Quarenta e nove

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Hinata
Desperto já no comercinho da noite, o Naruto não está na cama, porém, eu sinto um cheiro bom de comida vindo da cozinha e escuto o som do "mc Poze do rodo" saindo da bombox dele, então já sei que ele tá fazendo a nossa janta, me levanto e caminho devagar até o banheiro, ele me deu uma surra daquelas, penso sorrindo, pois foi uma delícia, mas to com o corpo todo dolorido, fico perdida nesses pensamentos enquanto me lavo toda, deixo a água morna cair no meu corpo, e saio do banheiro bem relaxada, enquanto me visto eu sinto a minha barriga roncar, porra eu to com fome, e o Naru ainda me fez gastar várias energias, eu preciso repor, e por isso desço as escadas em rumo a cozinha. Ao me aproximar já pego a visão dele todo lindo, apenas de short, e mostrando as costas e os ombros largos, os braços fortes que me fizeram estremecer mais cedo, agora está mexendo alguma coisa no fogão, ele fica cantando e se movimentando conforme a música que sai da bombox:
 
  Música on
 
  Tá na paz de Deus!
  Que permaneça essa tranquilidade
  na comunidade Oh Oh Oh
  Peço a li li dos amigos
  Que estão privados li li eh
  Saudade bate no meu peito
  Dos cria que não estão mais aqui
  Tá na paz de Deus!
 
  Música off
 
  Eu chego por trás e dou um abraço nele, que tá e as costas dele tampa a minha visão, pois ele é gigante comparado comigo, e ele da risada.
  — Não quis te acordar não amor! Tava toda desmaiada lá na cama.
  — Também né mô! Porra tu acabou comigo heim! - eu digo e ele sorri, depois me pega no colo e me senta no armário ao lado do fogão e me abraça, cheirando meu pescoço.
  — Te machuquei amor? Desculpa! - ele diz carinhoso e eu me derreto toda.
  — Tô dolorida, mas não machucou não! Eu te amo meu Kurama mal! - falei e ele sorriu safado. — Deixa eu fazer a sobremesa, tô com vontade de comer doce de goiaba com creme de leite, nada de chocolate mais por hoje. - falei e ele gargalhou alto.
  Ficamos um do lado do outro preparando as comidas, e vez ou outra ele roubava um beijo de mim e eu roubava beijo dele, uma delícia só, a melhor coisa do mundo é ter o Naruto na minha vida, eu amo ele tanto, ele é o meu príncipe encantado.
  Depois nós sentamos na mesa e ele me dá comida na boca e eu dou comida na boca dele, o tempo todo a gente fica trocando olhares apaixonados, e ele pisca o olho pra mim, fazendo meu coração acelerar, depois a gente come a sobremesa que tava uma delícia por sinal, subimos para o quarto e escovamos os dentes, e depois ligamos a tv e ficamos assistindo, o Naruto acende um beck e começa a fumar, o beck eu não me importo, até porque ele deixou as outras drogas por minha causa e eu tô achando maravilhoso isso, essas droga mais forte né de Deus não, eu ainda hoje não consigo lembrar do que aconteceu no dia que colocaram a bala no meu copo.
  Mas paro de pensar nisso, pois o momento aqui está tão perfeito e eu não quero ficar pensando em coisas ruins que já se passaram, então eu me abraço no corpo dele, e fico ali aconchegada enquanto assisto a televisão, até o momento em que o rádio do Naruto começa a tocar, e ele pega e atende.
  — Kurama na escuta! - ele diz com a voz grossa e todo cheio de marra, e apenas isso faz a minha intimidade se arrepiar, meu homem é muito sexy.
  — Aí patrão! Tem uma mina grávida aqui no portão pedindo pra falar com o chefe. - um dos vapor diz, e o Naruto me olha com os olhos arregalado.
  Eu não sei o que tá rolando aqui, mas ele vai ter que me explicar isso direitinho.

(...)

    O Naruto tava ali sem palavras e eu comecei a me enfurecer.
    — Outra puta grávida aqui no nosso portão Naruto? Porra! Assim tu fode caralho! - eu reclamo com ele e o mesmo não me fala nada, apenas levanta o travesseiro e tira a glock dele dali. — O que tu vai fazer?
    — Seja lá quem for, vai tomar uma bala na testa! Pois eu não vou cair na conversa de outra puta que nem cai na conversa da Shion. - ele diz e sai zangado do quarto, e eu levanto e coloco o meu roupão por cima da camisola, pois se eu sair no portão com roupa de dormir, os coitados dos vapor já tão tudo morto com certeza.
    Vou seguindo ele do jeito que consigo, pois ele tá indo malucão rumo ao portão, chegando lá ele já pega a mina pelos cabelos e faz ela se ajoelhar.
    — Canta pra subir piranha! Como tu ousa incomodar  o descanso do chefe pra falar mentira? - o Naruto diz zangado e aponta a arma na cabeça dela e a mina começa a chorar.
    — Por favor não me mata! Eu só tô procurando a irmã do Neji! - ela diz e eu congelo na hora.
    — Como assim porra? Vai falar mentira sobre mim pra minha mulher? - Naruto pergunta ainda nervoso.
    — Eu não irei falar nada, apenas pedir ajuda, pois estou esperando um filho do irmão dela e não consigo encontrá-lo em lugar nenhum. - a menina diz desesperada e eu me aproximo dela.
    — Naruto abaixa essa arma por favor! - eu peço e ele obedece, eu levanto a menina e chamo ela pra entrar na nossa casa, quando entramos, peço pra ela sentar no sofá e vou buscar um copo de água pra ela.
    — Obrigada! Você pode me dizer onde o Neji está por favor? - ela me pede com os olhos assustados.
    — Ele não está disponível no momento, ele se encontra em uma clínica de reabilitação. - falei e a mesma começou a chorar, eu a abracei e o Naruto permaneceu observando tudo de cara fechada. — Não fica assim, olha eu posso tentar ver um jeito aí de falar com ele. - falei e olhei pro Naruto e o mesmo balançou a cabeça em negativa.
    — Seria ótimo! Pois não tenho pra onde ir! Minha mãe me expulsou de casa. - ela diz e eu fico com pena dela.
    — Vamos fazer assim, tu fica na minha casa até a gente conseguir falar com o Neji, pois não irei deixar a mãe do meu sobrinho desamparada. - eu digo olhando para o Naruto e o mesmo revira os olhos.
    — Pois ajeita as coisas tudo aí, que eu tô te esperando no quarto. - ele diz e sobe as escadas.
    — Eu não quero incomodar!
    — Imagina! Eu vou ajudar você, eu sei o que está sozinha no mundo, você deve estar com fome, vem aqui que ainda tem a janta. - ela me segue até a cozinha e se alimenta, depois eu subo com ela até o quarto de hóspedes, o que eu ficava antes de ir dormir com o Naruto.
    — Aqui tem roupas pra você, pode pegar qualquer uma, tem toalha, shampoo, sabonete, e qualquer coisa pode bater lá na porta do meu quarto. - expliquei pra ela e a mesma me abraçou.
    — Obrigada Hina! Posso te chamar assim né? O Neji sempre falava na irmã linda dele. - ela me disse sorrindo.
    — Pode sim! - respondi com empatia. — E como é o seu nome?
    — Ryuzetsu! Mas pode me chamar de Ryu!
    — Tá bom Ryu! - falei sorrindo e a mesma retribuiu o sorriso.
    — HINATAAAA! - ouvimos o Naruto me gritar, e eu já me levanto sorrindo.
    — Bem é isso! Fica a vontade e qualquer coisa é só me chamar. - me despedi dela e voltei correndo pra o meu quarto, chegando lá encontrei meu noivo deitado na cama com o maior bico do mundo.
    — Porra mina! Queria dormir lá com ela é? Demora do caralho filhona. - ele diz zangado e eu me deito do lado dele.
    — Tava instalando a menina lá no outro quarto amor! - respondi tentando acalma-lo.
    — Gostei disso não pow! Tu colocar essa mina assim pra dentro de casa, e se ela for uma infiltrada?
    — Porra Naruto! A mina tá grávida do meu irmão, não podia deixar ela na rua, ela foi expulsa de casa.
    — Mas não precisava botar aqui com nois! Mina, tu é inocente, sabe pouco da vida, mas nós que é bandido, desconfia até da sombra tá ligada? Nois não pode tá botando ninguém pra dentro de casa assim não, alguma vez aquele cuzão do teu irmão falou no nome dela? - ele me pergunta e eu fico pensativa.
    — Nos últimos tempos eu vivia fugindo do Neji, pois quando ele não tava querendo me roubar, tava querendo me vender em troca de droga. - eu disse triste. — Nem tinha mais esses tipos de papo entre a gente.
    — Pow mina, nem me lembre disso cara, só de pensar no que poderia ter acontecido contigo pow, aí, melhor ideia que tu já teve foi de inventar de ser minha fiel. - ele disse me apertando contra o corpo dele.
    — Engraçado que no dia que tu descobriu isso, tentou foi me matar. - joguei na cara dele e o mesmo me olhou sério.
    — Me perdoa meu amor! Eu me arrependo de tudo pow, de todas as vezes que te levei na casinha, de ter te obrigado a transar comigo em troca da vida do teu irmão, eu comecei errado contigo, mais eu te amo demais, tu foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.
    — Eu te perdoo meu amor! Até porque eu fiquei doida por tu desde o primeiro dia, o jeito que tu me tratou, o pessoal dizia que tu ia gamar em mim, mas aí tu perdoou a minha dívida e me mandou eu vazar, achei que tu não tinha gostado de mim.
    — Ta doida fia! Naquele dia mesmo eu senti o golpe! - falou sorrindo e eu sorri também. — Eu fiquei tão gamado que te chutei pow, achei que tu era feiticeira, porém, eu não entendia, preferi me afastar, pois não queria chaveirinho pra minha vida.
    — Valeu aí! - fiz bico e ele mordeu meu lábio.
    — Mina eu te achei gostosa desde o primeiro momento em que te vi, quis te comer na hora, por isso fiz a proposta, porém, foi só te pegar que percebi que tu era selada, e que tu era diferente, ali eu já senti uma parada meio doida, tá ligada.
    — Pow! Tu fez com tanto carinho que eu gamei! Eu já tava loucona por tu, mas eu tinha tanto problema em cima de mim, que nem dava tempo pra pensar em outra coisa.
    — Eu sei amor! Mas já passou tá bom? Teu nego tá aqui pra cuidar de tu. - ele diz e dá um beijo na minha testa.
    — Quando tu me chamava eu vinha com o coração pulando de alegria, eu falei que era tua fiel pra me proteger, mas eu também queria que fosse verdade, me magoava te ver cheio das putona tudo siliconada, tudo montada, enquanto eu só tinha uma calça jeans, ficava achando que tu nunca ia olhar pra mim direito com elas do lado.
    — Cê é loka! Aquele bando de cachorra nunca chegou nos teus pés, não tem mulher no mundo que se iguale a tu não amor, te amo, minha fiel, minha mulher, minha paixão, meu amor, minha vida. - vai dizendo enquanto me enche de beijos, eu fico toda mole nos braços dele. — Te amo minha princesa! Meu presente de Deus.
    — Eu também te amo demais amor! - nós se abraçamos e eu descansei a cabeça no peito dele e já ia fechar os olhos pra dormir, porém, os barulhos dos fogos assustou a gente.
    — Puta que pariu! - o Naruto disse nervoso e pegou o rádio que estava no criado mudo.
    — Na escuta! - escutei a voz e os tiros do outro lado da linha.
    — Qual foi Shika? Que treta é essa aí mano? - o Naruto perguntou.
    — Coe chefe! Os alemão tão crescendo grande aqui pra cima pow! - ele diz nervoso.
    — Na minha favela não! Marca cinco que eu já tô chegando. - o Naruto diz e já levanta da cama, eu corri e abraço ele forte.
    — Não vai amor! Tô com um mau pressentimento!
    — Toda vez tu diz isso! Eu volto pra tu princesa, prometo. - ele fala e veste a roupa.
    — Amor não me deixa não! - começo a chorar desesperada, meu coração ta apertado.
    — Eu preciso defender o meu morro Hinata! - ele diz e sai me puxando pra fora do quarto, no corredor já encontramos a Ryu na porta do nosso quarto.
    — O que tá acontecendo? - a coitadinha pergunta assustada.
    — Não da tempo pra conversa, tu vai entrar lá na cápsula.
    — A Ryu também vai comigo. - eu digo e seguro na mão dela, e o Naruto coloca a gente lá dentro.
    — Eu volto princesa! Te amo! - ele me dá um selinho rápido e vai embora, eu fecho a porta e fico chorando.
    — Não fica assim Hina! Vamos ter pensamento positivo e logo ele volta pra você. - ela diz e eu pego o meu terço e começo a rezar.
   
    (....)
   
    Kurama
   
    Coe! Sai de casa com o coração apertado por ter deixado a Hinata chorando, mais é isso mano, eu sou bandido, a minha vida é essa, dormir sem saber se acorda vivo no outro dia pow, e se por acaso tem cuzão aí querendo invadir, é lógico que o pai vai defender o morro, eu sou o chefe.
    — Fala mano! Não vamo deixar esse cuzão ultrapassar os limites da quadra não pow! Não quero nem que eles cheguem perto da minha casa, deixei a Sakura chorando. - o Uchiha diz colando do meu lado, a troca tá grande, mais esses pau no cu né maior que a tropa do Kurama não, safado aqui não atravessa, pode  pá.
    — Coe filhão! Hinata ficou nessa vibe aí também, bora logo acabar com isso pois eu quero voltar pra casa. - falei e o mesmo concordou comigo.
    — Coe chefe! Tá aqui as encomendas que o Hidan deixou no último bailão! O cuzão do Obito tinha uma carrada de granada e tudo agora é nosso. - o Sai disse colando na gente e distribuindo as paradas, e agora mesmo é que essa batalha tá ganha.
    — Qual foi cuzão! Vamo despedaçar esses bando de Zé! Vai com Shika distribuir isso aí pra tudo que é vapor! - falei e os mesmos ficaram em prontidão. — E não esquece, contenção aí, um protege o outro, não pode deixar o mano cair não seus viado.
    — Pode pá chefe! Vou cuidar desse cuzão aqui! - o Shika disse sorrindo e logo saiu com o Sai, eu e o Uchiha ficamos ali também jogando granada nos cuzão, e a chuva de braço, cabeça, perna voou alto na quebrada, não marquei nem dez e os pouco de alemão que restaram bateram tudo em retirada.
    — Mais fácil que tirar doce de criança! - o Uchiha disse sorrindo, e eu suspirei aliviado também, pois dessa vez eu ia voltar pra minha princesa.
    — Favela venceu aí rapaziada! A tropa do Kurama é forte, alemão não atravessa não! É nois pode pá! - falei no rádio e já escutei os menor tudo comemorar. — Agora ceis continua tudo na atividade aí, amanhã quando eu for passear na minha favela não quero ver nenhum braço, nenhuma perna de alemão sobrando em viela não tá ligado? Quero limpeza total aí.
    — Pode pá chefe! Eu vou me encarregar de fazer a vistoria aqui! - ouvi a voz do Konohamaru do outro lado da linha e depois desliguei e olhei pra o Uchiha que já tava sorrindo.
    — Agora eu vou pra casa curtir a minha princesa.

Em dívida - Naruhina Onde histórias criam vida. Descubra agora