33° Capítulo - Olívia Lunes

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"When I first saw you
From across the room
I could tell that you were curious, oh, yeah
Girl, I hope you’re sure
What you’re looking for
‘Cause I’m not good at making promises
But if you like causing trouble up in hotel rooms
And if you like having secret little rendezvous
If you like to do the things you know that we shouldn’t do
Then baby, I’m perfect
Baby, I’m perfect for you”- perfect, one direction

Uma semana se passa após o último caso que investigamos, e resolvemos nos darmos uma folga de casos e investigações para descansarmos.
Minha rotina ultimamente vem sendo ir para faculdade, ir para a casa e dormir. Sentia falta de não fazer nada, definitivamente.
Respiro fundo, descendo as escadas estranhando o silêncio que se encontrava na casa dos Lunes em um sábado. Após o lance de escadas, caminho até a cozinha encontrando Cole lá.
- Liv, oi. – Ele diz aparentemente nervoso. – Podemos sair hoje? – Finalmente pergunta.
- Hmmm, preciso pensar no seu caso. – Digo brincando, mas o garoto me olha com uma cara de assustado que dá pena. – É brincadeira, vamos sim. Só preciso me arrumar. – Digo já me distanciando.
Escuto uma confirmação do garoto quando estava subindo as escadas e coloco uma calça jeans um pouco larga e um cropped de manga curta branco que deixava meus ombros a mostra. Arrumo meus cabelos e faço uma maquiagem leve, colocando alguns acessórios e meus sapatos.
Assim que estou pronta, volto até onde Cole estava me esperando, o garoto me encara da cabeça aos pés e sorri.
- O que..? – Pergunto analisando minha roupa.
- Você é linda. – Ele diz e sinto minhas bochechas corarem pelo elogio repentino. – Agora vem. – Ele diz segurando minha mão e me puxando até seu carro.
Cole dirige por algum tempo, por um caminho de terra que me deixa extremamente duvidosa, mas não posso negar que estou curiosa do que ele estava aprontando.
- Chegamos. – Ele diz tirando o cinto de segurança e me olhando. Minha boca se abre em choque quando noto o lugar que estávamos.
- Meu Deus, Cole! – Digo abrindo a porta para ver mais de perto.
Um grande campo repleto de flores, era idêntico ao que sonhei quando ainda nem imaginava beijar Cole. Era totalmente colorido, algumas árvores adornavam o local, deixando uma sombra confortável e um pouco a frente, um lago com alguns patinhos cintilava em um azul claro. Eu estava encantada.
- Como você conhecia um lugar desses? – Pergunto surpresa.
- Mamãe me trouxe aqui uma vez. – Ele diz nostálgico. – Achei que você gostaria, por isso preparei uma surpresa aqui. – Ele diz segurando meu braço e me puxando até debaixo de uma árvore, que havia um pano esbranquiçado com uma cesta encima.
- Um piquenique? – Pergunto ansiosa.
- Exatamente! O que você achou? – Ele pergunta se sentando.
- Perfeito. Eu adorei, Colezinho, agora você pode me beijar de novo. – Digo olhando-o.
- Graças a Deus! – Ele diz sem perder tempo, avançando em minha direção.
Nosso beijo era afobado, transmitia vontade e desejo. As mãos de Cole oscilava entre minha cintura e minhas costas.
Após um tempo, nos separamos e nos olhamos.
- Que saudades. – Ele diz me abraçando e eu retribuo.
- Também estava com saudades de você. – Digo. – Mas agora eu quero comer.
Cole ri de minha fala, mas logo abrimos a cestinha e começamos a comer as comidas que haviam ali, conversando sobre tudo. Porém, depois de um tempo percebo o tatuado mais nervoso e estranho. Cole não é assim.
- O que ‘tá acontecendo? – Pergunto o olhando com as sobrancelhas franzidas. – Você ‘tá estranho, Cole.
- Liv, preciso te perguntar algo. – Ele diz passando a mão pelo rosto, logo me encarando. – Faz pouco tempo que começamos com esse lance, mas Olivia eu sempre estive apaixonado por você. Você é inesquecível, eu não consigo te tirar da cabeça e você não faz ideia de quanto tentei. Tentei tanto que estamos aqui, é impossível resistir a você, Olivia. Eu me sinto como um drogado, porra. Eu preciso de você, quero passar minha vida com você, eu adoro você, eu amo você. Namora comigo, Olivia?
Não consigo responder de imediato de tanto choque das palavras de Cole. Tenho certeza que estou estática com os olhos arregalados.
- Olivia se você disser não, eu me mato na sua frente. – Cole diz rindo nervoso. – Fala alguma coisa, por favor.
- Eu quero! – Digo vendo que o garoto estava prestes a desmaiar. – É claro que eu quero. – Digo me jogando no moreno, o abraçando. – Eu te amo. – Cole finalmente me beija, um beijo calmo e carinhoso, que transmitia tudo o que sentíamos no momento.
- IRRA. – Uma voz surge e vários confetes voam sobre nossas cabeças.
- Mas que porra..? – Cole diz se afastando de minha boca mas ainda me segurando em seus braços.
Elion e Enzo estavam jogando vários confetes e de onde esses idiotas surgiram?
- Porque vocês estão aqui e como vocês estão aqui? – Pergunto.
- Livzinha, quem você acha que organizou suas comidas favoritas e esse piquenique? – Enzo diz cruzando os braços.
- Era para vocês terem ido embora assim que nós chegássemos. – Cole diz emburrado.
- E perder esse pedido de namoro? Nunca! – Elion diz.
Reviro os olhos, rindo da bobeira dos três.
Algum tempo depois, o sol começa a se por e é o momento que precisamos ir embora. Organizamos tudo e vamos embora, com eu e os gêmeos cantando alguma música da Taylor Swift enquanto Cole reclamava o quão ruim as músicas da loira eram.
Chegando em casa, os gêmeos pedem pizza enquanto eu tomo um banho quentinho e coloco meu pijama.
Quando as pizzas chegam, colocamos as branquelas para assistimos, uma tradição que chamamos de “noite dos Lunes”. Obrigamos Cole a fazer brigadeiro como sobremesa e agradeço com vários beijinhos.
Depois de um tempo, resolvo ir dormir e o tatuado não perde tempo em dizer que iria me acompanhar.
Subimos e já em meu quarto, nos aconchegamos em minha cama, claro que após eu dar boa noite para meu bebê e obrigar Cole a fazer o mesmo.
Não demora muito para cairmos no sono, após alguns beijos de boa noite e uma conchinha.
Acordo em um grande quarto infantil, eu escuto um barulho ensurdecedor, muito alto e assustador. Preciso chamar meus pais.
Levanto da cama em um instinto de procurar pelos meus progenitores, eu sabia exatamente aonde ficava o quarto deles naquela enorme mansão mas havia algo estranho.
Preciso ter coragem para abrir a porta que estava apenas escorada, estava com uma vontade gigantesca de chorar.
Assim que abro a porta meus olhos se arregalam. Mortos. Eles estão sangrando!
É inevitável um grito sair de minha boca e eu me levantar.
Sinto as mãos de Cole me cercarem e eu não consigo parar de chorar.
- Amor, o que aconteceu? – Cole pergunta preocupado.
- Eu tive um pesadelo horrível, Cole. – Digo tentando me acalmar, sentindo minha garganta seca. Foi tudo tão real que parecia que era a segunda vez que passava por aquilo. Não era uma sensação nova.
- Vem, vamos beber água. – Cole me puxa pela mão.
Após beber o líquido gelado que Cole me ofereceu e alguns abraços para me acalmar, eu adormeço nos braços de meu namorado novamente, porém sem esquecer as cenas do pesadelo que me aterrorizou.

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