33| Uma noite incrível

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Estava me sentindo em Las Vegas, pronta para invadir um cassino e perder todo o dinheiro que não tenho na carteira

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Estava me sentindo em Las Vegas, pronta para invadir um cassino e perder todo o dinheiro que não tenho na carteira. No jantar, conversando com Damon, ele descobriu diversas coisas que eu adoraria fazer e nunca tive coragem de pôr em prática. Um em específico era devido ao meu medo de agulhas; uma tatuagem. E estar em Beverly Hills, na parte mais badalada, com um namorado que me incentiva até se eu quiser plantar bananeira na rua, me faz sentir como se estivesse na Cidade do Pecado, pronta para me esbaldar e fazer maluquices.

Damon não estava com pressa de voltarmos para Westwood, e tentava a todo custo me convencer a superar um de meus medos. Confesso que ele possui muitos argumentos e chega a ser bem persuasivo. Ainda calçava o salto alto e vestia o vestido que ganhei de presente, andando pela calçada de mãos dadas, com um Damon extremamente animado, ditando diversos possíveis desenhos que combinavam comigo para ter em minha pele, enquanto contava um pouco da sua experiência. Afinal, seu braço esquerdo é coberto por figuras.

— Amor, tatuagem não precisa ser algo grande, e sim para se lembrar do porquê a fez.

— Tenho medo de agulhas, Damon. — repito, morrendo de medo. — Você está me arrastando para um local repleto delas, sem contar do barulho do motorzinho que dói os ouvidos.

— Nunca fez tatuagem, como sabe?

É sério isso?

— Filmes, vídeos aleatórios nas redes sociais e leio bastante, sabia? Livros de ficção têm todo o tipo de informação.

Sua expressão se suavizou e soltou um suspiro. Fico observando-o de soslaio enquanto andamos, esperando a próxima frase motivacional que sairá de sua boca.

— Não quer mesmo fazer? — pergunta, cessando os passos e ficando na minha frente. — Podemos voltar para o hotel, enquanto você se arrepende de não ter feito o que quer por medo enquanto tem oportunidade.

Tem hora que eu odeio que ele esteja tão certo. Eu ficaria me remoendo de arrependimento por ceder ao medo e não à coragem.

Reviro os olhos e começo a andar na sua frente, ouvindo sua risada gostosa atrás de mim, com suas mãos procurando as minhas para entrelaçar nossos dedos e andar lado a lado.

Adentramos um estúdio ainda aberto, e Damon começou a conversar com uma mulher mais tatuada que uma loja repleta de gibis. Sentei-me em uma das cadeiras e foi entregue um catálogo abarrotado de desenhos, um mais estranho que o outro. Nada que estava naquelas folhas me agradava os olhos. Encarei Damon frustrada, sem saber o que de fato desenhar.

— Escolha uma coisa que deixará um significado importante. — segurou em meu rosto. — Pode ser uma palavra, uma frase, um símbolo...

— Acho que tenho algo em mente, mas você terá que fazer a mesma, mas deixo escolher o local da sua. — falo, apontando o dedo em seu peito, empurrando-o para trás.

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