Capítulo 2- A tragédia

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⚡️AVISO DE GATILHO: Esse capítulo contém menção a morte por forma violenta. ⚡️

"Você me admirava ontem
E eu serei pó para sempre amanhã"
-Mon amie la rose (Françoise Hardy)

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Era abril de 1995 quando receberam a notícia. No fim da tarde, Marta Socorro Souza havia ido à padaria comprar pão, prometendo ao filho mais novo que voltaria rápido. Às 19h ela ainda não voltara. Foi quando os vizinhos se prontificaram a procurar pela dona de casa pelo bairro e proximidades.

Se passaram dois dias até encontrarem um corpo feminino usando um vestido rosa floral num terreno baldio coberto por mato.

Ninguém entendeu o que aconteceu. Sua carteira com dinheiro e a sacola com os pães ainda estavam por perto. Nada faltava. Sinais de violência foram encontrados. Parecia ser um crime cometido unicamente pela brutalidade. Pelo prazer de ver o sofrimento alheio.

Eduardo bateu na porta de Julian assim que descobriu. Não foi difícil encontrar o endereço, apesar de nunca ter ido até sua casa. Sabia o bairro e saiu perguntando pra moradores onde encontrar a família Souza.

O pequeno garoto de olhos castanhos e roupas refinadas se surpreendeu ao ser envolvido pelos braços do amigo,que imediatamente se debulhou em lágrimas ao encontrar o ombro do outro.

Foi naquele momento que Eduardo entendeu que a amizade deles havia alcançado novos níveis. Não eram apenas meros colegas de escola. Eram dois jovens descobrindo o lado obscuro da vida, que os monstros das histórias infantis existiam.

O amor tem sabor de amorasOnde histórias criam vida. Descubra agora