O primeiro amor - FreenBecky

Capítulo 37

Freen Sarocha Point Of View

Respirei com dificuldade e coloquei a mão em minha barriga querendo a proteger pela dor que eu sentia. Olhei para os policiais que prendiam um homem alto que usava uma calça jeans rasgada e uma jaqueta de couro, ele era jovem e cheio de tatuagens, encostara seu corpo com força batendo seu rosto no capo do carro sem delicadeza alguma enquanto colocavam uma algema em suas mãos. 

- Policial Keller, vá ver a moça que está no carro que foi batido! - ouvi a voz do policial que prendia o jovem. 

Eu me sentia tonta e desorientada, comecei a enxergar tudo preto como se estivesse com náuseas. Vi um policial abrir a porta do motorista do meu carro rapidamente, ele era jovem e forte, olhei para seu distintivo com seu nome, Kevin Killer. 

- Oi, qual o seu nome? - falou gentilmente se esticando para destravar meu cinto de segurança. 

- Freen Sarocha...- falei, sentindo uma dificuldade enorme em falar alguma coisa. Fechei os olhos quando senti uma dor enorme vindo da minnha cabeça. - Minha cabeça está doendo. 

- Oh...- ele olhou para mim testa rapidamente. - Voce machucou a cabeça, está sentindo alguma tontura? 

- Sim...- minha cabeça latejava e eu me sentia fraca, tentei manter meu olhos abertos, eu só queria dormir. 

- Voce consegue ficar acordada? - perguntou enquanto puxava meu corpo. - Ah meu Deus, voce está grávida...- sussurrou surpreso olhando para minha barriga, não consegui lhe responder, sentia uma dificuldade enorme de falar, meus olhos estavam quase fechando quando o escutei novamente. - Senhorita Sarocha, fica comigo não feche os olhos. - senti meu corpo sendo carregado. 

Eu queria ajuda-lo, queria ficar com meus olhos abertos mas não consegui. Senti algo escorrer por minha pernas, uma água eu acho, não consegui saber o que era aquilo, foi a última coisa que me lembro antes de apagar. 

------------------------------------------------------------

Acordei com uma dor de cabeça horrível e uma dor na barriga, coloquei minha mão na testa e senti alguma coisa ali grudada, tentei passar minha mão em cima, mas estava doendo tanto que não conseguia passa meus dedos ali. Olhei para meu braço direito e vi que tinha uma agulha com um tubo, segui com o olhar aquele tubo vendo um suporte para o soro e ao lado um monitor de batimentos cardíacos. 

Olhei para baixo e vi que eu vestia apenas uma camisola verde clara, da cintura para baixo eu estava coberta com um coberto branco, olhei em volta daquela sala que tinham paredes brancas, por que o hospital tem que ser todo branco? 

Tinha uma poltrona ao meu lado esquerdo e atrás dela tinha um criado mudo com flores amarelas e vermelhas, virei meu rosto para frente e vi uma placa cinza com algo escrito, forcei minha vista para ler e foi uma péssima ideia, senti mais uma vez aquela pontada em minha cabeça. 

Eu já sabia que estava em um hospital, lembrava do acidente do meu desmaio, uma sensação de alívio tomou meu corpo por saber que estava viva, talvez não tenha acontecido nada grave, olhei para minha barriga coberta pela camisola e suspirei, então nada aconteceu...  

Ouvi um barulho da porta sendo aberta e um rapaz alto que usava um jaleco branco entrar, seus cabelos grisalho entregavam que ele já estava velho, chutei ter quarenta anos, no seu rosto estava um óculos quadrado e um sorriso surpreso por me ver. 

- O então voce já esta acordada.- disse fechando a porta atrás de si e caminhando para perto da minha cama. Ele pegou um prontuário que estava pendurado no ferro da cama e começou a ler em silencio por alguns minutos, um suspiro baixo saiu dos seus lábios, ele levantou sua cabeça e sorriu para mim. - Como se sente? - perguntou agora ao meu lado me observando.