A Filha Do Chefe - Jeon Jungkook

Capítulo 24

S/n narrando

Tive uma surpresa e tanto no fim da tarde, minha mãe veio até em casa sem avisar como da última vez, ela estava com o meu pai no escritório a um bom tempo, conseguia ouvir os dois discutindo, mas não sabia ao certo do que se tratava.

Bom, talvez eu saiba, já que ouvi meu nome sendo citado várias vezes.

- Oi. - Desperto dos meus devaneios com a presença de Jungkook atrás de mim.

- Oi. - Respondo seca olhando para ele rapidamente e desviando o olhar.

- Podemos conversar mais tarde? - Caminha ficando do meu lado.

- Sobre? - Encarei ele.

- Sobre a gente.

- Que eu sabia a "gente" não existe mais, né? - Passo por ele, e Jungkook agarra meu braço.

- Depois que o seu pai falar com você, vai entender por que decidi terminar.

- Até agora estou tentando entender o motivo, não vejo nenhum. Se queria me usar não conseguiu, fui apenas uma distração pra você, por que não assume de uma vez que só queria sexo e cumprir a aposta ridícula que fez com o Haein?

- Que Caralho! - Jeon exclamou irritado. - Até onde você ouviu? A parte que eu desisti da aposta você não ouviu? Burra.

Fiz uma cara incrédula por ouvir isso.

- Burra? - Perguntei incrédula.

- Sim, é isso que você é. É burra por não enxergar o quanto amo você,  prefere agir dessa forma imatura, eu sabia que você era uma pirralha, mas não tanto.

Eu simplesmente fiquei em silêncio o observando.

- Se quiser conversar depois, estarei na casa da minha mãe. Vou passar um tempo com ela. - Jeon falou e se retirou.

Ele pegou uma mala que estava na sala e saiu pela porta.

Fiz menção de ir atrás dele quando ouço minha mãe me chamar, a mais velha tinha lágrimas nos olhos o que me deixou preocupada. Entrei no escritório, encontrando meu pai com uma feição séria e nervosa.

- Pra minha mãe vir aqui e vocês fazerem aquela barulheira toda, coisa boa não deve ser. - Tratei de me sentar na cadeira vazia ao lado da minha mãe, em frente a mesa do meu pai.

Os dois se olhavam em silêncio, isso durou um bom tempo, o suficiente para que eu me pronuciasse.

- Que caras são essas? - Perguntei sentindo um pressentimento nada bom.

Meu pai pigarreou arrumando a sua postura, ele me fitou seriamente e desviou o olhar para a minha mãe.

- Conta pra ela, mas conta a verdade. - Ele ordenou e ela assentiu.

Minha mãe se virou um pouco ainda sentada para me olhar, ela suspirou pesado e suas lágrimas escaparam de seus olhos.

- Filha, quero que saiba que se escondi isso de você, foi por que eu tinha medo e vergonha pelo meu passado. Não queria que você sentisse vergonha de mim. - Pôs sua mão em minhas costas, e com a outra, acariciou meu rosto.