Em dívida - Naruhina

Trinta e três

Sakura
Eu juro que sempre estive do lado da Hina, atiçando ela para provocar o Kurama, e no fim deu tudo certo, pois o mesmo confessou todo os sentimentos que ele sente por ela, porém, acho que hoje eu deveria ter ficado em casa com a minha amiga, pois me arrependi amargamente por ter arrastado ela pra o baile, a coitada ficou no meio de uma briga enorme com o Kurama e o dono do morro do Serrinha, e quando eu achei que ela iria surtar de vez, a mesma se mostrou um poço de maturidade e disse que ia esperar o Kurama em casa para eles terem uma conversa definitiva, ali eu já sabia que ela não ia fugir retada como nas outras vezes, mas sim iria se resolver de vez com o Kurama, ou se ficariam juntos novamente ou se eles terminariam de vez, pois minha amiga jamais aceitaria essa vida de amante, ou ela é a patroa ou não é nada, essa mina sabe batalhar na vida, ela saberia muito bem viver sem o patrão, porém, sei que ela não quer isso, pois conheço a minha amiga como ninguém, e ela ama de verdade o Kurama.
— Amiga já vou nessa! O Deidara vai fazer a minha contenção até em casa. - a Hina me diz triste e me abraça.
— Amiga eu vou com vocês! - me ofereci e o Deidara me olhou com os olhos brilhando, ali eu não entendi nada, achei estranho o seu olhar, porém, não me toquei das suas intenções.
— Se ela quer vir então deixa patroa, eu faço a contenção das duas. - falou me olhando com desejo, eu passei rápido a visão no Sasuke, porém, como ele tava lá metido na confusão do Kurama, eu preferi não aumentar a confusão e não disse nada.
— Amiga, tu tem que ficar, cê vai observar toda essa confusão e me passar as fita, também vai me relatar se o Kurama ficar de palhaçada com essa putona da Shion.
— Tudo bem amiga eu fico! - falei e dei um abraço nela, percebi a cara de decepção do Deidara antes dos dois sairem, eu marquei na mente que iria dizer isso mais tarde para o Sasuke, pois ele não gosta que homens fiquem me olhando com desejo.
Mas porém, tudo se desenrolou da maneira mais terrível, pois, logo ficamos sabendo da traição do Deidara, e do sequestro da minha amiga, e eu fiquei desesperada e me sentindo culpada, o Kurama ficou maluco, anunciou toque de recolher pra toda a favela, mandou juntar toda a tropa pra ir tomar o morro do Vidigal e ir buscar a minha amiga.
Sem ao menos me situar direito do que tava se passando, eu senti ser puxada pelo Sasuke, ele me levou pra casa e me colocou na cápsula, e também trouxe com ele o Sai e a médica exibida lá do postinho.
— Coe cara! Eu já tô de boua! Até parece que vou ficar na cápsula que nem uma mulherzinha. - o Sai disse e o Sasuke tenta reclamar, mas ele o corta novamente. — Mano não tem discussão pra isso não, eu só vim até aqui pra deixar a Ino na cápsula também.
— Sai toma cuidado! Ainda não tivemos um momento para... para... - a tal doutora fica meio envergonhada e o Sai agarra a mina pela cintura e tasca o maior beijão nela, e eu e o Sasuke nós olhamos de boca aberta, não sabia que ela era mulher do Sai, talvez eu tenha implicado a toa com ela.
— Mina se eu não voltar, saiba que era isso o que eu queria fazer desde a primeira vez que te vi, porém, caso eu volte prometo que tu terá muito mais que isso. - ele diz e sai deixando a mesma desnorteada, e o Sasuke se aproxima de mim.
— Amor não é invasão aqui na favela, porém, só ficarei tranquilo se souber que tu tá segura, já que agora os cara deram pra roubar as mulher dos outros.
— Amor, eu acho que o Deidara queria me levar também, ele me olhou de um jeito estranho e disse que eu podia acompanhar a Sakura se quisesse.
— AQUELE CUZÃO FILHO DA PUTA QUERIA ROUBAR A MINHA MULHER! EU MATO AQUELE PAU NO CU! FAÇO ELE DE PENEIRA.
— Amor calma! Eu estou aqui, ao contrário da minha amiga. - começo a chorar nervosa e ele me abraça.
— Fica sussa amor! A patroinha vai voltar, confia no teu homem. - ele diz e me beija.
— Te amo amor! Volta pra mim pelo amor de Deus. - ele me abraça e eu entro na cápsula com a doutora, tranco e me sento e fico ali observando a mesma, e chego a conclusão de que talvez eu tenha feito mal juízo dessa garota.
— Então você e o Sai estão juntos?
— Eu gosto dele, porém não tive tempo de dizer para ele, e agora estou com medo de não dizer nunca mais. - ela fala triste e uma lágrima cai do seu rosto.
— É o que todas nós nos sentimos, eu sempre digo e repito, eu preferia não ter nenhum dinheiro, e que o Sasuke não fosse bandido, pois assim ele não precisaria sair pra essas invasão e não me deixaria com o coração na mão dessa maneira.
— Acho que sei agora como você está se sentindo.
— Pois então eu vou te falar agora o que nós sempre fazemos. - ela me observou enquanto eu ajoelhava e juntava as mãos. — Nós rezamos e pedimos para Deus trazer eles de volta pra gente.

(....)

Hinata

Quando o susto passou, e o tal homem, que eu sei agora se tratar do Obito dono do morro do Vidigal, saiu arrancando com o carro, foi que a ficha caiu, o Naruto confiou no Deidara pra fazer a minha contenção e o mesmo o traiu.
— Coe Obito! Quase que eu trazia a patroa do Sasuke também, já pensou? Uma pra mim e outra pra tu. - o nojento disse sorrindo, e logo eu agradeci pela a minha amiga não ter vindo comigo.
— Tira o olho dessa mina aí! Eu tô jogando tudo o que eu tenho fora por causa dela, tenho certeza que há essas horas o Kurama já tá botando o Vidigal de cabeça a baixo atrás dessa mulher. - foi só o Obito tocar no nome do Naruto que meu coração já começou a doer, senti meus olhos arderem e as lágrimas cair, dessa vez eu não fui embora meu amor, não pela minhas próprias pernas e tudo o que eu queria era que o mesmo soubesse disso. — Eu deixei meu morro, minha vida, por causa de tu, pra poder saciar o meu desejo e acabar com essa obsessão maluca que eu sinto por você desde a primeira vez que eu te vi, você vai ser a minha mulher para sempre, nem que tu passe a vida inteira trancada dentro de um cofre, mas o Kurama tu não vai ver nunca mais. - ele diz enquanto dirige em alta velocidade e logo eu começo a soluçar, enquanto que o Deidara segue do meu lado com uma arma apontada na minha cabeça.
Nem sei dizer quanto tempo já se passou, porém. Um cheiro salgado invade as minhas narinas e quando olho pra o outro lado da estrada e vejo a praia, nós estamos em uma cidade diferente, eu não sei informar, não sei dizer que lugar é esse, na verdade a única coisa que eu consigo fazer é chorar, a única coisa que eu queria era o Naruto, eu queria o meu amor aqui comigo, sentir seus braços, o seu cheiro, e saber que eu nunca mais irei vê-lo, simplesmente acaba comigo.
— Vem Hinata! Chegamos ao nosso destino amor. - o tal de Obito diz sorrindo e puxa a minha mão.
Eles me fazem entrar em uma casa de praia deserta, aliás, uma casa não, uma verdadeira mansão. — Passa a visão aí gatinha, tudo isso aqui é teu.
— Nada disso aqui é meu não! Eu quero ir embora! - eu digo e o mesmo me olha com um semblante sombrio, o Deidara começa a sorrir. — O Naruto sempre te considerou, porque tu traiu ele Deidara?
— Olha não foi nada de pessoal! O Obito ofereceu mó grana preta e eu aceitei, ao contrário do Toneri ou da Kayoko, o pai aqui trabalha bem, sou soldado treinado pelo "mestre Jiraya" o mesmo que ensinou o Kurama e o Sasuke a ser quem eles são, na real, eu sempre tive do lado do antigo dono do morro, era eu quem devia ter me tornado o herdeiro, não o Kurama.
— Ahh! Então foi por inveja! Sempre me perguntei dos motivos pelo qual tu resolveu trair o Kurama! Mano a tropa do Kurama é praticamente inabalável, difícil de infiltrar, os cara lá são tudo convencido pelo o cara, parecem até um monte de puta. - o Obito diz pensativo.
— Ou né! E eu não sei, por isso que nunca nem tentei uma revolta, ali são tudo fiel ao Kurama, mas eu não tenho inveja dele não, só acho que tinha meus direitos de ser o herdeiro do nosso mestre, e não apenas o gerente, o filho da puta colocou o Sasuke como sub e me tratou como se eu fosse um qualquer.
— E quem se deu bem foi eu aí! Pois caso contrário eu talvez eu nunca conseguisse chegar perto da novinha aí, mas agora vamo parar de lamentação pois eu não sou psicólogo, mina vem que tu já vai conhecer teu quarto. - falou me olhando de cima a baixo e eu me permaneci imóvel, e logo ele veio e me pegou pelo braço e me arrastou. — Deidara faz a contenção aí, sei que aqui não vai brotar ninguém daquele morro, porém, não quero que nada atrapalhe o que eu irei fazer agora.
O cara mal fecha a boca e eu já começo a chorar, ele me arrasta e passa por todos os quartos, mas não me coloca em nenhum dos mesmos, ele abre uma porta que tem uma entrada para baixo, como se fosse um porão, desce comigo me arrastando pelas escadas, e acende a luz, ali eu vejo um quarto todo equipado, cama, televisão, banheiro, frigobar.
— Aqui vai ser a tua moradia por um longo período! Pois sei que tu não iria ficar de boa lá em cima, mas fica sussa, pois eu não vou conseguir ficar muito tempo longe e com certeza também vou me demorar aqui com você.
— ME TIRA DAQUI! - eu grito desesperada, esse cara quer fazer de prisioneira. — SOCORRO!
— Pode gritar mina! Tu acha que eu não já me preparei? Essas parede são a prova de som. Aqui ninguém nunca vai te ouvir, aqui ninguém nunca mais vai te encontrar, pode esquecer do Kurama, tu agora tá no meu nome, tu agora é do Obito, tu agora é minha. - ele disse se aproximando de mim e tirando a camiseta.
— NÃO! NÃO! - ele encosta e me dá um tapa na cara. — SE NÃO QUISER POR BEM, VAI SER POR MAL, E TIRA ESSA PORRA DO PESCOÇO! - puxou com tudo o meu colar com o pingente de "N" e jogou num canto do quarto. — EU VOU BOTAR UMA COLEIRA COM MEU NOME NO TEU PESCOÇO.
— NÃO TE APROXIMA DE MIM! - eu digo e dou um soco na cara dele, tá na hora de colocar em prática os golpes de artes marciais que meu pai me obrigou a aprender quando era criança.
— TÁ PORRA! QUE AGORA TU ME DEIXOU FOI MAIS EXCITADO. - ele fica em posição, e eu também me mantenho na postura.
E vamo ver aqui quem vai ser o primeiro a derrubar o outro.