Capítulo 4

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Freen Sarocha Point of 

- Cheguei. - Ouço Kirk gritar  e logo o barulho da porta se fechando. 

Respira, solta o ar, respira, solta o ar...

Eu estava repetindo isso mentalmente desde que ouvi o barulho daquela porta ser fechada, nunca achei que estaria em uma situação como essa pois na maioria das vezes sempre penso no que posso fazer para me controlar a situação, mas no momento ela está totalmente fora do controle e parece que a qualquer momento uma bomba vai explodir aqui, literalmente. 

- Ei, Freen... - Diz ele pondo uma mão em meu ombro esquerdo e me puxando para um selinho demorado, quando me soltou me olhou confuso. - Voce esta tensa... - Ele fixou me analisando, não conseguia ao menos olhar para ele. - Aconteceu alguma coisa? - Droga, droga, droga, droga. Suspiro frutada, tenho que contar a ele o que está acontecendo. 

- Precisamos conversar. - Digo e vejo se ajeitar no sofá ficando de frente para mim. 

- Sobre? - Respiro fundo e tento procurar as palavras certas para lhe falar, vai Freen voce consegue...

- Hoje fui na farmácia... 

- Voce está doente? - Me interrompeu preocupado, tirou uma mecha de cabelo do meu rosto. Iria ser mais fácil se eu tivesse.

- Não, eu estou bem, não... quero dizer eu não to bem, não... - Bato a mão em minha testa pela confusão. 

- Voce esta tremendo. - Tirou a mão que estava em minha testa e observou meus dedos, eu realmente estava tremendo e nem notei isso. - Está nervosa? - Assenti. - O que está acontecendo, Freen? - Respirei fundo, meu Deus como respirar fundo está sendo difícil também. 

- Kirk, estou grávida. - Disse de uma vez, no momento parecia que eu tinha tirado um peso das minhas costas, mas fiquei tensa querendo saber logo sua reação. Ele me fitou por longos minutos como se estivesse processando o que acabei de lhe contar. 

- Grávida?! 

- Sim, fiz um teste hoje e deu positivo? 

- Freen, voce tem certeza disso? - Perguntou, eu já detectava receio em sua voz. 

- Isso é impossível. - Rir, ele levanta so sofá e caminhou para cozinha com passos apressados. 

Me levantei e fui atrás dele, assim que chego o vejo pegando um copo e se servir de água, esperei ele terminar de tomar a água e cruzo os braços. esava intrigada. 

- Como isso é " impossível"? 

- A gente sempre usa camisinha Freen, não tem a maior chance disso acontecer. - Aumenta o tom de voz, não to gostando do rumo que isso tá tomando. 

- Óbvio que tem chances de acontecer eu já vi casos parecidos e...

- NÃO FREEN, ISSO NÃO TEM COMO ACONTECER!!! - Esbravejou me assustando com seu tom de voz, e jogo o corpo de vidro vazio no chão me fazendo pular para trás, eu nunca imaginei uma atitude dessas vindo dele. 

- Voce esta ficando louco, Kirk? 

- É impossível voce tá grávida, usamos camisinha...- Ele deixa a frase morrer e se virar olhando para mim novamente. - A não ser que voce tenha furado ou tá dormindo com outro. Voce fez alguma dessas coisas? 

Eu não estou acreditando que estou ouvindo tamanho absurdo.

- Não creio que voce esta insinuando uma coisa dessas... 

- Eu te fiz uma pergunta, reponde! 

- Não, eu não dormi com ninguém pois sou CASADA! - enfatizei bem o casada. - E muito menos furei uma camisinha. 

- Voce esta mentindo e esse filho não é meu. - Ele passa por mim como flash e subiu as escadas em passos rápidos. 

Engulo seco, estava sem reação alguma, olhei para chão e vi os cacos de vidro espelhando no piso da cozinha. Ótimo, vou ter que limpar. Minutos depois ouço seus passos e olho de volta para as escada a tempo de vê Kirk descendo com uma bolsa. 

- Onde voce tá indo? - Saio da cozinha e vou até as escadas que ficava na sala.

- Preciso de um tempo para pensar? 

- Tempo para pensar? 

- Sim, tempo para pensar e digerir tudo que está acontecendo, amanhã eu volto. 

- E onde voce vai dormi? 

- Freen, tem como voce me deixar em paz. porra! - Ele se virando saindo e batendo a porta com toda força que eu me assustei, de novo. 

Isso com certeza não é um sonho.

Eu sentia vontade de chorar, me jogar no sofá e chorar até não aguentar mais acabar o estoque de água do meu corpo. Mas não faria isso. 

Me sentei mais uma vez no sofá e fiquei olhando para o nada, aconteceu tudo muito rápido e foi do controle. Apoiei os cotovelos nos joelhos e as mãos na cabeça. Eu não queria chorar, parecia que estava em um estado de choque, não sei definir  ainda, mas estou me sentido mal, parece que alguém passou um caminhão em cima de mim e nem voltou para saber se eu estava bem, é como se eu estivesse recebendo várias alfinetes no peito. 

Fiquei um tempo sentada e em todo esse tempo a cena dele gritando e jogando o copo no chão ficou como a de um filme em câmera lenta e agora na tentativa desesperadora de apagar tudo eu vou vagando dentro dessa memória que cada vez mais que me lembro meu coração aperta, que raiva por ele te me deixado assim.

Pego meu celular que estava na mesinha, abro os contatos e procuro pelo nome da Tee, assim que acho fico olhando pro número a minha frente perdida em pensamento e disputando uma luta interna entre ligar ou não ligar. E adivinha quem ganhou? 


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Ódio desse Kirk meu pai amadooo!         

 


O primeiro amor - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora