Capítulo 16 - Controle

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Entramos no restaurante, e eu seguro a mão de Diana, guiando-a até a mesa

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Entramos no restaurante, e eu seguro a mão de Diana, guiando-a até a mesa. O ambiente é elegante, mas minha mente está em outro lugar, lutando para não se perder nas turbulências internas.

Diana sorri para mim enquanto caminhamos, seu sorriso me oferece um breve alívio.

No entanto, não posso ignorar o fato de que o vestido dela é curto o suficiente para atrair olhares de qualquer tarado filho da puta na cidade. Tento não pensar nisso enquanto a conduzo.

Ela se senta ao meu lado, e eu me esforço para manter a compostura. Rafa havia insistido nesse jantar de comemoração, e apesar de tudo, eu queria honrar sua vitória.

O problema não era o jantar, ou minha ex mulher estar sentada bem na minha frente, enquanto minha nova mulher estava ao meu lado.

O problema estava no ativista dos direitos humanos sentado à frente de Diana.

Fraga. Nunca me importei com o que Rosane fez da vida dela após o divórcio, mas casar com Fraga foi, para mim, uma afronta.

O imbecil sempre teve o hábito de meter a colher onde não é chamado, e seu ativismo parecia sempre se sobrepor ao que eu considerava importante.

Ele andava colocando bobagens na cabeça do meu filho, distorcendo valores e criando confusões desnecessárias.

_ O que vai querer? – pergunto, me virando para Diana, que ainda está concentrada no cardápio.

_ Ainda não sei... – ela responde, um pouco indecisa.

_ Posso comer um hambúrguer? – Rafa pergunta, olhando para a mãe com um sorriso esperançoso.

_ Pode – digo, tentando manter o tom leve. – Pode comer o que quiser hoje, é uma celebração.

_ Acho que vou querer um também – Diana diz, sorrindo. Concordo com a cabeça, um pequeno gesto de alívio em meio à tensão da noite.

Faço os pedidos e, quando volto à mesa, o ambiente volta a se silenciar, pesado e desconfortável. V

ejo Rafa puxar o celular e se imergir no mundo virtual, buscando uma distração para escapar da tensão no ar.

Suspiro, batucando os dedos na mesa, e me pergunto se deveria ter tomado mais do que um comprimido do calmante que trouxe comigo.

_ Então, Diana, o que você faz? – Rosane pergunta, quebrando o silêncio.

_ Eu sou médica psiquiatra – Diana responde, com um tom tranquilo que parece aliviar um pouco da tensão.

_ Ah, sim... psiquiatra – Rosane repete, lançando um olhar furtivo para mim.

_ E onde vocês se conheceram? – Fraga pergunta, a curiosidade evidente em seu tom.

Vejo Diana abrir e fechar a boca, claramente lutando para encontrar uma resposta que não revele que eu sou um dos pacientes de sua clinica.

Lei do Amor | Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora