Capítulo 27 - Dia terrível

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Jolie

A Sra. Eliza chegou ao hospital e foi logo fazer alguns exames para confirmar que estava tudo bem. Para mim, foi um choque vê-la sendo atropelada e ferida no chão.

Jane me ligou inúmeras vezes, e eu finalmente retornei a ligação.

📞 Jolie: — Oi... — disse em um tom baixo.

📞 Jane: — Mas que droga está acontecendo? Você me liga chorando desesperada, depois ouço uma confusão e gritaria... Eu pensei... — começou a falar rapidamente, mas logo a interrompi.

📞 Jolie: — Não aconteceu nada comigo, estou bem. Na verdade, uma senhora foi atropelada na minha frente.

📞 Jane: — Que dia terrível, minha amiga!

📞 Jolie: — Eu só queria o seu abraço agora, Jane. Não sei o que fazer quando voltar para casa — falei, passando a mão no rosto, impaciente.

📞 Jane: — Amiga, se precisar voltar para Connecticut, estou de braços abertos para você, mas quero receber a Jolie que saiu daqui... feliz!

📞 Jolie: — Não sei se vou conseguir... é muita coisa para assimilar.

📞 Jane: — Eu sei, mas converse com seus pais, veja o que eles têm a dizer antes de tomar qualquer decisão precipitada.

📞 Jolie: — Eu juro que vou tentar — suspirei.

A enfermeira se aproximou para atualizar o quadro médico da Sra. Eliza.

📞 Jolie: — Preciso desligar, falamos depois.

Encerrei a ligação e me concentrei na enfermeira.

Enfermeira: — Você é neta da Sra. Eliza Smith?

Jolie: — Não... eu só a resgatei. Está tudo bem com ela? — perguntei.

Enfermeira: — Sim, fizemos uma tomografia e está tudo bem — disse, olhando a prancheta. — Ela ficará em observação, mas logo receberá alta.

Jolie: — Posso vê-la?

Enfermeira: — Claro! Ela pediu para te ver.

Acompanhei a enfermeira até o quarto. Quando abri a porta, a Sra. Eliza me olhou fixamente, e senti um pouco de vergonha.

Jolie: — Sra. Eliza Smith? — sorri timidamente.

Sra. Eliza: — Eu mesma! — disse, abrindo um sorriso. — E qual é o nome da mocinha que não saiu do meu lado nem por um segundo?

Jolie: — Jolie, Jolie Casey. Prazer em conhecê-la. E não foi nada, fiz apenas o que deveria ser feito.

Sra. Eliza: — Você sabe que fui atropelada por sua causa, não é? — disse, direta.

Jolie: — O que eu fiz? — perguntei, confusa.

Sra. Eliza: — Você estava chorando muito, falando alto ao telefone. Prestei atenção em você e nem percebi o carro se aproximando.

Jolie: — Me desculpe, eu sinto muito — falei, olhando para baixo.

Sra. Eliza: — Fica tranquila, querida. O importante é que estou aqui para ouvir a história — disse, rindo. — Me conte o que aconteceu...

Jolie: — Era bobagem... — minimizei.

Sra. Eliza: — Bobagem? Conta outra! — sorriu.

Um Coração Quase PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora