26| Na palma da mão

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Ainda é quinta-feira, e Morgana mal retirou suas caixas do apartamento e já estamos nos preparando para a mudança. Caterine e eu estamos terminando de empacotar nossas roupas e pertences. Separei roupa de cama e estou levando meus travesseiros, assim como algumas coisas que compramos no decorrer dos anos em que estamos juntas. A cama e os armários são da instituição e ficarão no quarto.

Passo a fita na última caixa e relaxo, cansada. Passei grande parte da noite acordada e fui para a aula completamente exausta. Simplesmente não consigo deixar tudo para depois. Convenci Violet e Cate de nos mudarmos na quinta-feira, como sugerido pela proprietária, sendo, aparentemente, a mais ansiosa das três. Sequer almoçamos e já colocaríamos tudo no carro de Violet e Damon, que se prontificou a ajudar. Não contei nada sobre o assunto Conrad, que sua irmã Morgana fez o favor de iniciar, me deixando intrigada com o garoto. Apesar de ter encontrado Damon na quarta para treinar, permaneci em silêncio sobre o assunto, agindo normalmente como sempre faço. Infelizmente — ou não — sou ótima em esconder o que sinto e meus segredos, assim como de todos que me acompanham.

No final das contas, tudo depende do ponto de vista em que enxergam a situação.

Embora toda a culpa tenha caído em minha cabeça como uma tempestade bem no meio de uma caminhada relaxante em uma tarde fresca de verão.

Contaria sobre o que tanto me incomoda quando estivesse desempacotando tudo. Estar em movimento meio que me tranquiliza. Gosto de manter-me ocupada, assim minha mente ignora as questões com as quais preciso esconder e lidar. Acredito que todo o meu nervosismo seja devido à visão que tive em sua casa, sobre a festa. Alguma merda bem fedida irá acontecer e não quero que a culpa caia sobre mim. Batidas na porta de madeira me assustam, e coloco a mão no peito como se isso fosse aliviar a sensação incômoda.

— É a Geovana. — avisa Cate, indo até a porta, abrindo-a.

A garota de cabelos castanhos escuros, preso em um coque frouxo e com alguns fios soltos próximos de seus olhos de gato, surgiu com o moletom da universidade, dando um selinho em minha amiga e a deixando envergonhada por eu estar presente. Caterine, como minha melhor amiga, me contou o que aconteceu entre as duas neste quarto, e foi quente, diferente e único. Ela havia realmente gostado e estava se descobrindo cada vez mais apreciativa de garotas. Apesar de afirmar que estão apenas ficando, sem exclusividade. Minha amiga merece ser feliz. Está sempre nos ajudando com o que quer que seja e, às vezes, esquece de si mesma.

Fomos levando uma caixa cada, que cobria todo o meu tronco. As escadas me cansaram, no entanto, os treinos com Damon têm me dado bastante disposição e firmeza nas pernas e braços. Treinar em sua academia tem sido essencial para acalmar meu corpo e, vez ou outra, a mente. Dar repetitivos socos no saco de pancadas é libertador.

Visualizo o carro de Violet, vazio, por ela ter se adiantado e levado todas as suas coisas, enquanto minha irmã conversa animadamente com Jason e Eliot. Assim que nos veem, os garotos correm em nossa direção, retirando as caixas pesadas de nossos colos.

A GAROTA QUE PREVÊ O FUTUROOnde histórias criam vida. Descubra agora