Depois de ouvir o telefonema desesperado de Gyuri, a única coisa que fiz foi pedir a Hyeongjun para esperar Jisung ali, na porta do banheiro do parque de diversões. Ele ainda não havia saído, e eu não podia ficar esperando. A angústia que ouvi na voz da garota em sua última frase me dizia que ela precisava de ajuda, e eu não podia deixá-la desamparada.
Saí o mais rápido que pude, dirigindo no limite da velocidade para o galpão. No meio de tudo aquilo, a única coisa que me fazia sentir uma pontinha de esperança era que, de alguma forma, eu tinha certeza de que não demoraria para Jisung vir atrás de mim.
Só que ele não sabia onde eu estava indo.
Deixei meu celular o mais perto que consegui no painel do carro, esperava que Han me ligasse nos próximos minutos, assim eu poderia dizer onde eu estava e ele viria me resgatar. Mas isso não aconteceu.
Conforme eu me aproximava do galpão, meu medo crescia. Liguei para Jisung, colocando a chamada no viva-voz para continuar com as duas mãos no volante, a ligação chamou até cair na caixa postal e eu me perguntava onde é que ele tinha se metido. Ou será que a pergunta melhor era onde é que eu estava me metendo? Depois de tentar mais três vezes, desisti. Eu já estava na rua vazia que dava no galpão, não tinha mais tempo de tentar contato com o rapaz. Saí do carro, levando o celular escondido no bolso da jaqueta e caminhei devagar até a construção.
A noite já estava chegando e o vento frio me fez sentir arrepios. Eu olhava para os lados a cada passo que dava, tentando ver se algum dos homens estava ali fora. Só então me dei conta de que não tinha um plano. Eu precisava encontrar Gyuri, mas como eu posso fazer isso se esse lugar certamente está sendo vigiado 24 horas por dia? Ainda mais sozinha?
Me senti extremamente burra por ter agido no calor da emoção. Eu não podia fazer nada sozinha aqui, só seria mais uma sequestrada por eles. Hesitei, recuando quando cheguei perto da porta do galpão. Meu plano agora era voltar para o carro e ligar para a polícia, bancar a super-heroína não adiantaria nada.
Mas é claro que as coisas não aconteceriam da forma que eu queria. Nunca acontecem.
Tentei gritar, em vão, quando fui agarrada por um homem que surgiu por trás de mim. Me debati, tentando me livrar do pano com cheiro forte que ele colocou por cima do meu rosto. O odor era tão intenso que me entorpeceu em segundos. Depois disso, não vi mais nada diante dos meus olhos. Tudo escureceu.
Quando finalmente recuperei a consciência, senti foi uma dor leve em algumas partes do corpo, como se eu tivesse caído. Minha cabeça estava girando e, aos poucos, minha visão foi clareando, me fazendo me dar conta de onde estava.
Deitada no chão, observei ao meu redor, sem me permitir mover nenhum músculo, tinha medo que vissem que acordei. No canto oposto ao meu, vi Gyuri. Me desesperei vendo que ela estava amarrada. Alguns ferimentos sangravam em seu rosto. Ver aquilo me fez sentir mais medo do que jamais senti na vida. Só então percebi que minhas mãos também estavam amarradas, uma a outra, atrás do meu corpo.
A garota estava com os olhos fechados, não sei se desacordada ou apenas tentando não ver o filme de terror que acontecia consigo mesma naquele momento.
Continuei olhando ao meu redor, procurando por Jin Dojun ou algum dos bandidos que com certeza estariam por perto. Escutei conversas baixas não muito longe, as vozes masculinas falavam algo sobre o chefe não estar nada contente com os últimos acontecimentos. Provavelmente, a minha presença ali não estava nos planos deles. Ou será que estava?
Não conseguia parar de me perguntar o motivo que levou Gyuri a ser trazida para cá. Eles devem ter ficado sabendo que eu fui até a loja de conveniência procurar por pistas.
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Dear Bodyguard ♡ Han Jisung
FanfictionSeria mentira dizer que Kim Jiwoo tinha uma vida fácil mesmo sendo a filha do dono da maior empresa de cosméticos da Coreia do Sul. A mansão milionária, embora fosse extremamente luxuosa, não parecia um lar para Jiwoo desde o falecimento de sua mãe...