Capítulo 22

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Freen Sarocha Point Of View

O vento batia em meu rosto fortemente junco as lágrimas que caíam, meu peito subia e descia rapidamente em uma respiração ofegante, eu corria como se aquilo fosse a última coisa da minha vida, como se aquilo fosse a luz para o final daquele pesadelo. Céus, eu estava implorando, suplicando para aquilo ser apenas um sonho horrível, aterrorizante. Avistei minha casa do outro lado da rua, apertei mais meus passos e tentei adentrar a casa , a porta estava trancada, peguei meu celular do meu bolso da calça e vi que horas eram, 11h54. Soltei uma lufada de ar, meus pais com certeza tinham saído com meus irmãos, pela manhã as oito horas eles iam para a igreja a uns quinze minutos daqui e chegavam só 13h20 em casa. 

Eu não gostava de falar sobre a religião da minha família, nem para as minhas amigas, sempre foi um assunto delicado que sempre evitava falar. Minha mãe é cristã, meu pai vai a igreja apenas para acompanhar minha mãe e meus irmãos. 

Papai não era uma pessoa religiosa igual minha mãe, mas isso não quer dizer que ele seja uma má pessoa, pelo contrário, meu pai era uma pessoa extremamente incrível e um pai maravilhoso, sempre foi o mais liberal possível, ano passado foi o ano que mais teve brigas entre meus pais e foi o ano em que eles foram para igreja. Mamãe sempre foi super protetora comigo e nunca foi liberal comigo. então sempre que pedia para sair e ela não deixava eu falava com meu pai e ele ia conversa com ela, o que resultava em brigas e mais brigas entre os dois, e isso resultou em crises de ansiedade que desenvolvi e tive que começar a tomar remédios. Foi ai que eles amenizaram as brigas. 

Depois de meses minha mãe começou a deixar eu sair e dormi fora de casa, mas claro, sabendo de absolutamente tudo, com quem eu estava, que horário eu chegaria, com quem iria e também com ligações de uma em uma hora quando esyva fora. 

Eu não sou muito de ir a igreja, talvez só aos domingos onde tinha o culto de família e minha mãe me obrigava a ir, já que não ia o resto da semana e eu prontamente obedecia. Mas não era um local onde eu queria estar toda hora, apesar que eu acredite em uma coisa maior, além de nós. 

Quando comecei a sentir algo por Becky me sentia culpada, ainda me sinto culapada pois é uma coisa que para mim e para os olhos da mim e para os olhos da minha família é errado, sujo e horrível, mas mesmo com esses sentimentos confusos eu não deixava de estar com Becky. Está com ela era como se eu, pela primeira vez em anos, poderia ser eu mesma e expressar minha opinião sobre algo, falar sobre o que eu gostava e não gostava, era onde ninguém me moldava e me controlava. 

O que minha mãe fazia muito, desde de pequena sempre fiz o que minha mãe queria pedia para alegrá-la e lhe deixar satisfeita, pois a última coisa que eu queria é ter uma briga com ela, porque ela sempre dava um jeito de reverter a situação para sair como a certa da história.

Respirei fundo e procurei por alguma chave reserva que era deixada no lado de fora por baixo de um tapete ou em cima da madeira da porta. Levantei o tapete que ficava fora e não tinha nada, me coloquei na ponta dos pés para alcançar a madeira da porta, tateei a madeira até achar algo. Soltei um suspiro de em alívio assim que peguei a chave, fui abrir a porta e notei que minhas mãos tremiam, adentrei a casa vazia e silenciosa, e dessa vez tratei de fechar a porta. 

Fui para cozinha tomar água, minha cabeça estava repassando todos os acontecimentos dos últimos segundos e todas as coisas que Nita disse, não acreditava no que estava acontecendo comigo, no que Nita tinha feito, do olhar de Becky olhando para mim, das meninas e os alunos. Eu bebia água e lavei o copo depois guardei . Eu sentia vontade de chorar, um nó formava em minha garganta, eu queria gritar, queria quebrar a cara de Nita, mas na hora fiquei paralisada, fiquei sem reação, sou muito IDIOTA. 

O primeiro amor - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora