Capítulo 03 - Luz de velas

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Rio de Janeiro

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Rio de Janeiro

"@robertonascimento_ começou a seguir você"

Franzi o cenho ao abrir a notificação. O nome não me era familiar. Curiosa, cliquei no perfil e vi que se tratava de uma conta nova. A foto de perfil mostrava um homem jovem, Rafael, olhando para o lado com um sorriso suave. No feed, havia apenas uma única foto, uma imagem que imediatamente chamou minha atenção.

Na foto, Roberto estava com seu filho pequeno em um pódio. O menino segurava orgulhosamente uma medalha dourada, enquanto ele o observava com um sorriso de orelha a orelha, o orgulho transparecendo em seus olhos. A conexão e o carinho entre os dois eram palpáveis através da imagem.

Soltei um leve sorriso ao ver a foto, sentindo uma pontada de ternura.

Suspirei, puxando minha agenda e revisando minhas anotações sobre Roberto Nascimento. Cada detalhe era importante, e eu queria garantir que nada fosse esquecido.

O carinho de Roberto pelo filho era evidente em cada interação que eu havia observado e registrado.

Ele não teria procurado ajuda psiquiátrica se não fosse por seu filho. Se ao menos Lídia, tentasse entender essa perspectiva, talvez as coisas fossem diferentes.

Ela parecia estar presa no trabalho dele. incapaz de ver a profundidade do amor e da preocupação que Roberto tinha pelo menino.

Clico em seguir novamente, deixando o celular de lado e voltando minha atenção ao laptop a minha frente. 

Porem parece que o capitão do BOPE, não quer sair de minha mente.

Enquanto coloco a caneta vermelha no estojo, me lembro dos olhos de Roberto. A verdade é que aquele homem se impregnou nos meus pensamentos como uma sujeirinha que não quer sair.

Ele deve ter usado algum tipo de feitiço, não é possível. Havia feito uma sessão com ele, mas sempre o vi me observando quando ele estava la, me olhava com um olhar brilhante.

Tudo bem, eu diria que o tesão estava falando mais alto. Roberto era como um ímã, que me atraía. Só de pensar nele, um calor estranho sobe pelo meu corpo.

_Está legal, para com isso, Diana. Você não está mais na puberdade - Falo em voz alta para que eu mesma possa me ouvir.

Entro debaixo do chuveiro na tentativa de acalmar meus próprios ânimos. 

***

Sorrio ao acenar para o bebê no colo de minha mãe. Milena, com seus dentinhos recém-nascidos, sorri de volta para mim, exibindo uma felicidade pura e contagiante.

A menina, com cabelos curtos presos por grampinhos coloridos, vestia um casaquinho de tricô rosa. Em sua mão, segurava um chocalho que balançava alegremente, soltando gritinhos de felicidade que ecoavam pela sala. A cena era encantadora, mas, ao mesmo tempo, um sentimento de tristeza invadiu meu peito. A ideia de nunca ter um filho meu era uma dor silenciosa e persistente.

Lei do Amor | Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora