Capítulo 4

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Donghyuck POV

Depois de toda essa situação constrangedora com Mark, continuei agindo normalmente para não o deixar desconfortável. As semanas foram se passando e com isso veio a temida semana de provas, alguns trabalhos também eram solicitados para pontos extras e coisas do tipo. O professor de história deixou em aberto para quem quisesse ir a um museu para fazer uma resenha sobre e contar em sala de aula o que aprendeu. Não era uma visita obrigatória, porém, como eu realmente gosto de museus e quero conhecer mais a cidade, perguntei se os meninos iriam querer ir comigo mas só Mark topou, os outros disseram que acham esse tipo de passeio chato ou que estariam ocupados.

No sábado, encontrei com o canadense em uma praça na vizinhança, ele estava mexendo no celular distraído e assim que me viu abriu um lindo sorriso receptivo.

— Hyuck! — Guardou o celular — Estou animado para ver coisas velhas com você.

— Não fala assim, garoto! — O repreendi dando um tapinha de leve em seu braço e o mesmo riu.

— Eu gosto de museus mas não é disso que é feito?

— É feito de conhecimento e cultura!

— Ta bom, ta bom. — Ele riu — Chama o Uber aí vai.

Peguei o celular e entrei no aplicativo. Pensei bem se deveria perguntar sobre os últimos dias, talvez eu não devesse me intrometer, porém, eu estava bem preocupado e como estamos um pouco mais próximos, acho que não teria problema.

— Desculpa ser intrometido mas... As coisas melhoraram com a sua namorada?

— Nós conversamos e nos resolvemos então, sim. — Ele responde com as mãos no bolso e eu demonstro alívio com a notícia — Mas e você? Já namorou alguma vez?

— Já, sim. — Mark me pegou de surpresa com a pergunta.

— Então sabe que desentendimentos acontecem, isso é porque a gente se importa muito um com o outro.

— Hm, entendi. — Acenei com a cabeça mas não acho que "desentendimentos" como o que eles tiveram da última vez sejam tão normais.

Assim que entramos no carro, ficamos em silêncio por um tempo. O mais velho parecia estar com algo o rondando na mente, então como não aguentava mais a inquietação do mesmo, resolvi perguntar:

— O que foi?

— Nada, ué. — Mark me olhou como se tivesse sido pego fazendo alguma coisa que não deveria.

— Mark... — Insisti mais um pouco.

— É só que... Você ainda não falou sobre essa parte da sua vida e to meio curioso sobre o seu antigo namoro. Por que seu relacionamento acabou?

Realmente não estava me abrindo tanto para ele e nem ninguém sobre esse tópico mas era óbvio que essa conversa chegaria em algum momento.

— Meu ex namorado teve que sair do país. — Ao ouvir "namorado" Mark pareceu levemente surpreso.

— Você e ele não deram certo por causa da distância?

— Sim, ele não sabia mais quando poderia voltar para a Coréia então decidimos terminar.

— Deve ter sido difícil pra vocês... Como conseguiu superar?

— No início foi bem difícil mas apenas segui a vida, não podemos ficar presos no passado pra sempre, né? É o que ele provavelmente ta fazendo também.

— É verdade

O trajeto foi um pouco longo já que o Museu de Antropologia de Vancouver era um tanto afastado do centro, ficava dentro da Universidade da Colúmbia Britânica. Assim que entramos, observamos alguns alunos e turistas indo e vindo. Enquanto andávamos, comecei a tirar fotos pois a arquitetura era muito bonita. Aprendemos muito sobre os povos nativos daqui e tinha muitas peças de obras de arte também. Mark genuinamente parecia tão interessado quanto eu, também tirava bastante fotos e fazia anotações, a gente parava para ler cada placa e entender o que tudo significava.

the way love goes • markhyuck Onde histórias criam vida. Descubra agora