25° Capítulo - Olívia Lunes

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“Keep my name out your mouth
I know what you about
So keep my name out your mouth
Boy, don’t call me angel
You ain’t got me right”dont call me angel, Ariana
Acordo mais calma na manhã da segunda-feira, não poderia deixar qualquer ex do Cole me tirar dos trilhos de tal forma.
Me arrumo para faculdade com calma, passando uma maquiagem leve em meu rosto. Finalizo com um dos Lip Oil’s que comprei com o dinheiro do Cole. Desço as escadas, seguindo as vozes dos garotos, que estão reunidos na cozinha.
Sinto minhas costas queimarem e eu sei que é Cole me seguindo com os olhos âmbar.
- Você... ainda está brava? – A voz do tatuado bem próxima de mim, em meus ouvidos me pega de surpresa e me faz dar um leve pulinho. – ‘Tá me devendo algo, boneca? – Ele diz risonho.
- Oi, Cole. – Digo séria, por mais que não esteja de fato brava com ele, não sei como lidar com o fato que a ex popular dele está de volta, e pior, quer manter contato com ele. Porra é mais forte que eu. Respiro fundo.
- Liv, eu sei que você está chateada. Mas porra, eu nem sei como ela tem meu número! – Ele diz jogando os cabelos para trás.
- Eu sei, Cole. Não estou brava com você, hm? – Encosto brevemente nossos lábios em um selinho. – Apenas, essa situação me estressa. – Digo sorrindo brevemente.
- Eu sei. Mas entenda, agora Cole Lunes apenas possui olhos para você, Olivia. – Ele diz segurando meu rosto e olhando em meus olhos, eles exprimem sinceridade.
- Então, muito linda essa cena de vocês mas nós estamos atrasados. Vamos deixar o namorinho para outra hora. – A voz de Elion destrói o clima e me faz revirar os olhos.
- Odeio admitir que você está certo. – Digo pegando minha bolsa e sinto a mão de Cole no final de minhas costas, me guiando até a porta.
Já fora, me acomodo no banco da frente do carro do tatuado e os gêmeos no banco traseiro partindo assim para a universidade.
Quando finalmente entramos no bloco principal, uma voz histérica grita e é inevitável eu revirar os olhos.
- Cole, oi! – Diz a garota loira e com saltos e blusa com um grande decote exagerado nos peitos. Peitos claramente falsos, por sinal. – Sentiu saudades, amor? Dessa vez voltei Definitivo!
- Ah, Âmbar é que- - A fala de Cole é cortada quando os olhos da desquerida se cruzam com os meus.
- Oh, Olivia quanto tempo, não? – Ela diz sorrindo falso. – Como está a vida vivendo na sombra dos seus irmãos? – Ela diz esparramando seu veneno. Um pouco antes dela ir embora, quando eu ainda era caloura na faculdade, não procurava realizar amizades. Eu tinha Michael, meus irmãos, e algumas meninas da escola que mantinha contato, então sempre andava com os gêmeos que eram veteranos. Âmbar que ainda namorava Cole nessa época odiava que eu ficasse por perto, por Cole sempre procurar me proteger dos babacas veteranos que tentavam algo comigo.
- Muito bem, queridinha. – Sorrio falso. – E como está a sua vida tentando se manter relevante sem o Cole ao seu lado? – Cole facilmente é um dos garotos mais populares, se não for o mais popular, pela aparência e pela personalidade reservada e com Cole ao lado qualquer um consegue facilmente ser o assunto da semana pelos corredores dessa faculdade. Uma grande bobagem mas para alguém mesquinha como Âmbar isso pode valer muito.
Antes da chance de Âmbar responder e começarmos uma discussão, a mão de Cole passa por minha cintura e ele diz perto de meu rosto.
- Gatinha, não adianta discutir. – Ele beija minha bochecha. – Vamos pegar seu macchiato, hm? – Ele me olha.
- Gatinha, Cole? – A voz irritante volta aos meus ouvidos. – Que merda é essa? Agora você está pegando sua irmã? É isso mesmo? – Ela diz indignada.
- Não somos irmãos, fofa. – Digo apontando para mim e Cole. – Mas não é da sua conta, sim? – Digo arrastando Cole pela mão até o local que vendia as bebidas, isso até a garota loira surgir em nossa frente, nos fazendo parar.
- Eu sei o que está tentando fazer, Olivia. – Ela diz em tom baixo, com fogo nos olhos. – E você não vai conseguir tomar meu lugar. – Ela aponta o dedo em meu rosto.
Agarro a mão da garota calmamente, abaixando da direção do meu rosto, quem ela pensa que é?
- Que lugar, Âmbar? – Questiono me aproximando. – O de ser uma garotinha loira, chata e inconveniente? – Nos encaramos por alguns segundos, consigo ver as mãos da garota se fecharem com tanta força que as dobras dos dedos ficam esbranquiçadas.
- Você me paga, Olivia. – Ela se distância rapidamente. Puxo o ar com força, respirando profundamente.
- Não é possível, tantas garotas para você se envolver Cole, e você se envolve com a mais insuportável? – Digo olhando para o garoto que engole seco.
Enquanto Âmbar se afasta, ainda lançando olhares venenosos em minha direção, a mão de Cole segura minha mão com firmeza e ternura.
- Vamos pegar seu macchiato. – Ele diz, tentando acalmar a situação.  Caminhamos em silêncio até o café dentro da universidade.
Eu sinto dificuldade em esconder minha irritação, mas tento manter a calma.
Depois de fazer meu pedido e encontrar uma mesa isolada, Cole finalmente quebra o silêncio.
- Olivia, eu sei que isso está te incomodando. – Ele começa, olhando diretamente nos meus olhos. – E eu entendo. Eu só quero que você saiba que você é a única que importa para mim agora.
Suspiro, mexendo no macchiato, evitando o olhar de Cole por um momento.
- Não é que eu não confie em você, Cole. – Começo, minha voz soa suave mas firme. – É só que... eu e Âmbar nunca nos demos bem, ela sabe como me irritar. E ver ela de volta, me dizendo aquelas coisas e tentando se aproximar de você me deixou bem irritada.
Cole segura minha mão por cima da mesa, sorrindo cafajeste.
- Então, isso é ciúmes? – Ele pergunta e eu reviro os olhos.
- Vai se fuder, Cole. Não me enche eu estou irritada de verdade. – Digo olhando séria para o tatuado que cruza os braços.
- Você fica uma gracinha com ciúmes, Liv. – Ele diz e quando mostro o dedo do meio para ele, Cole aperta minhas bochechas me deixando mais raivosa ainda. – Pilantrinha.
Ele se aproxima e beija meus lábios rapidamente, nesse momento toda a raiva que estava sentindo desaparece e eu sorrio calmante para o garoto em minha frente.
Na mesma medida que Cole sabe me tirar do sério como ninguém, ele é meu calmante. Cole é meu catalisador.

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