores qualidades de Jisung é a sua lealdade e, bom… eu sou apaixonada por cada detalhe dele. 

Respirei fundo, assentindo ao sair do veículo. 

— Tem razão. Estamos juntos nessa. 

Nós entramos de mãos dadas pela porta da frente da mansão pela primeira vez, a sensação de não me importar se alguém nos veria juntos era incrível e eu pensei que deveria ter feito isso antes. Quando chegamos na porta, parei antes de entrar; sabia que seria um momento decisivo na minha vida, tinha que me preparar para o que quer que viesse. Han acenou com a cabeça, como se me dissesse que tudo acabaria bem. O que eu sabia era que ficaria bem se tivesse ele do meu lado. 

Nós passamos pela porta e caminhamos para dentro da casa. Meu pai estava sentado, com seu copo de whisky na mão. Quando nos viu entrar, ele levantou e tomou o restante do líquido de uma vez, nos encarando com o rosto mais enraivecido que já havia o visto dar. Engoli em seco. 

Dear Bodyguard ♡ Han JisungOnde histórias criam vida. Descubra agora