Capítulo 36

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Assim que me viro, fico sem palavras quando vejo Gustavo se debatendo contra duas enfermeiras e gritando:

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Assim que me viro, fico sem palavras quando vejo Gustavo se debatendo contra duas enfermeiras e gritando:

— Ana... espera... Ana...

Meu coração dispara, enquanto Santana e eu assistimos à cena.

A poucos metros de nós está Iceman em sua versão irritada, vestido com a camisola ridícula do hospital, soltando palavrões a torto e a direito, enquanto tenta se desvencilhar das enfermeiras que não se deixam abalar.

Como se tivessem pregado meus pés no chão, não consigo me mexer.

Santana diz:

— Pelo que vejo, Gustavo já decidiu o que ele quer.

Meu louco amor de repente vê que estou olhando para ele, levanta a mão e grita para eu ficar onde estou.

Depois empurra as enfermeiras e, arrastando a perna engessada, chega até nós.

— Te liguei, querida — diz, mostrando meu celular. — Te liguei pra você voltar, mas você deixou o telefone no quarto.

Meu coração quase sai pela boca.

De novo meu amor, meu louro, meu Iceman, demonstra que me ama e, já pertinho, diz:

— Desculpa, querida... Desculpa.

Não me mexo...

Não digo nada...

Gustavo está todo tenso.

Está nervoso.

Quer que eu me manifeste, que eu diga algo, e insiste:

— Sou um babaca.

— Sim, meu caro, você é mesmo — afirma Santana.

Meu lindo estende a mão a seu grande amigo e, instantes depois, eles se abraçam e eu ouço Gustavo dizer:

— Sinto muito, Santana. Me perdoa.

Emocionada, assisto à cena junto com metade do hospital, até que Santana sussurra:

— Está perdoado, babaca.

Ambos sorriem.

Depois se soltam e as enfermeiras voltam a puxar Gustavo.

Pedem que ele volte ao quarto.

Em seu estado não pode ficar ali.

Tensão.

Todo mundo na recepção nos observa.

Isso é surreal!

Um cara de quase dois metros, com uma camisola de hospital que mostra mais do que esconde, luta de novo com as enfermeiras e, quando consegue tirá-las de cima dele, me olha, me olha e me olha.

Sem se importar com todo mundo que está em volta, suplica:

— Te amo. Fala alguma coisa, querida.

Mas continuo em silêncio e ele insiste:

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