Capítulo 34

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Quando eu e Santana chegamos à porta do hospital St

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Quando eu e Santana chegamos à porta do hospital St. Thomas, estou péssima.

Vomitei várias vezes durante o voo e o coitado não sabe mais o que fazer para que eu fique bem.

Atribui meu estado ao nervosismo e à minha preocupação, e deixo que ele pense assim.

Fico bufando na recepção.

Santana me segura pela cintura para me acalmar e pergunta:

— Está melhor?

Digo que sim.

É mentira, mas não quero preocupá-lo.

Ele me olha com um sorriso triste, pega minha mão e diz:

— Fica tranquila, logo, logo ele vai estar bem e tudo se resolverá.

Concordo com um gesto e agradeço aos céus por ter um amigo como ele.

Quando telefonei, em menos de vinte minutos ele já estava na minha casa disposto a me ajudar em tudo o que fosse necessário.

Inclusive, quando contei o que houve, deixou de lado a raiva que poderia estar sentindo de Yasmin e a revolta pelas acusações do amigo, e se concentrou em me consolar e me dizer que tudo ia ficar bem.

Não ligo nem para a mãe nem para a irmã de Gustavo.

Primeiro quero ver como ele está e só depois vou avisá-las.

Mas de uma coisa eu tenho certeza: não vou permitir que ninguém encoste nos olhos dele sem Letícia saber.

Apavorada, penso em seus olhos incríveis.

Como algo tão bonito pode ter sempre tantos problemas?

Quando o elevador chega ao quinto andar, meu coração dispara.

Estou assustada.

Acho que vou ter uma parada cardíaca.

Enquanto isso, Santana pergunta a uma enfermeira em que corredor fica o quarto de Gustavo Mioto.

Caminhamos em silêncio e, sem perceber, pego de novo a mão de Santana.

Ele aperta a minha com força.

Diante da porta do quarto 507, nos olhamos e digo, após um silêncio significativo:

— Quero entrar sozinha.

— Te dou três minutos. Depois eu também vou entrar.

Aflita, abro a porta e entro.

Tudo está quieto.

Meu coração bate acelerado quando vejo Gustavo com os olhos fechados.

Está dormindo.

Com cuidado para não fazer barulho, me aproximo e fico observando-o.

Está com a cara amassada, o lábio rasgado e uma perna engessada.

Seu aspecto é horrível.

Mas eu o amo, não importa como esteja.

Preciso tocá-lo...

Quero beijá-lo...

Mas não me atrevo.

Tenho medo de que abra os olhos e me expulse.

— O que você está fazendo aqui?

Sua voz rouca me faz dar um pulo e, quando olho para ele, tenho a sensação de que vou desmaiar.

Ai, meu Deus... seus olhos.

Seus lindos olhos estão encharcados de sangue e seu estado é horrível.

Minha respiração se acelera e, levantando a voz, ele pergunta:

— Quem te avisou? Que diabos você está fazendo aqui?

Não respondo.

Apenas observo.

E ele grita:

— Fora! Sai já daqui!

Sem dizer nada, me viro, saio do quarto e me ponho a correr pelo corredor.

Santana dispara atrás de mim e me detém.

Ao ver como estou, ele tenta me acalmar.

Quero vomitar.

Digo isso a ele, que rapidamente pega um cesto de lixo e me entrega.

Quando volto ao normal, meu bom amigo, com uma seriedade que eu não conhecia, diz:

— Não sai daqui, ok?

Concordo e vejo que ele caminha até o quarto de Gustavo.

Abre a porta com ímpeto.

Ouço as vozes dos dois.

Discutem.

Várias enfermeiras, ao ouvirem a briga, entram para ver o que está acontecendo.

Instantes depois, Santana sai contrariado de lá, me pega pelo braço e diz:

— Vamos. Amanhã a gente volta.

Estou paralisada e assustada e me deixo guiar.

Não quero sair dali, mas sei que não posso fazer nada no corredor.

Nessa noite dormimos em um hotel de Londres.

Eu mal prego o olho.

Só consigo pensar no meu amor e na sua solidão naquele hospital.

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Continua....☆

I. Espero que estejam gostando, não se esqueçam de votar e comentar muito.

II. Capítulo curtinho, porque o próximo vai vir com tudo.

III. Vou judiar de vocês só mais um pouquinho, prometo.

IV. Capítulo revisado, porém pode conter alguns erros.

--Beijos, 🦋

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