Seis

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Hinata

Quando eu acordei percebi que estava sozinha na cama, e escutei um barulho de chuveiro, pouco tempo depois o Kurama apareceu apenas com uma toalha enrolada na cintura, e eu parei um momento observando as gotas de água que caía pelo seu abdômen de tanquinho, quando me vê tira a toalha de propósito e fica completamente pelado na minha frente, mordi meu lábio e minha respiração começou a falhar, a verdade é que o Kurama era o maior gostoso.
— Tá gostando do que vê novinha? - ele me perguntou com um sorriso sarcástico.
— Nunca vi outro homem pelado além de você na minha frente, então fica até complicado dizer se eu gosto ou não. - eu disse com a coragem tirada não sei de onde, pois ontem mesmo esse cara quase me matou, o que garantia que ele não fosse fazer isso de novo.
— Te levanta e cai fora da minha cama! Não pensa que vai ficar pagando de mentirosa e viver no bem bom as minhas custas, anda vaza, tu não vai usufruir de vida boa de fiel não, porque isso não é verdade, tu não é minha fiel, e eu já te comi é já me cansei, agora vaza. - ele disse zangado, e eu não sei porque ele ficou tão zangado assim na verdade, pois nem falei nada demais.
Me levantei chorando pois suas palavras me magoaram.
— E qual foi agora? Vai pagar de emocionada? - ele perguntou sorrindo.
— Apenas saiba que eu não estou interessada no seu dinheiro, eu não sou interesseira e nem quero as regalias que essas minas que tu come tem, eu só quero ter o meu direito de ir e vir novamente sem me preocupar com ninguém me cobrando dívida do Neji.
— Pois vai usufruir esse teu direito fora da minha casa, anda rala daqui sua cachorra. - falou grosso comigo, e eu coloquei rápido o meu vestido e já vazei dali.
Fui correndo pra minha casa e depois só tomei um banho rápido, e fui direto pro trabalho, chegando lá aguentei as tretas de umas patricinhas para variar, e percebi que elas estavam falando do baile que ia ter lá na favela.
— Qual é, meninas! O próprio Kurama foi quem me convidou, a gente fica de vez em quando sabe, ele é louco por mim, tanto que hoje está querendo repetir a dose. - de repente ao ouvir essas palavras começo a sentir um aperto no peito, mas logo tratei de me recompor.
— Amiga, será que não dá B.O? Eles são bandidos! - a outra garota disse.
— Lógico que não, eu sou amigas de todos ali, ninguém vai mexer com a gente não.
— Se for assim então tudo bem, tomara que ele tenha algum amigo traficante pra eu satisfazer o meu fetiche também. - tá na cara que essas duas são essas patricinhas que pagam de Maria Fuzil. — Oh sem sal! Tá fazendo o quê parada aí? Vai buscar o meu suco. - ela disse me olhando com desprezo e eu apenas fui fazer o que ela estava pedindo, pois não posso perder o meu emprego.
No restante do expediente ocorreu tudo certo, voltei pra casa e tomei meu banho, estava preocupada pois percebi que o Neji ainda não tinha aparecido em casa, pois a comida que eu deixei pronta pra o mesmo ainda estava completa em cima da mesa, então muito triste eu tomei meu banho e fui pra escola.
Chegando lá foi tudo meio estranho, todo mundo me olhava, mas ninguém tinha coragem de falar comigo, até as professoras me encaravam de um jeito diferente, ao longe avistei o Toneri e já fui correndo ao seu ao seu encontro.
— Oii! Você guardou meus livros? - disse sorrindo e me sentando ao lado dele.
— Lógico que sim! Aqui estão. - ele disse um pouco sério e eu estranhei, depois foi para a sala de aula.
Depois de um tempo pensativa fui pra sala de aula também, a aula foi bem estranha, pois o meu amigo de sempre, sequer olhou pra mim, e da mesma maneira foi durante o intervalo, fiquei o tempo todo com a barriga roncando de fome, pois diferente das outras vezes, o Toneri ficou bem afastado de mim enquanto comia o seu lanche com o pessoal do colégio, eu fiquei martelando na minha cabeça e não consegui lembrar o que poderia ter feito, então no fim da aula fui lá falar com aquele que um dia tivera sido meu amigo.
— Aconteceu alguma coisa Toneri? Você tá bem? Por que está diferente comigo?
— Quer mesmo saber Hina? Aconteceu sim? É verdade que tu é a nova fiel do Kurama? - ele me perguntou com raiva e eu suspirei.
— É sim! - eu disse abaixando a cabeça e começando a chorar.
— Então é mesmo verdade que algumas pessoas estão dizendo? Que você está com ele por causa de uma dívida do Neji? Você foi obrigada a isso por causa do seu irmão. - ele perguntou com pena e limpou uma lágrima que escorria do meu rosto.
— Olha Toneri, a verdade é que... - ia começar a explicar a situação toda pra ele, quando de repente escuto um pneu de moto frear com tudo ao meu lado, e quando me virei quase tive um treco, pois ali estava o Kurama com o olhar mais maligno do mundo.
— Oh Hinata, que porra é essa ai caralho? Tá me passando pra trás por acaso? - ele perguntou com os olhos vermelhos e já comecei a me tremer, olhei para o Toneri e vi que ele encarava o Kurama com os olhos semicerrados.
Mas acontece que o meu amigo não é bandido, e se ele tentasse me defender, quem acabaria mal seria ele, então eu já fui me adiantando.
— Ele só estava me entregando esse livro que eu esqueci lá dentro.
— Sobe logo nessa porra! - falou apontando pra garupa da moto e eu o obedeci, e saí sem nem olhar pro Toneri, pois talvez esse poderia ser o motivo da sua morte.
Já a minha estava quase certa, pois o Kurama subia o morro com tudo, até chegar numa parte bem distante, no qual eu nem conhecia, parou em uma parte bem escura e deserta, eu sabia que era ali que eu poderia ser executada a qualquer momento, e quando ele girou a moto de uma vez eu praticamente voei e cai com tudo no chão.
— Se ajoelha Caralho! Se ajoelha e começa a rezar. - ele disse e apontou a arma pra minha testa. — Eu sabia que essa história de fingir as coisas não ia dar certo, tu quer que eu pague de corno dentro do meu morro?
— Não, não é nada disso, por favor, eu juro, ele só estava me devolvendo o livro. - eu já disse chorando e ele colocou o cano da pistola na minha boca.
— Agora que tu rompeu esse selinho, vai querer sair dando a buceta pra todo mundo é sua puta? Acabou que tu é igual as outra cachorra daqui, mas tu não vai me fazer de corno nas vistas da minha comunidade não morô, tu vai morrer e é agora. - ele destravou a arma e eu comecei a chorar, agarrei na cintura dele.
— Não por favor, eu juro, eu nunca fiquei com ninguém, só com você, eu juro pela minha mãe que tá lá no céu, não me mata não. - pedi com a boca cheia devido o cano da pistola.
— Olha aqui Hinata, nós não temos nada de verdade e nem nunca teremos, mas eu não vou pagar de boi na minha comunidade, então se tu não quiser morrer bem rapidinho, tu fica esperta nessa porra, não quero te ver conversando com homem nenhum tá ligada? Ou eu passo pra frente tu e ele.
— Tá bom! Tá bom! Mas não me mata por favor. - implorei e fechei meus olhos, durante um momento se fez o maior silêncio e então depois escutei o barulho da moto dele saindo.
Eu voltei pra casa a pé, e foi bem demorado, levou mais de meia hora, entrei em casa com as pernas doendo e latejando, e com uma dor de cabeça terrível, que só piorou de vez quando eu vi todos os móveis revirados, pelo visto o Neji tinha voltado, e o mesmo estava drogado, sentei no sofá e suspirei extremamente cansada, foi quando meu telefone começou a tocar, era a Sakura.
— Amiga o Neji tá drogadão e tocando o terror aqui no baile, já tentou tomar o celular de dois trabalhador e por sorte não conseguiu segundo o Sasuke, e quando o Kurama ficar sabendo disso eu não sei se ele escapa da morte não.
— Mas que merda amiga! Marca cinco que eu chego aí.
Desliguei o celular, suspirei fundo e parti para o baile.
(...)
Kurama

Larguei a Hinata sozinha naquele lugar horrível, só pra safada compreender a seriedade que é ter o nome de fiel do chefão, onde já se viu ficar de conversinha em porta de escola com Zé povinho cara, quando o Shika me passou essa fita pelo rádio eu quase que nem acreditava, por isso que fui ver com meus próprios olhos e resolver essa parada sinistra.
Mas sinistro mesmo foi o papo reto que eu passei pra mina, até achei que ela ia se mijar nas calças novamente, mas ela é segurou a pressão, chorou muito, mas aguentou firme, e quando ela fechou os olhinhos e começou a rezar, eu sentir o maior peso no meu coração, coisa que nunca tinha me acontecido antes, pois eu sou durão na queda, e nunca tive piedade de fiote nenhum, sempre mandei geral pra terra dos pés juntos sem nem piscar os córneos, e depois fui dormir tranquilo, por isso que tive que me afastar daquela doida, ela tava me fazendo fraquejar, e eu não posso permitir uma troço desse na minha vida, saí de lá sem olhar pra trás, é claro que dei ordem pra os vapor zelar pela segurança dela até em casa e só depois que eu soube que ela entrou em casa, foi que eu tomei banho e fui pro baile, também dei ordem pro Shika ficar sempre de olhos no moleque lá da escola que tava de olho grande pra cima dela, se por acaso ele tentar cantar de galo, vai rodar bonito na minha mão.
Entrei em casa, tomei um banho, vesti uma calça jeans e uma camiseta azul escuro, mirei o espelho só pra fitar o meu cabelinho na régua, passei o perfume de lei, cordão de ouro no pescoço, e é isso fi, o pai tá on.
Hoje escolhi meu Camaro Black e desci reto pro baile, que estava frenético, assim que subi no camarote, a puta Konan já veio sentar no meu colo, essa cachorra é do asfalto, mas pisca que nem farol de fusca pros favelado, e eu deixo ela participar dos bailes por que ela sabe sentar gostoso e gosta de fazer menage junto com a Shion e a com a Shena que agora que o diabo a tenha, mas na moral, era o maior show.
— Oi chefinho! Tava com saudade de você, e tu também tava com saudade da tua Konan? - falou se esfregando no meu colo.
— Não sinto saudade de puta não! Porém, eu tenho falta de ver os teus shows, Oh Shion, cola mais. - a safada da Shion que vivia colada na Shena nem deu as caras quando soube que a mesma foi pro andar de baixo, por isso que eu digo, essas putas só servem pra comer e tchau.
— Chamou patrãozinho? - ela chegou já se esfregando e piscando o olho pra Konan.
— Cês começa a se chupar aí, eu quero atividade, um show bonito para meus chegados. - no camarote tava cheio de aliados meus, eu não podia fazer feio no bailão da minha comunidade.
As duas safadas começaram a se beijar e se esfregar uma na outra, logo aquilo começou a ficar interessante, meus coligados tavam tudo doidão olhando pras performances delas, e de repente as duas vagabundas combinaram de vir sentar sentar no meu colo, coloquei cada uma em uma perna e ambas começaram a chupar meu pescoço, e os caras ficaram me aplaudindo.
Foi aí que apareceu uma terceira garota e logo eu soube que se tratava de uma amiga da Konan lá do asfalto, e a mesma foi se engraçar pra cima do Uchiha, se esfregando nele, essas minas do asfalto são pior que as puta do morro, e então a mulher dele que tinha se ausentado pra conversar com alguém no celular, logo retornou e quando avistou a puta se esfregando nele, partiu pra cima da mesma e começou a puxar seus cabelos, e a Konan logo vendo aquilo entrou na briga também e a Shion pra se aparecer foi logo atrás, o Uchiha é claro tratou logo de segurar a mulher dele, pois ele não deixaria a mesma apanhar, e eu pra ajudar dei um tiro pra cima, logo parando as atividades daquelas piranhas.
— Cabo a patifaria no meu baile! A próxima puta que eu ver brigando aqui vai ter a cabeça raspada.
As safadas acalmaram seus ânimos e logo a Konan e a amiga que agora eu sei que se chama Hiroto começaram a dançar, e a Shion voltou pro meu colo, e o baile tinha voltado as suas tranquilidades, eu bebia e fumava junto com meus parças, quando de repente a Konan veio sorrindo chamar a Shion pra olhar segundo ela uma palhaça que trabalha numa lanchonete do asfalto e que a mesma gostava de humilhar, ali eu já não gostei da conversa, pois não quero saber de cria nenhuma do meu morro sofrendo na mão de patricinha cuzona.
— Amiga, olha pra esse look brega, parece que é farda de escola, hahaha. - Konan continuou zombando.
— Amiga essa louca aí é irmã de um noiado, olha ali ela tá tentando tirar ele do baile. - assim que a Shion disse isso, eu me interessei na conversa e fui até a grade observar, e logo vi a Hinata, toda descabelada e suada, ainda com a farda da escola e com a calça jeans toda suja de barro, ainda por causa do momento em que a fiz se ajoelhar lá no alto do morro, a mesma tentava tirar o safado do Neji que tava visivelmente drogado lá do meio do baile, e foi aí que o mesmo deu um tapão na mina, que a fez rodar e sair bolando no chão, e mano, isso fez meu sangue ferver pra um caralho.
Mirei pra cima e dei três tiros pro alto, e dei um pulo até o lugar que a mina estava, mandei dois vapor segurar o porra do Neji, e logo a mulher do Uchiha veio e ajudou a amiga a se levantar.
— Por favor, Kurama, não faz nada com ele, ele não está consciente. - a mina ainda pede a favor do irmão, depois de tudo o que o safado faz com ela.
— Leva ele daqui, tranca essa cuzao lá no quartinho que depois eu colo lá pra me resolver com ele. - os dois vapor fizeram o que eu pedi, e quando me virei pro lado, percebi que a Hinata estava aos berros abraçada com a amiga, então eu já me adianto e troco um lero no ouvido dela.
— Relaxa Hina, ele vai ficar trancado lá a noite toda pra não fazer mais merda, amanhã eu solto ele. - disse baixinho só pra ela ouvir. — Agora vai em paz pra tua casa e descansa.
Ela me olhou intensamente e era visível que essa mina tava super cansada, dei a ordem pra ela ir pra casa e a mesma obedeceu, depois subi pra o camarote e o Uchiha veio logo atrás falando umas merdas que não tinha nada a ver.
— Mano tu tá muito gamado na Hinata! Tá porra menor! - ele diz dando risada.
— Tá doido fiote! Tu e tua mina sabe os reais motivos dessa nóia errada dela ser minha fiel, se tem alguém que eu não devo explicação, esse alguém é você. - falei me sentando no meu lugar de novo.
— Já tá até chamando de Hina, mano tu tá caidão na novinha.
— Tá caidão é o teu pau, para de falar merda e vai cuidar da tua mulher barraqueira que é melhor, hoje eu vou raspar cabelo de mulher que causar patifaria aqui no baile, e não vou olhar nem pra cara. - eu disse e o mesmo fechou a cara.
— Ih qual foi mano! Só comentei minhas observações aqui.
— Pega tuas observações e enfia no teu cu. - falei irritado.
— Precisa pegar ar não parceiro, quer saber, tô caindo fora com a minha mulher, essa porra aqui já deu. - diz e depois vai embora com a Sakura.
Pouco tempo depois o Iwaga, sub do Morro da Urca, se aproxima e senta do meu lado.
— Porra mano, aquela mina que tava de uniforme de escola lá embaixo é de longe a mulher mais linda que pisou aqui essa noite, mesmo estando tão bagunçada, será que tu não descola o telefone dela pra mim? - ele diz e de repente eu sinto um fogo subindo em mim, a maior vontade de matar esse filho da puta, tanto que até coça meus dedos.
— Qual foi vei, ali e a fiel do patrão! Tu não tem amor a vida não fiote. - O Terror chefão da Urca, e também chefe do Band diz, e o mesmo se encolhe todo.
— Foi mal patrão, não tinha como eu me tocar disso, a mina mó bagunçada lá embaixo, e tu cheio das putas tudo arrumada e siliconada aqui, com certeza com o teu dinheiro, ficou meio difícil de entender, mas eu não tenho nada a ver com isso não, licença. - ele sai e eu fico um pouco pensativo com o que ele diz.
De repente vem a Konan toda cachorra e senta no meu colo junto com sua amiga Hiroto, a Shion eu sei que já foi pra o quartinho dos fundos pra dar lá pro Deidara, então eu deixo as mesmas no meu colo e escuto as suas conversas.
— Que história é essa que aquela idiota sem sal é tua fiel, a mina nem vem nos bailes. - a Konan pergunta me afrontando.
— E o que tu tem com isso? Ela é fiel, mas eu não sou. - respondi sorrindo, acho que vou trepar com essas duas ao mesmo tempo quando o Deidara voltar com a Shion lá de trás, já começo até a ficar duro pensando nisso.
— Então é mentira né? Foi o que imaginei, afinal o que tu veria numa sem sal daquelas que sempre tá usando a mesma calça? Ela só tem duas acredita? É no bate enxuga, ela trabalha na lanchonete perto da minha faculdade, todo dia eu vejo ela.
— Amiga, mas amanhã cedo, tipo umas onze eu já tô lá pra infernizar ela. - a tal da Hiroto diz.
— E eu também, vou zoar tanto com ela que vou fazer ela ser demitida. - a cachorra diz e meu tesão se vai ali mesmo, me levanto com tudo da cadeira derrubando as duas no chão.
— Aii Kurama, porque fez isso amor?
— Amor o caralho! Ôuw Sai!
— Chamô patrão? - o Sai aparece logo depois do meu chamado.
— Leva essas duas putas da minha frente e raspa os cabelos delas, não quero mais essas Maria Fuzil do asfalto no meu morro não, se ainda ver algumas das duas por aqui mete bala sem dó. - me virei pras duas cachorras. — Se cês ao menos chegar perto de cem metros da minha fiel, vão amanhecer com as boca cheia de formiga. - disse e sai dali o maior boladão, no caminho de casa chamei o Shika pelo rádio.
— Fala patrão!
— A Hinata, já chegou em casa? - perguntei ainda nervoso.
— Já sim patrão, ela tava mancando, foi o caminho reclamando de dor nas pernas, provavelmente de tanto que caminhou a pés, depois entrou dentro de casa e as luzes estão apagadas, acredito que esteja dormindo.
— Falô! - eu disse e desliguei.
Entrei em casa e fiquei pensativo nas paradas noiadas da vida até pegar no sono.

Em dívida - Naruhina Onde histórias criam vida. Descubra agora