Capítulo 28 - Despedida

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Sentir o calor e o carinho da família de Maite ao meu redor foi algo tão especial que é difícil colocar em palavras. Um a um, todos vieram me abraçar, com sorrisos acolhedores e palavras que tocaram meu coração. Os irmãos e cunhadas de Maite me envolveram em abraços apertados, enquanto seus pais, com expressões  de felicidade, me deram as boas-vindas com sorrisos sinceros.

— Bem-vinda à família, Dulce! — disse a mãe de Maite, me abraçando com firmeza e carinho. — Você é exatamente quem sempre sonhamos para a nossa filha.

Seu pai, com o mesmo afeto estampado no rosto, me abraçou em seguida, dizendo:

— É uma alegria ter você entre nós. Você já faz parte desta família.

Aquele momento me envolveu em uma onda de amor e aceitação. Sentia que, ao lado de Maite e daquelas pessoas que a amavam tanto, eu tinha encontrado um novo lar. Os tios e primos vieram logo em seguida, brindando à nossa felicidade e me parabenizando com sorrisos calorosos. Em questão de minutos, alguém improvisou um brinde, e o som de risadas e conversas alegres preencheu o ambiente.

Havia algo mágico naquele instante. Fui acolhida de uma forma que me trouxe uma sensação de paz profunda, como se eu tivesse, finalmente, encontrado o meu lugar. Olhei para Maite e vi no brilho dos seus olhos a mesma felicidade que eu sentia. Naquele momento, tive certeza de que dizer "sim" foi a melhor escolha da minha vida.

Mas, apesar de toda a alegria ao meu redor, o tempo não parava. Meu coração apertou ao perceber queeu teria que partir. Ao olhar para o celular, vi que o horário estava se tornando preocupante. O tempo ao lado deles havia passado rápido demais, e eu teria que me despedir em breve para não perder o voo de volta.

— Eu odeio ter que dizer isso, mas... meu voo é daqui a pouco, e eu realmente preciso ir — falei, tentando sorrir apesar do nó apertado na garganta.

Os rostos ao meu redor foram tomados por uma mistura de compreensão e tristeza. Maite apertou minha mão com mais força, e seus olhos castanhos, sempre tão brilhantes, estavam agora cheios de emoções conflitantes.

— Eu sei... — ela disse baixinho, forçando um sorriso, embora fosse claro o quanto aquilo a machucava. — Mas é só um "até logo", certo? Você vai voltar para mim.

Assenti, enquanto sentia as lágrimas ameaçando cair.

— Claro que vou. E vai ser mais rápido do que você imagina.

— Eu vou te esperar. Todos os dias.

Após um último abraço caloroso e despedidas afetuosas da família, Maite e eu saímos do restaurante de mãos dadas. Cada passo em direção ao aeroporto parecia tornar a separação mais real, mas também havia a promessa de um reencontro.

Quando finalmente chegamos ao carro, ela abriu a porta para mim e, antes de entrar, me puxou para um abraço apertado. Encostei minha cabeça no seu ombro, sentindo o perfume dela e tentando gravar aquele momento na memória.

— Não gosto de despedidas — sussurrei, apertando-a um pouco mais.

— Nem eu — ela respondeu, acariciando meus cabelos. — Mas tenho certeza de que nossa próximo "olá" será ainda mais doce do que o último "até logo".

Eu sorri, levantando o rosto para olhar nos olhos dela.

— Eu vou contar os dias — disse com um sorriso triste.

Maite assentiu, sorrindo também, mas com os olhos um pouco brilhantes de emoção.

— E eu também. Agora, vamos fazer esse tempo passar voando... até você estar de volta ao meu lado.

Olá, férias! SAVIRRONIOnde histórias criam vida. Descubra agora