Capítulo 22 - Acapulco

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Acordei ao som maravilhoso da voz de Maite, que cantarolava suavemente em meu ouvido.

Seu tom era suave e envolvente, como se ela quisesse prolongar aquele momento de intimidade antes que o dia realmente começasse. Eu sorri, ainda de olhos fechados, aproveitando a sensação de acordar ao lado dela.

— Bom dia, meu amor — sussurrei, abrindo os olhos e encontrando o olhar terno dela.

— Bom dia, amor da minha vida — Maite respondeu com um sorriso, inclinando-se para me dar um beijo delicado em minha bochecha.

Mas, ao invés de se afastar, ela afundou seus lábios contra minha pele e começou a me encher de beijos repetidos, no mesmo lugar. Cada beijo era uma pequena explosão de afeto, seus lábios quentes tocando a mesma área de minha bochecha de forma insistente e adorável. Eu sentia a pressão suave e rítmica de seus beijos, que iam de carinhosos a levemente brincalhões. A sensação era deliciosa, uma mistura de cócegas e ternura que me fez rir baixinho, incapaz de conter o sorriso que se espalhava pelo meu rosto.

Ela já estava vestida e pronta para o dia, mas mesmo assim, parecia não ter pressa para sair daquele momento. Enquanto eu a observava, sentia uma calma profunda tomar conta de mim. Por um instante, esqueci completamente que tínhamos uma viagem para fazer; tudo o que importava era aquele momento ao lado dela.

Maite percebeu que eu estava perdida em meus pensamentos, e seu sorriso se alargou. Ela se aproximou um pouco mais e, de repente, senti aquela mordidinha leve que ela sabia que eu amava, um gesto que sempre me fazia derreter. Era uma mistura de provocação e carinho que me fazia sentir ainda mais conectada a ela.

— Pronta para o nosso dia? — ela perguntou, ainda com os olhos brilhando de entusiasmo.

— Com você, sempre — respondi, sentindo meu coração acelerar.

— Ah, meu amor! — ela falou em um tom absurdamente fofo, voltando a me beijar.

— Ainda tem certeza de que não quer levar pijama? — perguntei, brincando.

Maite riu, sacudindo a cabeça com aquele brilho divertido nos olhos que eu tanto amava.

— Acho que já ficou claro que não vamos precisar disso — ela disse, com um tom brincalhão. — Mas precisamos terminar de arrumar as malas, ou vamos acabar perdendo a hora.

Eu me espreguicei, e Maite me puxou para fora da cama, ainda rindo. Começamos a organizar as últimas coisas para a nossa viagem, transformando a tarefa em um momento leve e divertido. Cada gesto dela, cada risada, cada toque carinhoso fazia com que eu me perdesse ainda mais em sua presença.

Era impossível não me encantar com ela. Tudo nela me fascinava: o brilho nos seus olhos, a forma como seu corpo se movia com graça natural, o sorriso que iluminava seu rosto e aquela covinha irresistível que surgia sempre que ela sorria. Eu estava completamente absorvida por ela, como se o mundo ao nosso redor tivesse desaparecido, e tudo o que importava fosse aquele momento que compartilhávamos.

Depois que Maite terminou de colocar tudo na pequena mala de mão, pegamos nossas coisas e fomos para o carro. O sol já estava brilhando intensamente, prometendo um dia lindo pela frente. Colocamos as malas no porta-malas e, antes de entrar no carro, Maite me puxou para mais um beijo, como se quisesse prolongar cada segundo ao meu lado.

Ela deu uma última olhada ao redor, certificando-se de que não esquecemos nada, e então, ambas entramos no carro. O motor ronronou suavemente enquanto Maite dava a partida, e logo estávamos a caminho.

Eu achava incrível como sempre havia algo para conversar com a Maite. Nossa conversa fluía de forma tão natural que, mesmo nos momentos de silêncio, eu sentia uma conexão profunda. Não importava o tema, fosse algo trivial ou mais sério, estávamos sempre em sintonia, como se cada palavra trocada nos aproximasse ainda mais. Éramos como duas partes de um todo, onde a comunicação era um reflexo da nossa cumplicidade.

Olá, férias! SAVIRRONIOnde histórias criam vida. Descubra agora