Capítulo 3

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Freen Sarocha Point of View

1 ano depois 

 Quando éramos crianças achávamos que achávamos que a vida não era tão difícil, era apenas brincar, comer, acorda cedo para assistir desenho e dormi, nunca pensamos no futuro que quando crescermos iriamos ter que trabalhar igual loucos que quase não teríamos tempo para ficar em casa e assistir uma série ou um filme na Netflix  enquanto comemos uma pipoca feita no micro-ondas. Eu me enganei, acho que quero voltar a ser criança de novo e ficar o dia vendo meus desenhos favoritos, ir brincar com meu amigos no parquinho, mas infelizmente nem tudo que a gente quer pode acontecer.

Um ano se passou desde do dia que me casei, dizem que os primeiros anos são os mais difíceis e eu posso confirmar que de fato são, eu e Kirk tivemos milhares de brigas e desentendimentos e ainda estamos tentando nos entender, brigávamos e horas depois era como se nada tivesse acontecido.

Mesmo tendo passado um ano, tudo ainda é muito estranho em relação a dividir coisas com ele no banheiro, acordar e ver que voce esta sozinha na cama, ver a tampa do vaso aberta e com respingos de xixi, louças sujas na pia, roupas sujas, estou pensando seriamente em contratar uma empregada. E mesmo que no inicio do relacionamento a gente ficasse um ou dois dias na casa um do outro, ainda é diferente...

- Freen, cadê minha maleta? - Vejo Kirk abrir a porta e por só a metade do corpo para dentro do meu escritório. 

Sim, tenho um escritório em minha casa, compramos uma casa enorme, não tínhamos muito dinheiro para comprar na época, mas nossas famílias acabaram ajudando e conseguimos, tinha três quartos, um era nosso e os outros dois eram de hóspedes. A casa continha dois andares, a cozinha e a sala eram enormes e ficavam no andar de baixo. E área de lazer do lado de fora tinha uma piscina e um pequeno jardim, era minha parte favorita da casa, no começo eu não queria comprar pois não tínhamos dinheiro e não queria minha família me ajudando sendo que já sou de maior e poderia me virar sozinha, mas Kirk insistiu tanto que tive que ceder.

- Está ao lado do sofá da sala. - Desvio minha atenção do computador para lhe olhar. 

- Voce é linda quando está trabalhando. - Caminhou se posicionando atrás da minha cadeira. 

- Obrigada. - Sorrio, ele continua sendo um fofo. 

O vejo se curva até ficar na altura do meu ouvido e sussurra.

- Quando eu chegar em casa te faço uma surpresa...

- Vou está aguardando então. - Viro meu rosto e o beijo. 

Minutos depois ele sai do meu escritório e eu volto a fazer meu trabalho no computador, e-mails, mensagens e ligações, as vezes isso me irrita , mas fazer o que se foi a profissão que escolhi. Naquele dia Kirk chegou tarde em casa e com cheiro de álcool o que esta se tornando normal e a surpresa era uma pizza e depois de vários filmes que eu lutava para me manter acordada tentando assistir, mas depois subimos e deitamos na cama o sono passou, é bom, acho que o reto vocês podem imaginas o que aconteceu. 

Nunca imaginei que uma noite poderia fazer tanta diferença em minha vida. 

4 semanas depois....    

- Eu não sei o que dizer. - depois de alguns minutos em silencio Tee se pronunciou. 

Eu não posso acreditar que isso está acontecendo. Estamos no banheiro da minha casa. Kirk tinha saído para o trabalho e essa a hora perfeita para Tee vir aqui e me ajudar. 

- Tee, o que eu faço, amiga? - Largo o teste em cima da pia. - Me formei faz um ano, tenho muita coisa pra fazer, isso não pode está acontecendo. - Me sentei no vaso com a tampa fechada e coloquei as mão na cabeça, Deus isso só pode ser um pesadelo. 

- Tenha o bebe. - Ela me olhou e chegou mais perto de mim. - Ou aborta. - Isso saiu tão natural da sua boca. 

A olhei incrédula. Aborta? Não, isso não é uma opção para mim, mesmo não desejando eu não poderia fazer isso. 

- Não posso aborta Tee, voce sabe que nunca faria algo assim. 

- Eu se, foi idiota da minha parte, desculpa. - Ela se abaixou ate a próxima de mim colocando suas mãos em meu joelhos. - Voce acha que Kirk vai reagir bem? 

- Nunca conversamos sobre filhos. 

Nunca estive com tanto medo, meu coração a qualquer momento poderia sair pela boca, estava desesperada ainda mais pelo fato da reação de Kirk. Nunca havíamos conversado sobre isso era apenas sobre nossas profissão, casa e o casamento, mas filhos? Por que nunca falamos disso? 

- Então acho que agora vocês vão ter que conversar, mas só acho né. - Se levanta e deu um aperto no meu ombro. - Ainda bem que não preciso me preocupar com essas coisas. - Diz e saiu do banheiro o que me deixa de queixo caído. 

- Que lésbica ridícula. - Esbravejei. 

- EU OUVI ISSO MAMÃE FREEN. - Ela gritou do lado de fora. 

em meio a toda a situação eu consegui ri. O que eu seria sem Tee na minha vida? 

Saio do banheiro e vou a cozinha, encontrei a Tee sentada vendo TV e ainda por cima com os pés em cima da minha mesa de centro. 

- Voce é uma folgada! - Pego um pano no balcão e jogo na cara dela. 

- E voce é mamãe. - Reviro os olhos e ela dá um sorriso convencido. 

- Conto hoje Kirk? - Pergunto preocupada assim que me sento em uma cadeira, vejo Tee da um longo suspiro, pegou o controle dando um pause no filme que estava assistindo e me olhou. 

- o quanto antes, melhor. - Se levantou e se senta ao meu lado. - Eu sei que isso não foi planejado , mas  já estou imaginando uma menininha correndo pala sua sala e gritando " Titia TeTe". - Ela afina a voz nessa parte e eu não me contenho e caio na gargalhada. - Pensa pelo lado positivo e não o negativo. 

Eu sei, mas o lado negativo tá falando mais alto. 

 Depois de Tee ter passado algumas horas na minha casa sem fazer absolutamente NADA, ela foi embora. Olhei o relógio que ficava na parede da sala e faltava menos de meia hora para Kirk chegar do trabalho, eu não sei o que fazer exatamente ou como da essa notícia para ele. 

Durante todo esse tempo que me retava eu me sentei no sofá e fiquei tentando elaborar algum plano ou qualquer coisa do tipo que pudesse me ajudar, mas a todo momento eu tentava controlar minhas emoções e não surta, controlar minha vontade gritar até faltar o ar nos pulmões ou sair correndo daquela casa e ir para um local mais longe que eu pudesse. 

Passei tanto tempo naquele sofá que nem vi os minutos passarem e quando me dei conta Kirk já tinha aberto a porta e adentrado a casa. 

- Freen, cheguei - Gritou Kirk. 

Acho que agora posso começar a surta. 

  

     

O primeiro amor - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora