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— Vamos, Jiwoo, melhore um pouco essa cara, eu te trouxe no lugar mais legal de Seul — Henry falou, tomando um gole do whisky que provavelmente custava o preço de um carro. Eu apenas revirei os olhos mentalmente. 

O quarto de hotel para onde o Green tinha me “arrastado” ficava na cobertura do hotel mais luxuoso de Gangnam. Pelas paredes de vidro, era possível ver a piscina privativa do quarto e os grandes prédios da cidade. O sol não podia nem ser visto, estava coberto por grandes nuvens escuras. Henry apertou o botão no controle, fechando as persianas para bloquear a minha visão. 

— Pode olhar um pouco pra mim, por favor? Veja, eu pedi tudo isso pra você! 

Apontou para a mesa de centro redonda que nos separava. Estava repleta de comidas chiques que ele havia pedido ao serviço de quarto. Nada ali me dava qualquer apetite. 

— Quanto tempo tenho que ficar aqui? — quebrei meu silêncio. Minha pergunta o incomodou.

— Não me diga que já quer ir embora? Nós mal começamos. 

— Pra começo de conversa eu nem mesmo queria ter vindo.

— Olha só… — ele soltou um riso nasal, deixando de lado o copo de whisky para me encarar diretamente — Nem parece a mesma pessoa que a uma hora atrás estava tremendo de medo de ser descoberta pelo papai.

— Você realmente mostraria essas fotos pra ele? — perguntei. Ele cruzou as pernas, me analisando.

Sei que podia parecer idiota uma pergunta como essa, mas no fundo eu ainda queria acreditar que o Green não era um completo babaca. Ou ele mentiu muito bem no início, ou dentro dele ainda existe aquele cara gente boa que conheci. Um que queria me ajudar, não me destruir.

Por um instante, o vi hesitar para responder. Ele abriu e fechou a boca antes de falar:

— Isso depende de você — sua voz soou leve, mas eu senti um arrepio — Se continuar com esse namorinho ridículo, eu vou ser obrigado a ter uma conversa com meu futuro sogro. 

Pensei em negar mais uma vez e dizer que não existe nada entre Han e eu, mas sabia que isso não faria diferença alguma para ele. Por fora eu me esforçava para parecer forte, mas dentro de mim, eu sentia medo. Era uma mistura de medo, raiva e impotência. Mesmo assim, juntei toda coragem que tinha e me levantei da poltrona, o fuzilando com o olhar.

— Eu não devo satisfação nenhuma da minha vida pra você. 

Mais uma vez, ele riu. 

— Isso é verdade. Mas acho que vai ter que dar satisfações ao seu pai logo logo.

Eu estava prestes a dar o fora dali, sem me importar se ele mostraria aquelas fotos a quem quer que fosse, mas antes precisava perguntar:

— Sério, Henry, por que tá fazendo tudo isso? Você não era assim! — eu me surpreendi quando ele se levantou, ficando mais perto de mim.

— Porque eu realmente gostava de você, Jiwoo! — eu pude sentir o desespero em sua voz — Sabe como é ver a pessoa que você gosta com outro?! Fiz tudo que podia pra ser bom pra você, mas você nunca me deu uma única chance sequer! 

— E porque você não conseguiu o que queria, resolveu ser um babaca? 

— Cuidado com o que fala, Jiwoo.

Ele me encarou com um olhar matador. Eu já estava tão exausta de tudo isso que não me importava mais com muita coisa. Por algum motivo, o medo que eu sentia antes se tornou um surto de coragem repentina. Se ele queria contar ao meu pai sobre o Han, que fosse em frente, mas é bom que esteja ciente que eu não vou deixar isso barato. Estava com tanta raiva que peguei a primeira coisa que vi em minha frente e atirei em sua direção. Sua roupa ficou completamente manchada pela lagosta que joguei. 

Dear Bodyguard ♡ Han JisungOnde histórias criam vida. Descubra agora