Capítulo 29 : Seis...

19 4 1
                                    


Sienna Cameron

— E seu aniversário e você está me dizendo que não vai comemorar? — Perguntei enquanto digitava no computador.

— E exatamente isso que estou dizendo. — Alana responde do outro lado da linha. —Você quer o que? Que eu dê uma grande festa para comemorar mais um ano fodido? Não, não. Obrigada mana, mas eu passo.

— Mas Alana, são os seus dezessete anos!

— E daí? E só um número Sienna.

— Me prometa que ao menos vai sair com seus amigos e fazer alguma coisa legal.

— Você é uma chata sabia?

— Claro, você nunca me deixa esquecer. — Disse a fazendo rir.

Enviei o arquivo para a impressora e me levantei da cadeira pronta para pegar os papéis impressos. Mas assim que me levantei uma tontura me atingiu como uma pancada.

Fechei os olhos me escorando na mesa, e voltei a sentar na minha cadeira.

— Sienna? Você ainda está aí?

— Alana eu preciso desligar. — Disse percebendo que a tontura não estava diminuindo.

— Tudo bem? — Ela perguntou hesitante.

Mas uma onda de náusea me atingiu com força. Meu estômago revirou e senti um gosto amargo subir pela garganta.

— Tudo, eu falo com você depois. — Disse rapidamente e sem nem sequer esperar uma resposta sua, encerrei a chamada.

Mas que droga... A sensação só piorava.

Levantei-me rapidamente, quase derrubando minha cadeira no processo.

Com uma mão sobre a boca, corri pelo corredor, ignorando os olhares curiosos dos funcionários e alunos. Cada passo parecia uma eternidade, e eu só conseguia pensar em chegar ao banheiro a tempo.

Finalmente, empurrei a porta do banheiro entrando na primeira cabine disponível. A sensação de alívio misturada com o desconforto era esmagadora.

[...]

Adam Grey

— Agora, vamos desenhar o gráfico de uma equação quadrática. Observem como a parábola se comporta dependendo dos valores de a, b e c. — Sr. Jones, o professor de matemática dizia desenhando gráficos no quadro, enquanto eu dava o meu melhor para acompanhar.

— Reparem que, se a é positivo, a parábola se abre para cima. Se a é negativo, ela se abre para baixo. — continuou explicando.— Agora vamos resolver essa equação quadrática usando a fórmula de Bhaskara. Alguém lembra qual é a fórmula?

Pressionei a ponta da caneta na folha branca e comecei a fazer o cálculo.

Mas de repente, algo chamou minha atenção no corredor.

O som agudo ecoando pelos corredores me fez virar a cabeça na direção da porta entreaberta da sala, bem a tempo de ver Sienna passar correndo, com uma expressão de pânico no rosto.

Ela segurava a mão sobre a boca, como se estivesse prestes a vomitar. Meu coração disparou.

Merda...

Levantei a mão rapidamente. — Sr. Jones, posso ir ao banheiro? — perguntei, tentando não parecer muito ansioso.

Ele assentiu sem tirar os olhos do quadro. — Vá em frente, Adam. Mas não demore.

Saí da sala a passos rápidos e segui Sienna pelo corredor. Ela entrou no banheiro feminino, e eu hesitei por um segundo antes de decidir. Eu não dava a mínima para regras naquele momento. E então eu entrei no banheiro.

Sentimentos Proibidos : Sendo reescrito Onde histórias criam vida. Descubra agora