Capítulo 46 : Verdades Inevitáveis

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Adam Grey

Com a respiração ofegante e as mãos cobertas de sangue, eu cambaleei para longe de Jason

O que diabos eu fiz?

Olho para além de Jason e vejo Sienna encostada em uma parede, me encarando com olhos arregalados e a boca entreaberta em choque, enquanto uma das mãos está sobre a barriga. Levanto-me e caminho em sua direção, mas ela rapidamente desvia do meu toque e passa por mim, indo na direção oposta. Viro-me para segui-la e passo pelos convidados, que não conseguem dizer nada e me encaram perplexos. Estou prestes a alcançá-la quando alguém segura meu braço, me puxando. Olho para trás e vejo Érika me encarando com olhos que dizem muito mais do que ela é capaz: choque, dor, mágoa, confusão, dúvida, raiva.

— Aonde você vai? — Ela pergunta baixo, com as sobrancelhas franzidas.

— Eu...

— Você não tem mais nada a ver com ela, Adam.

— Eu preciso falar com ela.

— Eu sou sua noiva! — Ela exclama exasperada.

— Eu sei. — Digo, engolindo seco, e sinto como se houvesse cacos de vidro em minha garganta.

— Então fique. — Ela pede num sussurro.

— Eu não posso.

— Ela não te ama. — Ela diz, colocando as mãos no meu rosto.

— Mas eu a amo. — Digo num sussurro dolorido.

— E eu? — Ela escorrega as mãos do meu rosto, parecendo decepcionada.

— Eu também te amo. — Digo sincero.

— Mas não como ama ela. — Ela presume, observando algo em meu rosto. Eu podia negar, podia explicar, podia dizer qualquer coisa que negasse. Mas não faço, apenas puxo sua cabeça para perto e deixo um beijo em sua testa.

— Eu volto logo. — Digo e então me afasto, indo atrás de Sienna.

Corto em direção à saída e a vejo mais à frente, mas em vez de ir em direção aos grandes portões da casa, ela toma um caminho diferente, indo em direção à lateral da casa que leva a um vasto jardim.

— Sienna! — Grito, mas ela ignora minha voz e começa a caminhar mais rápido em direção a um labirinto feito de grandes arbustos e cercas-vivas. — Sienna! — Grito mais uma vez.

— Não tenho nada para falar com você, Adam. — Ela diz, ainda andando de costas. — Já basta o que você fez lá dentro.

Corto mais rápido, alcançando-a e virando-a para mim.

— O que eu fiz?! — Pergunto incrédulo. — Droga, Sienna, ele te bateu!

— Eu sei, eu estava lá!

Ela balança a cabeça negativamente, parecendo atordoada enquanto passa os dedos entre os fios loiros. — Você não devia ter se metido.

— Tarde demais. — Digo amargo.

— Por que você não estava cuidando da sua vida? — Ela empurra meu peito, parecendo irritada.

— Porque eu não consigo!

— Por quê?!

— Porque eu te amo! — Exclamei irritado, me aproximando. — Mesmo que você não sinta o mesmo. Mesmo que você continue me rejeitando. Mesmo que você seja casada. Mesmo com todas as coisas que nos separam, eu vou continuar te amando, porque por mais que eu tente, não consigo te tirar do meu coração, te arrancar da minha alma e te expulsar da minha mente. Você, Sienna, foi minha perdição, minha salvação e agora se tornou minha maldição. Mas nada disso importa porque eu ainda te amo! — Respirei fundo, encarando seus olhos azuis. — E se ele voltar a tocar em um só fio de cabelo seu, eu vou mata-lo é acredite Sienna isso não é uma ameaça é uma promessa.

Sentimentos Proibidos : Sendo reescrito Onde histórias criam vida. Descubra agora