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K I N A — 09

Eu sou o mestre! — a Quatro grita — Eu quero a bolinha um...e bolinha dois.

O Três se senta no chão, completamente aliviado. Fico feliz por ele.

— E quem tirou as bolinhas? — ela pergunta. A Dois e o Seis levantam as mãos.

— Eu não gosto de nada violento como da última vez. Invés disso, eu vou jogar a moeda. Quem acertar se é cara ou coroa ganha e quem errar toma choque.

— Achei que só levasse o choque que não obedecesse o mestre. — o Um fala.

— Mas se o mestre e os subordinados concordassem podia ser qualquer coisa. Não é Dois?

— É. — a Dois fala.

Depois do que aconteceu ontem, a Dois e o Seis estão nervosos. Se até eles tem medo do choque, o que sobra pra mim?!

A Quatro gira a moeda. A Dois escolhe o coração (coroa) e o Seis a estrela (cara)

— Deu cara!

Segundos depois, o Seis da um choque na Dois, a Cinco limpa e o jogo continua com mais uma rodada. O Três toma o choque de novo. Ao final, ganhamos umas setenta horas.

Quando a brincadeira acaba vou praticamente correndo pro meu quarto. Ver a Dois e o Três tomando o choque e se tremendo de medo de tomar de novo me dá agonia, desespero. Não quero experimentar essa dor nunca.

Fico algumas horas no meu quarto observando os números no painel aumentarem até que o Sete chega. Ele sempre vem.

— É o Sete. — ele bate na porta.

— Entra! — grito. Permaneço sentada na cama observando o painel. Ele se senta do meu lado e faz o mesmo.

— A Quatro 'tá roubando no jogo. — ele fala na lata.

— O quê?

— Ela passa acetona na bola K. Ela fica grudenta e ela escolhe a bola. — ele explica— As pessoas dos andares de baixo já estavam desconfiando.

— Você viu ela fazendo isso?!

— Vi. Eu confrontei ela.

Sinto meu sangue correndo pelo meu corpo e uma forte dor de cabeça.
— Ela 'tá roubando! — praticamente grito — E você fez o que?! Só ignorou?

— Eu pedi pra ela parar. Acho que ela ficou com medo o bastante pra obedecer. Provavelmente amanhã o grupo deles vai tomar o choque.

— Eles merecem.

— Gosto de quando você fica contra eles. — ele sorri e ajeita os óculos — Mesmo nessa situação você não aceita ir pro lado de lá.

— Lado de lá. Você fala como se estivesse desse lado. — deixo uma pequena risada sair.

— Eu 'tô do seu lado. — ele se vira pra mim e pega minha mão — Quero ficar perto de você, Nove.

— Você mentiu pra mim. — sussurro vendo ele se aproximar cada vez mais — Você votou no Três e mentiu pra mim.

Mesmo sabendo que ele é um mentiroso, não consigo evitar seu toque. Ele se aproxima cada vez mais até juntar nossos lábios. Me dá um selinho demorado e volta a me encarar com a mão no meu cabelo.

— Eu gosto tanto de você. — ele fala com uma voz de choro. O Sete é capaz de chorar?!

Deixo com que ele me beije de novo, mas dessa vez completamente. Ele segura minha nuca e deita meu corpo no colchão. O beijo começa a ficar desesperado e eu coloco minhas mãos nas suas costas, por dentro da blusa.

O sinto dando pequenas mordidas no meu lábio antes que ele se afaste. Sua mão desliza da minha nuca, passa pelo meio dos meus peitos e chega na minha intimidade.

Arfo quando ele me toca debaixo da calça e ele volta a me beijar. Toco sua nuca, puxando ele mais pra perto. Ele coloca a mão por dentro da minha calcinha e a empurra para um lado, me deixando exposta.

Suas mãos trabalham devagar, mas logo começam com um ritmo rápido. Abro mais a perna e dobro o joelho, deixando que ele faça seu trabalho com mais espaço. Quando o ar acaba, ele se afasta de mim, mas continua me olhando e me tocando.

Sinto meu corpo completamente molhado e tenso. Jogo minha cabeça pra trás e agarro sua nuca. Minha visão fica escura. É uma sensação tão gostosa que nem consigo deixar os olhos abertos.

Sinto sua mão mais funda em mim e mais dedos trabalhando. Deixo alguns gemidos sairem e escuto uma pequena risada dele.

Meu corpo se contorce quando percebo que não vou aguentar mais. Ele tira a mão de mim e volta a me beijar. Ainda sinto minhas pernas tremerem durante o beijo.

Depois de me beijar, ele beija também minha cicatriz que o Seis deixou.

— Boa noite, Nove.

THE 8 SHOW - número nove.Onde histórias criam vida. Descubra agora