A porta se abre e Gustavo entra com Santana e meu bebezinho.
Santana traz um lindo buquê de rosas.
Cumprimenta minha irmã, depois vem falar comigo e murmura:
— Felicidades, mamãe.
— Obrigada, bonitão.
Meu amor deixa nosso filho no bercinho e pergunto:
— Está tudo bem?
Gustavo concorda com um gesto e volto a perguntar:
— E meu pai?
— Ficou com a minha mãe e as crianças na cafeteria. Já estão subindo.
Em seguida, apaixonada pelo meu pequerrucho, me viro para Santana e digo:
— E aí, o que você achou?
Com cuidado para não falar alto, meu querido amigo me olha e responde:
— É lindo, Ana Flávia. Vocês têm um filho lindo.
— Quer segurá-lo?
Santana dá rapidamente um passo para trás com cara de espanto.
— Não. Me dá nervoso quando ainda estão assim tão pequenininhos. Prefiro quando já têm a idade do José Rafael e posso me comunicar com eles.
Todos rimos e ele brinca, agora olhando para Gustavo:
— Espero que ele puxe o temperamento da Ana Flávia. Porque, se puxar o teu, meu caro, a gente já sabe o que vem por aí...
— Mas se puxar a fofinha da minha irmã também não vai ser mole — brinca Eduarda.
Estamos todos rindo quando ouvimos batidas na porta.
Fico feliz quando vejo que é Jade, a garota do elevador.
— Posso?
— Claro, Jade, entra — digo e sorrio.
Ela traz um carrinho com uma bebezinha linda que está dormindo.
Coloca o carrinho num canto do quarto, deixa umas flores sobre a cama e diz:
— Ela acabou de pegar no sono. Espero que fique assim um instante!
Gustavo a cumprimenta com dois beijinhos.
Jade dá uma olhada no meu bebê, que também está dormindo, aproxima-se de mim e diz:
— Que lindo e que gordinho.
E acrescenta com cumplicidade:
— Então, Medusa é menino ou menina?
— Um menino lindo — respondo orgulhosa.
Ela me dá um abraço carinhoso e murmura:
— Parabéns, Ana Flávia.
Quando se afasta de mim, esbarra em Santana e, ao reconhecê-lo, diz:
— Opa... olha só quem está aqui: o James Bond em carne e osso!
Santana não sorri.
Olha para ela de cima a baixo e responde com gozação:
— Caramba, superwoman mandona... Você por aqui?
Gustavo e eu nos olhamos e, antes que a gente possa dizer qualquer coisa, ela quer saber:
— Quanto tempo você demorou ontem pra chegar com seu Aston Martin? Oito minutinhos?
Santana, que costuma ser um conquistador e tanto, ao ouvir isso, em vez de sorrir e entrar no jogo, contrai as sobrancelhas, olha para ela com indiferença e responde:
— Um pouquinho mais, engraçadinha.
Noooooosssssa.
O que deu nele?
Será que essa mulher o impressionou por não ter caído aos seus pés?
Estranho muito por ele não usar seus dotes de don Juan com ela.
Isso me surpreende.
Ainda mais quando Santana acrescenta, olhando para Gustavo:
— Vou estar na cafeteria com Rodrigo e Jussara. Mais tarde, quando tiver menos gente aqui, eu subo de novo.
— Vou contigo — responde Gustavo.
Quando os dois homens saem, minha irmã olha para mim e eu olho para Jade, que, achando graça, dá de ombros e solta:
— O metido ali é um pouco grosso, hein?
Não respondo.
Apenas rio.
É óbvio que minha nova amiga e Santana não vão se dar bem.
Conversamos então só nós três sobre filhos, gravidez e parto.
De repente me dou conta de que já faço parte do time das mães e falo sobre meu parto como algo único e surreal.
Eduarda e Jade fazem o mesmo.
Antes eu não entendia essa mania das mães de ficar contando como foi o parto, mas, agora que eu tive o meu, me divirto contando e lembrando.
Manuela acorda e, quando Jade a retira do carrinho, minha irmã e eu caímos de amores por ela.
É uma bonequinha loura com os mesmos olhos castanhos da mãe.
A menina sorri e nos deixa completamente bobas.
Uma hora depois, Jade e a menina vão embora, mas o quarto volta a se encher de gente.
Jussara e meu pai, os vovôs orgulhosos do pequeno Gu, querem estar com ele.
Eduarda desce um minutinho com Allicia, e as outras crianças estão com Santana e Gustavo.
Pouco depois aparecem Letícia, Fernando e uns amigos do Guantanamera.
Quando Jussara vê Máximo, eles se cumprimentam e não consigo segurar um risinho.
Mas o momento em que morro de rir mesmo é quando Gustavo surge e vê o argentino falando com a mãe.
Fica de bico calado e finge não saber de nada.
Nessa noite, quando todos vão embora e o quarto fica mais calmo, enquanto Gustavo exerce suas funções de pai e troca a fralda do nosso filho do jeito como eu explico, pergunto a ele:
— Está feliz?
Ele me olha, coloca o bebezinho no berço e responde:
— Como nunca na minha vida, querida.
No dia seguinte nos dão alta e toda a família, agora com um a mais, volta para casa.
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Continua....☆
I. Espero que estejam gostando, não se esqueçam de votar e comentar muito.
II. O tanto que o pequeno Gu vai ser amado 🥹🥹.
III. Jade e Santana não se dam bem mesmo 😕🙁.
IV. Capítulo revisado, porém pode conter alguns erros.
--Beijos, 🦋
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Peça-me o que quiser ou deixe-me | miotela. ✔️
FanfictionA aguardada continuação da surpreendente história de amor e sexo entre uma espanhola e um alemão. Sozinha em Madri e mais uma vez desempregada, Ana Flávia precisa descobrir como se recuperar da separação de Gustavo e esquecer o tempo que passaram ju...