Capitulo 35 - Amor

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Antes

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Antes

_Eu quero tranquilidade lá em cima - digo ao batalhão, minha voz firme e autoritária. - A única que precisa sair viva é a Doutora Diana Torres. Ela foi sequestrada.

_Nascimento - ouço uma voz familiar e autoritária. Viro-me e vejo o coronel descendo as escadas, seu rosto severo. - Não posso deixar que faça isso só por causa de uma refém.

Sinto um calor subir pelo meu rosto, mas mantenho a calma.

_Se fosse tua mulher, tu não iria? - Minha voz é um sussurro rouco

Encaro o coronel, e vejo-o fechar os olhos por um breve momento, absorvendo minhas palavras. Ele não diz nada, mas o silêncio fala mais do que qualquer resposta verbal poderia.

_Com licença, Coronel. - Bato uma continência respeitosa e me viro, caminhando em direção às viaturas pretas que esperam, com os motores roncando suavemente.

O destino agora era incerto, mas uma coisa estava clara: não voltaria sem Diana.
Subimos o morro com cuidado, atentos a qualquer movimento ao nosso redor. Tatu liderava o caminho, já que ele conhecia bem o local onde a casa do verme se localizava. A cada passo, ajustava o fuzil nos braços, sentindo o peso da arma e a responsabilidade que ela trazia.

Meu corpo estava suando, não apenas pelo esforço da subida, mas também pela tensão crescente que tomava conta de mim. Cada ruído na mata parecia amplificado, e minha preocupação aumentava a cada instante.

O céu escuro acima de nós, sem lua ou estrelas visíveis, contribuía para a sensação de desolação e perigo iminente. As árvores ao nosso redor formavam sombras que pareciam se mover, criando uma atmosfera quase claustrofóbica

Eu sabia que não podíamos ser vistos; qualquer erro poderia ser fatal. O suor escorria pela minha testa, misturando-se ao gosto amargo da adrenalina que subia pela garganta.

Tatu parou de repente, levantando a mão para sinalizar que devíamos ficar quietos. Escutamos atentamente, prendendo a respiração. O som distante de vozes masculinas ecoava, um lembrete de que estávamos entrando no território inimigo. Trocamos um olhar rápido e determinado, cientes do que estava em jogo

Continuamos a avançar, agora mais devagar, tentando nos mover sem fazer barulho. O caminho estreito e íngreme dificultava a nossa progressão, mas estávamos determinados a seguir em frente. Eu podia sentir meu coração batendo acelerado, a antecipação de um confronto iminente pairando no ar. Não havia espaço para erros.

À medida que avançávamos, a silhueta da casa do verme começou a se delinear contra a escuridão. Era uma construção precária, com paredes de madeira desgastada e um telhado de zinco enferrujado. A luz fraca de uma lamparina pendurada na varanda projetava sombras oscilantes, que pareciam dançar sinistramente ao nosso redor.

Tatu fez um gesto para que eu me agachasse, e segui seu comando prontamente, mantendo o fuzil firme em minhas mãos. Observamos em silêncio, esperando o momento certo para agir. As vozes vinham de dentro da casa, e conseguíamos distinguir risadas e conversas despreocupadas. Eles não faziam ideia do que estava por vir.

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