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30 de outubro de 2001..
Terça-feira..

Beatriz's point of view

Bianca: Mamãe, como é o meu pai? Você pode me contar mais sobre ele? — Ela pergunta enquanto morde o bico da mamadeira com leite e Nescau

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Bianca: Mamãe, como é o meu pai? Você pode me contar mais sobre ele? — Ela pergunta enquanto morde o bico da mamadeira com leite e Nescau.

— Filha, a gente ja conversou sobre isso — Olho pra ela, largando o livro que eu estava lendo em cima do braço do sofá.

Bianca: Mas mamãe.. eu gostaria de saber mais do meu pai, ja que ele nunca volta dessa viagem pra eu perguntar! — Ela diz me olhando.

— Filha.. — Olho pra mesma soltando o livro.

Bianca: Sim, mamãe? — Ela se aproxima ficando bem ao meu lado.

— Vou te contar sobre as algumas coisas, mas não me pergunte mais sobre isso. — Falo me virando pra japonesa.

Bianca: Por que não? — Ela pergunta curiosa.

— A mamãe quer esquecer do papai, entendeu? — Respondo.

Bianca: Mas por que? Você não é casada com ele? Tem até a aliança! — Ela diz apontando pra minha mão que tinha a aliança, sim eu tinha a aliança que ganhei do mesmo a quase 6 anos atrás.

— Bia.. o papai não vai mais voltar. — Falo calma.

Bianca: Mas por que não?

— Filha.. você é nova demais pra eu te contar — Falo acariciando o cabelo loiro da mesma.

Bianca: Hmm.. mas como ele era com você? — Pergunta curiosa.

— Ele era incrível, foi o melhor pai que eu pensei em te dar, ele era doce, gentil, fofo, ele passava horas conversando com você — Sorrio, pensando nele.

Bianca: É mesmo? E por que ele foi viajar? Por que ele não vai mais voltar? Ele não gosta da gente?

— Não sei.. mas é claro que gosta, ele ama você e eu, mas infelizmente ele teve que ir..

Bianca: Hmm..

[...]

Era de manhã, eu estava tirando algumas fotos da Bia, fantasiada de esqueleto, estava uma gracinha.

— Ta linda filha! Parece uma modelo — Brinco, sorrindo.

Bianca: Quero ser uma modelo igual você! — Ela sorri.

— E vai conseguir! É uma raridade existir uma japonesinha loira! — Sorrio dando um beijo no rosto dela.

Bianca: Sério? — Ela sorri animada.

A Campainha toca e eu olho pra ela.

— Vai buscar sua mochila, enquanto eu atendo a porta — Me levanto.

A mesma obedece e vai buscar a mochila no andar de cima.

Vou até a porta, o dia estava chuvoso e tinha raios e relâmpagos. E assim que abro a porta vejo um homem alto, com algumas coisas no cabelo.. seriam.. seriam tranças?

— Bento?.. — Pergunto tentando enxergar o rosto do homem. — Alberto?!

Xxx: Não senhora, aqui não é nenhum Bento, eu sou um carteiro. — Ele diz pegando a bolsa e tirando uma carta, ele me entrega.

Concordo, envergonhada e pego a carta, fechando a porta novamente. Será que era coisa da minha cabeça?

Bia desce as escadas com a mochila maior que ela nas costas. Pego a mesma e vou pro carro.

[...]

Algumas horas depois, chego em casa do trabalho, estava cheia de papeladas e coisas para resolver. Coloco tudo em cima da mesa e prendo meu cabelo em um coque bagunçado.

Pego a chaleira de café, que estava pronta mais cedo e coloco em uma xícara.

Começo a assinar as papeladas enquanto tomo meu café, até que a campainha toca. Suspiro deixando a xícara no canto da mesa.

Levanto e vou até a porta, abrindo-a.

Vejo um homem idêntico a Bento, mas devia ser coisa da minha cabeça, igual mais cedo.

— Quem é você e oque quer na porta da minha casa essas horas da noite? — Pergunto coçando a nuca enquanto seguro a maçaneta da porta.

Xxx: Até parece que não sabe quem sou eu — Ele sorri se aproximando.

— Quem é você? — Pergunto mais uma vez.

Xxx: Eu sou o cara que você mais amou. — Sorri se aproximando, entrando dentro da minha casa, calmamente, dando pra ver seu rosto.

— Bento? — Fico parada enquanto uma lágrima escorre pelo meu rosto, como assim, como assim Bento?!.

Bento: Eu mesmo, princesa — Ele sorri, seus olhos brilhavam.

— B-Bento?.. Você não é o Bento.. meu noivo morreu a cinco anos atrás! — Me afasto.

Bento: Eu não morri, eu sempre estive aqui — Ele se aproxima.

— Você não é meu noivo! Você não é!! — me afasto.

Bento pega uma foto do bolso e mostra pra mim, era uma foto nossa.

Bento: Acredita em mim agora? Bea? — Ele diz mostrando a foto pra mim.

Fico em choque, ninguém mais tinha aquela foto além de mim e ele.

Não penso em duas vezes e o abraço, desabando em lágrimas.

— Eu senti tanta falta sua.. — Falo o abraçando forte cada vez mais.

Ele não diz nada, apenas me abraça de volta.

— Como você.. como você esta vivo?

...

Ficou ruim esse reencontro, mas vamos fingir que não😻

𝐀𝐓𝐄 𝐐𝐔𝐄 𝐀 𝐌𝐎𝐑𝐓𝐄 𝐍𝐎𝐒 𝐒𝐄𝐏𝐀𝐑𝐄 | 𝐁𝐄𝐍𝐓𝐎 𝐇𝐈𝐍𝐎𝐓𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora