Capítulo 28 : Contagem regressiva, sete...

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Adam Grey


Uma, duas, três. Várias chamadas do número do meu pai. Todas recusadas. Não sei o que ele quer e não estou nem um pouco interessado em saber.

Respirei fundo, guardei o celular e olhei para Ethan, que caminhava ao meu lado segurando um panfleto.

— O que é isso?

— Baile de inverno. — Disse, revirando os olhos enquanto me entregava o panfleto com as informações do evento. — Vai convidar a sua garota misteriosa?

Ergui os olhos, sorrindo.

Bem que eu queria.

— Não dá.

— Por que não? — bufei, amassando o papel e jogando-o em uma das lixeiras que havia nos corredores.

— Eu já te disse, é complicado demais.

— Então você não vai? Ótimo, eu também não. Vamos virar a noite comendo besteiras e jogando videogame.

— Ou... nós podemos ir juntos. — Joguei uma piscadela na direção de Ethan, que fez uma careta arrumando seus óculos.

— Muito engraçado. — Ele desdenhou. — Tenho que ir, te vejo na hora do almoço. — Disse, virando no corredor.

— Pense na minha proposta! — Gritei, vendo ele erguer o dedo do meio ainda de costas.

O celular apitou e meu sorriso se desfez ao ver a mensagem do meu pai na tela do celular.

“Precisamos conversar”

“Não precisamos, não. Seja lá o que você tiver pra me dizer, guarde para você”

Cliquei em seu contato, bloqueando de vez seu número, e inspirei profundamente, seguindo para a sala de aula.

Não deixe que ele estrague seu dia. Não vale a pena.

[...]

A aula de culinária havia terminado, e eu estava guardando os utensílios e pegando minha mochila, ainda sentindo o aroma do prato que fizemos no ar. 

Cozinhar fazia meu coração se aquecer com as lembranças da minha mãe e eu juntos na cozinha. Era um momento raro em que ela não estava chorando, mas distraída e contente. Um momento único em que eu interagia com ela, sem a presença obrigatória do meu pai. Essa lembrança estava profundamente enraizada em mim e talvez por isso eu gostasse tanto de estar em uma cozinha.

Enquanto colocava a mochila nas costas, ouvi uma voz suave e firme vindo da porta.

— Adam, você poderia me acompanhar, por favor? — Ergui os olhos imediatamente ao escutar sua voz firme e suave.

Meu problema preferido.

Acenei com a cabeça e a acompanhei pelos corredores. Sienna caminhava com confiança em cima dos seus saltos e não pude deixar de dar uma boa olhada em suas pernas torneadas. Desviei os olhos com um suspiro, lembrando de como elas ficavam perfeitas em volta de mim enquanto eu a fodia.

Sienna mal fechou a porta e eu já estava cobrindo sua boca com a minha.

Ela arfou surpresa e se agarrou a mim. Sorri contra os seus lábios, sabendo que ela não conseguia resistir a mim, então a guiei até sua mesa e a pressionei contra ela.

— Adam, espere. — Disse empurrando meu peito.

— O que? — Eu disse, me afastando o suficiente para encarar seu rosto.

— Não foi exatamente para isso que te chamei.

Sorri.

— E foi para quê? — Beijei sua bochecha. — Para me dar uma bronca?

Sentimentos Proibidos : Sendo reescrito Onde histórias criam vida. Descubra agora