Cecília
Acordo com o Thiago grudado em mim como se eu fosse fugir a qualquer momento.
Chega a ser engraçado mas, mesmo ele sendo um traficante que mata pessoas por aí e ainda assim é o mais fofo da relação.
Ontem fiquei até tarde na lanchonete e ele foi me buscar quando deu o horário para vir para a casa dele. Apareceu lá com uma flor na mão e eu me derreti toda.
Me levanto com cuidado e sem fazer barulho para não acordar o Thiago.
Fomos dormir tarde ontem.
Nem preciso dizer que minhas pernas estão doendo muito, né?
Melhor não entrarmos em detalhes.
Faço minhas higienes no banheiro e até tomo um banho gelado para acordar de vez.
Preciso ir pro asfalto hoje, tenho que comprar algumas coisas para a dona Val já que, a mesma não pode sair da lanchonete hoje pois um novo fornecedor de alimentos vai aparecer por aqui.
Saio do quarto e vou em direção a cozinha.
Abro os armários procurando o pó de café e não encontro nada.
Ué?
TH é viciado em cafeína, porque não tem pó de café na casa dele?
Continuo abrindo os armários e não encontro nada.
TH: Porque não está na minha cama?
Dou um pulo ao sentir a presença dele atrás de mim.
Cecília: Como foi que chegou aqui sem fazer barulho?
TH: Anos de prática Cachinhos. Mas, e aí? Tá procurando o que?
Cecília: Queria fazer café pra tu. Mas, aparentemente não tem nada de cafeína aqui na sua casa.
TH: Engano seu, tenho uma camisinha de sabor de café. Vou te mostrar agora.
Cecília: Palhaço.
TH: Não sei fazer café, por isso tomo pela rua e não compro nada mais para fazer em casa.
Cecília: Vou te ensinar a fazer café. Não tem a menor condição de ficar comprando na rua se pode muito bem economizar fazendo em casa.
TH: Sou rico Cachinhos, posso gastar dinheiro sem me preocupar.
Cecília: Eu esqueci desse detalhe, as vezes esqueço que eu já estou acostumada a vender o almoço para comprar a janta.
TH: Já te disse que tu não precisa fazer mais nada disso. Tu é minha mulher agora, e tudo o que tu quiser eu vou te dar.
Me agarra roubando um beijo.
TH: Aliás, bom dia, minha princesa.