Sessenta e quatro

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Kurama
 
  O Uchiha é liberado e ali eu respiro de alívio pois sei que ele vai fazer de tudo pra tirar a minha mulher daqui é levá-la pra o Vidigal, então eu volto a minha visão pra esse filho da puta, que esteve agindo na surdina desde o início, que nem uma cobra cascavel.
  — Era tu que tava acuminado com a Shion né? Eu nunca acreditei que ela realmente havia se matado. - eu digo e ele me olha surpreso.
  — Porra! Por isso que tu tem a fama de ser esperto e cheio das inteligências aí que nem uma raposa, pois eu achei que nunca que meu nome ia chegar nessas conclusões aí.
  — Tu queria drogar e sequestrar a minha mulher pra depois usar como moeda de troca. - eu conclui cheio dos ódios. — Meteu um monte de x9 aqui no meu morro.
  — Primeiramente o morro agora é meu, e segundamente eu iria matar sem piedade a mina lá que parece uma boneca, porém, achei ela mó gostosa, serião mesmo, fiquei doido nela, então queria mesmo pegar pra mim, pois ela era do meu irmão e por direito seria minha também.
  — Eu vou te matar seu cuzão!
  — Não Kurama! Na verdade tu é quem vai morrer aqui e agora. - ele diz levantando a arma pra mim e eu me preparo pra tomar o disparo, e mantenho a postura, se for pra eu morrer, eu morro que nem homem, porém, antes disso o Kono toma a minha dianteira e toma o tiro no peito no meu lugar, pega o fuzil e começa uma confusão de tiro ali mesmo, atacando tudo o que é vapor e o Kakuzu também. Alguns tiros vem dos altos e eu reconheço pelas direções que os mesmos estão vindo, que se trata dos vapor que eu treinei pra ser sniper de distância.
  — Coe chefe! Aproveita e foge aí! - ouço a voz do Kono e olho para o mesmo e percebo que ele está branco após perder muito sangue.
  — Tu vem comigo. - eu me aproximo pra pegar ele.
  — NÃO! Eu vou salvar o patrão, aquele que os vapor tudo daria a vida, teus soldados tão contigo pela admiração e respeito que tu conquistou de todos. Vaza patrão, cai fora. - ele diz e ali eu percebo que a tropa do Kurama é a minha segunda família.
  Eu saio pelas vielas certas, pois eu sou dessa quebrada, e correr em viela é o meu sobrenome do meio, logo eu consigo, chegar até a saída do morro e fico num canto observar os cuzão jogar o corpo do Kono já sem a cabeça na vala mais escura já fora do morro, eles sobem nas motos, e vão embora, eu me aproximo e ali derramo uma lágrima pelo cara que deu a vida dele pela minha, a tropa do morro é isso, contenção entre os irmão, um fortalece o outro e da a sua vida pra isso, assim como eu ia dar a minha vida pra salvar o Sasuke, e assim como o Kono fez por mim, infelizmente nem com cabeça o cara está, porém, mesmo assim eu pego o meu cordão que tem uma raposa, é a minha corrente como o líder da minha tropa, e mesmo assim coloco no peito do mesmo, pois o Kono vai na paz como um soldado e herói dos irmão.
  — Olha! Olha! Quem está  passeando por aqui, o Kakuzu vai querer saber disso. - escuto vozes atrás de mim e assim que me viro vejo duas viatura e cinco  de farda.
  — Nos não vamos levá-lo para o Kakuzu, nós vamos levá-lo para a delegacia, nós vamo ganhar uma promoção por estar prendendo o traficante mais temido do Rio de Janeiro. Pois nois já tamo com a grana que ele deu no bolso, já o ajudamos a tomar o morro do Alemão, a partir de agora não temos mais nenhum trato com ele. - o desgraçado diz e se aproxima de mim, é por isso que eu não gosto de me envolver com esses de farda, são tudo uns vermes desgraçados do caralho.
  — E quanto a esse corpo aí? - um deles pergunta.
  — Liga pro Datena! Com as câmeras aqui embaixo o Kakuzu não vai ter coragem de descer o morro. - o infeliz diz sorrindo.
  Eles me algemam e me colocam na viatura, nesse momento vai passando alguém que eu acredito ser um morador do meu morro, pois os policiais param ele e começam a revistar o coitado, e eu fico ali dentro da viatura com os vidros fumê fechados, apenas escutando.
  — Eu sou trabalhador senhor! - o morador diz.
  — É sim! E eu sou a branca de neve. - o de farda diz e os outros dão risada.
  — Sou apenas morador, eu juro, nunca tive envolvimento com o tráfico. - o homem insiste.
  — Todo preto e favelado então é bandido rapá! Tu pensa que engana quem seu cuzão? - o nojento do verme diz, e ali me sobe um ódio desse racista, preconceituoso do caralho. — Mas hoje é teu dia de sorte, tu vai ficar aí e esperar as câmeras do Datena chegar e dar entrevista, ouw tu sabe de quem é aquele corpo ali?
  — Meu Deus! Pela corrente eu tenho certeza de que é do Kurama! Coitado. - ele diz e eu escuto um barulho de tapa.
  — Tu diz que é morador, mas passa pano pra bandido, seu caralho! Anda passa reto, e segue com tuas informações. - o cara diz e depois entra na viatura e segue pra delegacia.
  Nós chegamos na grade eles me colocam numa cela e eu fiquei andando de um lado a outro e meu pensamento ia o tempo todo na Hinata e nos meus filhos, eu não sei se os mesmos estão bem, porém, eu confio no meu irmão, e sei que ele daria a própria vida pra tirar a minha princesa daquele inferno no qual transformaram o nosso lar.
  Ainda pensando nisso eu me deito na cama dura que tem na cela, o meu corpo está cansado pra caralho, e então sem nem perceber eu começo a adormecer.
 
  (....)
 
  — Ouw! Levanta aí seu porra! Tá pensando que aqui é o teu morro onde lá tu e o rei? - acordo com a voz do de farda. — Ou melhor, ex morro. - ele diz debochando.
  Eu me levanto e sigo eles, os caras já descobriram o meu nome e tudo, eles tiram umas fotos minha e colocam num monte de papéis e dizem que é o meu arquivo, eu assino a ficha e entro de vez no sistema desses filhos da puta.
  — Agora tu é presidiário, vai ter direito a advogado e tudo, lá não é nenhum cinco estrelas não, mas dá pro gasto, tu vai gostar.
  O verme diz com deboche e me leva pro presídio.
  Chegando lá eu assino umas papeladas, recebo umas coisas, tipo pasta de dente e escova, uns uniformes, e deixo minhas roupas num saco plástico, e sou encaminhado pra uma cela onde tem mais três prisioneiros.
  — Ouw! Chegou uma boneca aqui pra vocês! Olha como os olhos dela é lindo. - agora quem fala é um carcereiro, e eu faço questão de olhar bem pra ele e marcar o seu rosto.
  — Entra aí princesa! - Alguém dentro da cela diz, e eu sou jogado lá e o carça tranca a porta e sai, eu fico ali olhando pra os caras.
  — Quem é o chefe dessa porra aqui? - eu pergunto.
  — Calma boneca, vamo se conhecer primeiro. - um deles diz se aproximando e eu pego o cuzão viado do caralho e prenso a cabeça dele na grade da cela até passar pro outro lado e quando puxo de volta, o desgraçado cai morto no chão com o pescoço mole. Aí eu olho pra os outros dois que já tão se tremendo.
  — Mas alguém aqui vai ter coragem de me chamar de boneca? - eu pergunto e eles balançam a cabeça negativamente e com os olhos arregalados. — Quem é o chefe dessa porra aqui?
  — Sou eu! - uma voz atrás de mim diz e entra uns cinco caras na cela, o chefe vem na frente e os outros caras fazem a contenção deles, seguidos de um carça que deve ser o protegido do mesmo e que lhe dá o acesso livre ao presídio todo abrindo as portas.
  — Então o famoso Kurama deu o ar da graça na prisão. - o cara diz e eu o observo e já o reconheço, ele é das antigas e deve estar há muitos anos por aqui.
  — Tu é o Kiler B ne? Lembro de tu negociando com o meu padrinho, o Jiraya, que Deus o tenha. - eu digo e o cara confirma.
  — Ele era meu parceiro, até o dia da emboscada que o levou à morte e me trouxe pra esse inferno. Mas a rocinha continua sendo minha, aquele lá que comanda tudo é meu afilhado também, ele reina por lá, e eu reino por aqui. - o cara confirma o que todo mundo já sabia. — Como eu disse ele era meu amigo, mas tu não é, e aqui nessa prisão só tem um chefe.
  — E por mim continuará sendo, vamo fechar junto, pois eu sou quero sair daqui, e se tu quiser a liberdade canta pra tu também. - eu digo e o cara fica analisando as possibilidades.
  — Só falta dois anos pra eu me libertar daqui e do sistema, eu vou aguardar.
  — Então me ajuda, que quando eu chegar lá fora eu te recompenso de tudo, e nois fecha uma parceiria, tu me fortalece lá, e eu te fortaleço aqui.
  — Eu não costumo fazer fechamento com moleques novo, e pela tua cara tu não deve ter nem vinte, porém, tu é afilhado do meu finado parceiro, e o mesmo não iria colocar um filhote no comando, eu sei que tu é sujeito homem, então eu fecho sim. - Kiler B diz e nois faz toque de mão. — E o do que tu precisa pra fazer essa lili cantar? - o cara me pergunta e eu respondo:
 
  — Primeiramente de um celular.

Em dívida - Naruhina Onde histórias criam vida. Descubra agora