Jolie
Já ouviram falar da síndrome do pato flutuante? O termo é usado para simbolizar a disparidade entre aparências e a realidade.
Imagine um pato em um lago, flutuando e passeando como em um lindo filme. A cena é serena e calma, mas o que muitos não sabem é que, abaixo daquela superfície aquática, as pernas do pato estão trabalhando a todo vapor.
Ou seja, sobre a água, vemos um patinho transmitir uma impressão de plena paz, mas, na verdade, ele está se esforçando ao máximo para nadar como se não houvesse amanhã e para não afundar no lago. Essa analogia deu origem ao conceito da Síndrome do Pato Flutuante, termo criado para definir um estado de saúde mental em determinados momentos da vida de muitas pessoas.
Geralmente, é um contexto vivido por muitas pessoas, nas quais estão desmoronando por dentro, sofrendo de uma ansiedade enorme, enquanto passam uma imagem de competência.
E eu sou uma dessas pessoas... Mantenho uma aparência de que está tudo bem e perfeito, mas, na realidade, não é exatamente assim. Por dentro, estou preocupada. Não quero retroceder e fico revendo se estou dando o melhor de mim. Observo as situações e as deixo de lado (varrendo os problemas e o que me incomoda para debaixo do tapete), seguindo como se tudo estivesse ótimo!
Por baixo de um exterior calmo, existe uma ansiedade, uma insegurança e uma busca incansável por realização e perfeição. Talvez, na realidade, tudo isso seja uma grande farsa! Talvez eu seja uma farsa, talvez eu esteja em um assento ejetável, prestes a apertar o botão.
(Imaginem essa narração da Jolie sendo desenvolvida durante a cirurgia, com todos os procedimentos e etapas, no estilo de Grey's Anatomy, hahaha)
E a música do Twenty One Pilots é uma das minhas favoritas do novo álbum (Clancy). Sinceramente, todas as faixas são incríveis e me ajudaram em momentos em que pensei que nada fosse possível. Então, ouçam e acreditem em vocês! Sigam sempre em frente.
Beijos, Ju ☆
Eu estava me sentindo melhor; a cirurgia foi um sucesso, e Dean e meus amigos estavam cuidando de mim. Meus pais chegam daqui a algumas horas, e Eddy não pôde vir por conta do trabalho, mas me desejou melhoras e disse que em breve nos veríamos.
Eu estava mais calma após conversar com o Dean e meus amigos sobre esconder meus sentimentos. Por um lado, eles entenderam, mas também me deram um puxão de orelha porque ficaram preocupados. Disseram que não deveria esconder o que estou passando, pois são eles que estão ao meu lado.
Jolie: - Uau! Que café da manhã - exclamei animada.
Dean: - Especialmente para a minha garota - disse sorrindo, enquanto trazia na minha direção a bandeja com pães de queijo, suco de laranja, uma salada de frutas e, é claro, panquecas.
Jolie: - Tenho uma grande sorte por ter você - sorri.
Dean: - Só porque eu cozinho, né? - disse rindo.
Jolie: - Também, mas você tem outras qualidades que me fazem te amar mais a cada dia - falei enquanto pegava a bandeja.
Dean sorriu e me deu um beijo um pouco mais demorado.
Jolie: - Eu tenho um presente para você. Pode pegá-lo na minha bolsa? - perguntei.
Como eu estava estudando à distância devido ao repouso, havia mandado fazer o presente antes da cirurgia. A Jane foi buscar e escondeu na minha bolsa.
Dean: - Não precisava, Lie... - disse ao abrir a caixinha - Eu gostei muito e achei diferente. Nunca vi uma pulseira com pingente de batimentos cardíacos.
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Um Coração Quase Perfeito
RomanceJolie Casey, aos 20 anos, deixou Los Angeles para trilhar sua jornada acadêmica em Medicina na prestigiada Universidade de Yale, em Connecticut. Com a vida meticulosamente planejada e a "turminha" de amigos ao lado, tudo parecia perfeito. No entanto...