25| Um gato chamado Fumaça

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Devo admitir que dormir com Damon é melhor do que dormir no dormitório depois de tomar dois ansiolíticos

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Devo admitir que dormir com Damon é melhor do que dormir no dormitório depois de tomar dois ansiolíticos. Não sei o que ele tem, mas quando seus braços rodeiam a minha cintura e me puxam para ele, encaixando minha bunda em sua virilha, minhas pálpebras pesam e as abro somente quando o despertador soa pelo quarto. É confortável e quentinho.

Depois de ver como Violet estava na casa de Eliot, os deixamos e viemos para a residência Hill. Madison e Carmen estavam servindo o jantar, enquanto Nicole e Caleb desciam as escadas, implicando um com o outro. Minha presença virou festa, e não me deixaram tomar banho antes de sentar-me à mesa e comer junto a todos, como uma família feliz. Eles realmente me lembram um comercial de margarina e invejo toda vez que lembro meus dias com meus pais e Violet. Nossos jantares eram mórbidos, com perguntas direcionadas a mim, que nunca tinha novidade por viver trancafiada dentro de casa, ouvindo apenas minha irmã comentar sobre seu dia feliz no colegial. Somente aos dezesseis anos é que tudo mudou, por eu ter a brilhante ideia de fingir não ter mais visões. Na verdade, foi Violet que me deu a ideia e prometeu que me ajudaria.

Vivi os últimos dois anos do ensino médio em uma escola, porém, diferente da minha irmã, eu não era popular e odiava todos os eventos, exceto o baile. Dei o meu primeiro beijo de língua nele, com um garoto que era amigo da minha irmã. Lembro-me dele até hoje. Um brasileiro que se mudou com os pais. Sua pele era bronzeada, tinha lindos olhos castanhos e cabelos enrolados como um anjo, e não posso me esquecer do sorriso, das covinhas e das sardas que tinha por toda a bochecha. Matheus Avelar era o nome dele, e perdi o contato depois que ele se mudou mais uma vez com os seus pais. Recordo-me de que ele odiava e estava louco para se inscrever na universidade, deixando que os pais lidassem sozinhos com todas as mudanças. Deveria ser exaustivo.

Carmen e Madison me questionaram sobre tudo, porém, diferente de minha mãe, são divertidas e nada intimidadoras. Deixam o clima leve e harmônico, e admiro a forma como criaram seus filhos. Damon ainda não se abriu comigo sobre como foi perder o seu pai, entretanto, apesar da saudade que ele deve fazer, se sente preenchido pelo amor de quem está presente.

Fiquei receosa sobre as visões, embora o jantar tenha sido tranquilo, e conseguiram até mesmo tirar algumas gargalhadas de mim, além de me verem com as bochechas coradas, completamente envergonhada com algumas perguntas e investidas sobre meu envolvimento com o filho do meio. Damon disse que eu precisava descansar e me arrastou para fora da mesa. Não tomamos banho juntos como a última vez, para não nos atiçarmos. Coloquei um pijama comportado, sendo uma calça de flanela e uma blusa de alça de algodão.

Quando voltei para o quarto, Damon estava sentado em sua cadeira gamer, mexendo em seu computador. Na aba de pesquisa, o nome de meu pai, seguido de uma foto dele e dos livros que ele já publicou, e uma matéria do livro que está prestes a lançar. Ele estava pesquisando sobre minha família, como disse que faríamos. Foi esse o motivo de eu ter aceitado dormir em sua casa. Em outra aba, havia algo sobre " O Olho de Hórus" da Mitologia Egípcia.

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