O Imperador

Capítulo 16

                Jungkook

Quando despertei tudo estava silencioso, o que significa que o dia não havia nascido ainda, mas me sentia completamente acordado agora, sabia que não dormiria mais hoje por ter dormido cedo.

Ainda sentado na cama, foi automático lembra dele. Jimin, Jimin, Jimin, JIMIN!

Argh, eu não aguentava mais, esfreguei a mão no rosto, isso já poderia ser considerado obsessão, nem acordo direito e a primeira coisa que penso é nele, em Jimin, no Rei que muitos odiavam e eu nutria esse sentimentos...

Meus pensamentos pertencem a ele e me sinto sem esperanças, porque ele era quem era, e já pertencia a outra pessoa, eu devia ir embora, mas só o pensamento doeu como uma dor profunda que não curaria tão cedo.

O que eu faço?

Me levantei e comecei a vagar nos arredores da ala dos quartos dos guardas, com meus pensamentos muito inquietos, apenas vaguei e vaguei por corredores até que não sabia mais onde estava, respirei frustrado.

Parei para tentar decidir em qual direção seguir. Quando uma porta se abriu e de lá saiu o motivo da inquietação, Jimin, lindo e um pouco descabelado, Jimin.

Ele paralizou ao me ver, mas depois seguiu saindo do cômodo e se aproximando.

— Não consegue dormir também, Soldado?

Ele estava com um robe de seda azul escuro que cobria sua roupa de dormir da mesma cor, foi quando percebi que eu também estava apenas de calça e camisa, merda, não me troquei antes, porque estava muito imerso em pensamentos.

Meu coração gelou, a respiração engatou e parecia que eu teria uma morte súbita bem alí nos pés do Rei.

Seu olhar estava fixo em mim e me remexi no lugar, procurei coragem e mil anos depois, consegui responder.

— Sim, Senhor. — Minha voz muito instável.

— Então você fala, isso é bom.

— Me perdoe. — Apontei para minhas roupas — Só estava caminhando e acabei vindo parar aqui. Me perdoe se estou em algum lugar proibido — Falei tão rápido, quase sem respirar.

Ainda me olhando, ele sorriu pequeno e se virou indo para outra porta.

Corri e perguntei.

— Majestade, precisa que lhe acompanhe?

Sem olhar para mim, ele falou enquanto entrava na sala.

— Você está convidado se quiser.

Sem pensar duas vezes, entrei atrás dele no cômodo, que era uma sala, com uma varanda.

Ele caminhou diretamente para a varanda, eu o segui lentamente enquanto olhava ao redor, era uma sala muito luxuosa, como tudo no palácio.

De onde eu estava, pude admirar o Rei ser banhado pela luz da lua, seus cabelos curtos e negros brilhavam como a seda das suas roupas, fui tirado dos meus pensamentos com sua voz meio rouca.

— Veja. — Ele disse sem olhar para mim — À noite, à vista daqui de cima é linda.

Fui me aproximando da varanda sem chegar muito perto dele.

Sim, era lindo de se ver, meu olhar voou imediatamente para ele em seguida, mas ele já olhava para mim, seu olhar tão intenso que fez meus joelhos fraquejarem, me apoiei na varanda, ele deve ter percebido, claro que percebeu, um sorriso de lado ele hostentava ao se virar novamente para a varanda.

— Você é totalmente coreano, Soldado?

— S... Sim, Ma... Majestade.

— Vocês tem algumas tradições, como de se unir a alguém do seu próprio povo, para preservar a pureza da sua linhagem. Alguém me falou algo sobre isso.