Peça-me o que quiser ou deixe-me | miotela. ✔️

Capítulo 40

Os dias seguintes são parecidos.

Repouso, repouso e repouso.

Uma semana depois, estou por aqui de tanto repousar.

Minha família, avisada por Gustavo, fica sabendo de tudo o que aconteceu.

Papai queria vir à Alemanha para cuidar de mim.

Mas eu o convenço de que não tem necessidade.

Estou morrendo de vontade de vê-lo e abraçá-lo, mas sei que ele, Eduarda e Gustavo, os três juntos, podem me enlouquecer com seus cuidados.

No fim das contas, papai e Eduarda ligam todo dia e pelas suas vozes sei que ficam tranquilos quando falam comigo.

Matheus e Paula telefonam do México, e me alegro de coração ao saber que a relação deles vai de vento em popa.

Paula me conta que Matheus dorme com ela toda noite e espalhou para todo mundo que vão se casar.

Não quero nem imaginar a felicidade da mãe de Matheus quando souber disso.

Com o passar dos dias, Gustavo parece entender que estou de saco cheio de ficar na cama e aceita que eu vá da cama até o sofá da sala e vice-versa.

Que avanço!

Segundo ele, isso é o máximo que poderei fazer até o dia da consulta com a ginecologista.

Inclusive se nega a tocar em mim, limitando-se a me beijar e fazer carícias inocentes.

No início achei até graça disso, mas agora não.

Estou quase subindo pelas paredes.

Falamos muito sobre Medusa.

Será que vai ser uma moreninha?

Ou um lourinho?

Detesta que eu chame o neném de Medusa, mas acaba cedendo, ao entender que o apelido é carinhoso e que não consigo chamá-lo de outra forma.

Toda noite, na intimidade do nosso quarto, Gustavo beija minha barriguinha e isso me deixa toda boba.

Que lindo!

O amor que ele passa por todos os poros do seu corpo é tão grande que só consigo sorrir.

Certa noite, estamos os dois na cama e, após uns minutos de carícias, me abraço a ele e murmuro:

— Estou com vontade.

Gustavo sorri e me dá um beijo inocente nos lábios.

— Eu também, querida, mas não devemos.

Eu sei.

Ele tem razão.

Mas, necessitada, sugiro: